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Resenha crítica : LA MUJER EN LA SOCIEDAD COLONIAL HISPANOAMERICANA

Por:   •  13/7/2018  •  Resenha  •  1.198 Palavras (5 Páginas)  •  418 Visualizações

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Resenha crítica do Capítulo 4: LA MUJER EN LA SOCIEDAD COLONIAL HISPANOAMERICANA

A história da mulher na sociedade hispano-americana ainda é cheia de buracos, uma vez que o assunto começou a ser estudado a fundo apenas a partir de 1970. Os estudos sobre o lugar ocupado pela mulher na sociedade colonial buscar entender seu estilo de vida, atitudes sociais motivações e objetivos dentro daquela sociedade.

Há uma complexidade em analisar a história da mulher, uma vez que ela se situa numa época onde o mundo é dominado por valores masculinos.

Na América, as primeiras mulheres que chegaram eram colonizadoras ou esposas de colonizadores – isso ocorreu no início do século XVI. O número das mulheres na América nas primeiras décadas da colonização era bem inferior em relação ao número de homens, o que já é um indício de que os valores masculinos eram considerados superiores naquelas sociedades. Assim como os homens, as mulheres que atravessavam o oceano para chegar nas Américas tinham a intenção de ascender socialmente – o que geralmente não acontecia, já que muitas se tornavam servas.

A partir do momento que as mulheres nascidas nas colônias (sejam estas mestiças e/ou crioulas) foram crescendo, o fluxo migratório de mulheres da Europa para a América diminuiu, mas seu papel ainda continuava importante, uma vez que elas transmitiam na América seus valores materiais, domésticos, religiosos e sociais. As mulheres nascidas nas colônias, por exemplo, na maioria das vezes não eram cultas e nem letradas, ao contrário das mulheres que vinham da Espanha e Portugal.

O casamento na colônia foi uma das principais coisas na sociedade colonial, uma vez que era bastante valorizado não só pelos europeus, mas também pelos índios. Já considerando a questão religiosa, os padres consideravam o casamento essencial para a vida, inclusive para os indígenas, que já estavam em processo de catequização.

No governo de Carlos III, foi promulgada uma lei que “controlava” o casamento na colônia, tendo cada classe social uma idade para casar, por exemplo. Entretanto, essa lei não foi seguida à risca. O Estado tinha objetivo de ter um controle social maior sobre a colônia com essa lei, o que não aconteceu de fato.

O matrimônio, além de estabelecer a sociedade em si, foi o meio para definir quem controlava a política e a burocracia na América. Geralmente empresários ricos do ramo de mineração e burocratas eram a elite do local – e passavam o poder adianta a partir do matrimônio de seus herdeiros. A mulher tinha um papel importante neste caso, já que uma família com muitas mulheres significava mais chances de um casamento com algum homem da elite.

Na sociedade americana, as mulheres também estavam sob proteção dos homens, assim como na Europa. Em primeiro lugar, o padre cuidava das mulheres, e após o matrimônio, o marido era o seu responsável. Isso volta a mostrar a tendência de valores masculinos, onde a mulher deveria sempre estar abaixo e obedecendo um homem. Apesar disso, a mulher tinha direito sobre seus bens adquiridos, tanto nas suas compras quanto nas heranças de seus maridos.

A maternidade também era um fato importante, já que os filhos eram a esperança das famílias. Geralmente as mulheres se casavam antes dos 20 e, quando passavam dos 25, já eram velhas para se casarem. Aos 45, a média de filhos por mulheres era mais de 9, isso demonstra claramente o papel como reprodutora da mulher na sociedade.

Outra questão interessante é a divisão étnica das mulheres – cada uma tinha seu próprio trabalho. Por exemplo, alguns trabalhos eram inapropriados para mulheres brancas, sendo feitos apenas por negras, índias, crioulas e mestiças. Dessa forma, podemos entender que mesmo com a distinção social entre mulheres e homens, ainda há uma subdivisão entre as próprias mulheres, o que demonstra o caráter de desigualdade entre classes na América hispano-portuguesa.

A influência das normas didáticas também influenciava na subdivisão de classes das mulheres, uma vez que as mulheres vindas da Europa eram mais cultas que a das Américas. Entretanto, é necessário dizer que ainda assim eram subvalorizadas pelos homens, até na questão intelectual, sendo consideradas menos inteligentes que o sexo masculino.

No período colonial, os estudos também mostram que as mulheres foram mais vezes vítimas do que criminosas no que se diz respeito à taxa de criminalidade na colônia. Na maioria das vezes, eram vítimas de homicídio, violência e estupros. As mulheres de classes mais baixas eram atacadas com mais frequência, e seus criminosos geralmente também eram homens de classe baixa. Dentro do próprio matrimônio havia agressão física, o que resultava em separação em alguns casos.

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