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Resenha Crítica dos textos “Uma Sociedade Escravista Colonial”

Por:   •  2/2/2021  •  Resenha  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  461 Visualizações

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Resenha Crítica dos textos “Uma Sociedade Escravista Colonial” e “Uma Leitura do Brasil Colonial: Bases da materialidade e da governabilidade no Império”

        Os textos que serão apresentados no trabalho são “Uma Sociedade Escravista Colonial” e “Uma Leitura do Brasil Colonial: Bases da materialidade e da governabilidade no Império”. Ambos tratam da história do Brasil colonial e suas respectivas características, que são exploradas de forma ampla e esclarecedora.

        O texto “Uma Sociedade Escravista Colonial” foi escrito por Stuart B. Schwartz e é composto por 19 páginas. Ele é dividido em cinco tópicos, sendo eles: Introdução; Ideologia Social e Realidade Brasileira; Uma Sociedade Escravista; Uma Sociedade Feudal?; O Estado e a Sociedade.

O autor Stuart B. Schwartz é PhD formado pela Universidade de Columbia, também é professor titular de história na Universidade de Yale e editor da Cambridge History of Native People of Americas e da Hispanic American Historical Review. Alguns de seus estudos publicados foram: Burocracia e sociedade no Brasil Colonial (Brasiliense, 1978), Escravos, roceiros e rebeldes (Edusc, 2001) e As excelências do governador(co-organizador, Companhia das Letras, 2002).

A introdução fala de como o açúcar, o engenho e a escravidão foram cruciais para formação, defiição e conformação da sociedade brasileira. A sociedade tinha traços de organização, hierarquia e, ao mesmo tempo, uma sociedade que tendeu a reduzir os contrastes entre diferentes crenças e religiões, por exemplo.

O tópico da Ideologia Social e Realidade Brasileira mostra que a sociedade foi disposta pela hierarquia, com a finalidade de proporcionar a todos o bem estar. Explica também como era o formato da sociedade e suas fortes características; nesse tempo, era a nobreza que a dominava e ditava as regras. A sociedade brasileira tinha grandes traços de Portugal, que tinha seu povo espalhado pelo território do Brasil.

O terceiro tópico fala da escravidão brasileira, que se manteve presente naquela época e dominava os habitantes do Brasil, que eram escravos dos portugueses. Nos tempos de escravidão, ocorria a separação do povo entre escravos e pessoas livres, o que fortalecia a distinção social e modificava a hierarquia.

O tópico quatro traz uma reflexão e dois pontos de vistas e questões diferentes sobre o feudalismo: a sociedade brasileira era ou não uma sociedade feudal? Era um feudalismo diferente, sem feudos, sem servos, e sem características fortes presentes em sociedades feudais, mas por outro lado, tinha grandes propriedades com mão de obra escrava que cultivava produtos para exportação.

No último tópico, o autor finaliza dizendo que a sociedade não deve apenas ser classificada como escravista,  ele ressalta a importância e relevância que teve o papel do estado para a formação da mesma. O Brasil, naquela época, teve experiências com Estados Absolutistas e monarquias centralizadas; tudo isso afetou diretamente a construção da sociedade.

O texto “Uma Leitura do Brasil Colonial: Bases da materialidade e da governabilidade no Império” foi o segundo texto escolhido e ele foi escrito por João Fragoso, Maria de Fátima Silva Gouvêa e Maria Fernanda Baptista Bicalho. Ele é composto por 22 páginas e está dividido em quatro temas: a Introdução; As Bases de Materialidade do Império; Governabilidade no Império; e a Conclusão.

O autor João Fragoso Possui graduação em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), mestrado em História Social (com ênfase em História Agrária do Brasil) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) e doutorado em História Social (sociedades agrárias na época moderna) pela Universidade Federal Fluminense (1990).

A autora Maria de Fátima Silva Gouvêa concluiu sua graduação em História, no final da década de 70. Depois de uma especialização em História Social na Universidade Federal do Paraná, continuou sua formação em Londres. Concluiu, em 1984, o Mestrado no Institute of Latin American Studies e, em 1989, o Doutorado no University College of London.

A autora Maria Fernanda Baptista Bicalho é professora de história do Brasil no Departamento de História da Universidade Federal Fluminense desde 1990 e possui doutorado em História Social, pela Universidade de São Paulo.

Em sua introdução, os autores contam que a história colonial brasileira vêm sendo olhada com outros olhos, com perspectivas que antes não foram exploradas e levando em consideração fatores que podem ter passado despercebidos. A nova perspectiva vem sendo, principalmente, na economia e política, que foram grandes revolucionários na construção do Brasil colônia.

O tópico dois fala um pouco da economia do bem estar comum, os bens e serviços da república eram providos pelo senado ou pelo rei, porém somente para alguns. Nesse formato, era o público que acabava sustentando os eleitos, os escolhidos. Este tópico também fala que a economia do bem comum se baseia em redes de reciprocidade e também traz exemplos sólidos da mesma, existem os dons e também os contra dons. Estas redes de reciprocidade também foram forjadas e frequentemente haviam denúncias direcionadas à elite senhorial de Lisboa.

Um exemplo claro das redes de reciprocidade eram os dotes e casamentos com membros das famílias tradicionais da nobreza; outro exemplo são os cargos importantes sendo passados e ocupados por membros do mesmo grupo, ou seja, para pessoas que partilhavam do mesmo interesse. Tais redes não ficaram apenas retidas no Império, elas ultrapassaram esses limites e chegaram até Portugal.

A economia do bem comum afetou diretamente a política e também a economia. O conceito de tal economia foi dividido com dois significados ou interpretações diferentes; o primeiro afirma que o mercado era controlado pela política e não se baseava apenas nos preços e na oferta e demanda. O segundo fala sobre a existência de uma hierarquia social, que traz como ideia o privilégio dado àqueles que eram escolhidos ou pertencentes a famílias e cargos importantes.

O Império na época colonial era repleto de rotas de comércios e seus negociantes. Além de terem sido utilizadas para negócios, esses caminhos eram também utilizados para o tráfico dos escravos, que eram transportados da África para o Rio de Janeiro e Salvador, por exemplo. As rotas também lucravam através das taxas de impostos cobradas dos dois lados do Atlântico.

A coroa Portuguesa não parava de conquistar territórios e crescer, com isso, os privilégios cresciam quase que proporcionalmente, cargos militares e civis passaram a ser distribuídos para os escolhidos, além de concessões comerciais e disposição de novos rendimentos.

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