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Resenha De "A Maldita Guerra!

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Por:   •  29/9/2014  •  915 Palavras (4 Páginas)  •  793 Visualizações

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Francisco Doratioto começa o seu livro com a “tempestade no Prata”. Nese capítulo específico ele trata desde a independência do Paraguai em 1811, passando pelo isolamento Paraguaio com Francia; a modernização e militarização do país com Antonio López; as relações de desaproximação e aproximação entre Brasil e Paraguai, e Brasil e Argentina; até chegar nos momentos que antecedem a guerra do Paraguai.

A região em que hoje se situam Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai fazia parte do vice-reinado do prato, comandado pela Espanha. Até que em busca de independência, a burguesia mercantil de Buenos Aires foi a luta, conseguindo de fato sua liberdade da dominação espanhola. Porém, a burguesia de Buenos Aires previa um estado centralizado sob seu comando, o que obviamente não agradou a todos. Então foi quando em 1811 os Paraguaios derrotaram a frente militar que visava manter o país sobre controle de Buenos Aires, com isso, se tornando um páis completamente livre de qualquer outro dominador. Até 1840 o Paraguai foi comandado pelo ditador José Gaspar Rodríguez de Francia, que se auto intitulava o ditador perpétuo. Francia optou por fechar por completo seu país para o exterior, para manter sua independência de Buenos Aires.

As relações brasileiras com a Argentina não eram as melhores. O Brasil queria impedir o avanço de Juan Manuel de Rosas, então comandante de Buenos Aires, que visava reestabelecer o vice-reino do Prata, logo, dominando o Paraguai e acabando com a influência brasileira na região. O novo presidente paraguaio, Carlos Antonio López, também não estava nada feliz com Buenos Aires, já que López tinha a intenção de abrir o comércio paraguaio, afim de modernizar o país, e Rosas controlava todo o acesso ao rio Paraná. Com isso, o Brasil se aproximou do Paraguai em prol de um inimigo comum, reconhecendo a independência do país, e os apoiando na disputa contra Rosas.

Com a queda de Rosas em 1852, a Argentina se fragmentou em duas: a Confederação Argentina e o Estado de Buenos Aires, mas ambas autorizaram o uso dos rios Paraná e Prata pelo Paraguai. E isso desenvolveu em muito o Paraguai, com a sua nova política de “crescimento para fora” o país se tornou mais moderno e mais militarizado, também. Dependendo muito da Inglaterra, nesse sentido, para a compra de armamentos, treinamento e ainda de técnicos para modernizar o país. Nessa parte, Doratioto chama atenção aos equívocos normalmente cometidos quando se fala dessa época, afirmando que todos os projetos paraguaios foram atendidos por bens de capital ingleses, e que também não tinha igualdade social e educação avançada no país, e sim um monópolio da família López sobre o país.

A partir desse momento houve uma ruptura nas relações e um certo aumento nas tensões na região. O Paraguai que não havia conseguido com que a confederação argentina concordasse com o tratado de limites que havia imposto, acabou por se aliar a Buenos Aires. E o Brasil se colocou contra essa nova aliança, apoiando a Confederação Argentina. O Brasil tentava reinvindicar o território entre os rios Branco e Apa, o que não agradava em nada o Paraguai, que acabou por dificultar a navegação brasileira. Quando finalmente López autorizou a livre navegação, as coisas não mudaram muito, tendo em vista que o Paraguai continuou a tornar a vida brasileira complicada nos rios. E a tensão entre os dois países só aumentou.

Em

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