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Resumo Do Texto Trabalho E Aventura

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Por:   •  9/10/2014  •  1.342 Palavras (6 Páginas)  •  1.948 Visualizações

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Trabalho e aventura

O espírito aventureiro e a enorme habilidade de navegação dos portugueses os fizeram reconhecidos pela história por suas conquistas territoriais, numa exploração regular e intensa das terras próximas à linha equinocial.

Essa exploração não foi intencional e nem planejada; aconteceu ao acaso. Na época, holandeses e franceses tinham muito mais possibilidades de descobrir o Brasil que os portugueses.

Há, no entanto, dois princípios que regem as ações do homem: serem aventureiros (caçadores) e trabalhadores (lavradores). O tipo aventureiro não tinha limites, seus esforços eram todos focados na conquista, não tinham receios dos obstáculos que surgissem. O tipo trabalhador era aquele que via, analisa primeiro todo o caminho, os obstáculos e a partir daí planeja como superá-los; era persistente, esforçava lentamente e somente valorizava moralmente as ações que lhes dava prazer.

Foi exatamente o tipo de princípio que norteava à época que determinou o rumo de nossa história.

Três potências lutavam junto a Portugal por conquistar terras e riquezas. Espanha e França eram grandes potências, porém não tinham tanto domínio de navegação quanto Portugal. A Inglaterra ganhava forças com a Revolução Industrial, onde alavancou sua economia. Nessa briga, Portugal levava vantagens tanto por sua posição geográfica quanto pelas habilidades de navegação.

O espírito aventureiro dos portugueses se manifestou, não somente, pela ânsia de crescimento econômico sem custos, mas na conquista de títulos honoríficos, posições sociais, enriquecimento fácil. A ação deles centrava na procura constante de poder e riqueza sendo usados métodos violentos, reações que demonstravam a força, mesmo sem que fosse esboçado um ato de resistência.

Entre os diversos fatores que surgiram para desafiar os portugueses aventureiros, podemos citar os índios e negros com seus costumes, hábitos, crenças, religião, as condições da terra a ser explorada, o clima tropical. Esses fatores fizeram com que os portugueses e seus descendentes imediatos se mobilizassem no sentido de tentar recriar aqui o ambiente do país de origem, tendo tido êxito com grande facilidade.

Essa mobilização contou com diversas formas de adaptação, como por exemplo, no lugar de pão de trigo o da terra, dormir em redes, farinha fresca de mandioca, beber e mascar fumo, a caça, a pesca, o uso de canoas feitas com os troncos e cascas das árvores e o modo de realizar os plantios após grandes queimadas (forma de desmatamento).

Outra mudança significativa foi com relação à construção de moradia: as casas perderam a aparência severa, sombria para ganhar um aspecto suave, sereno coerente com nosso clima, conquistado com a abertura de várias janelas, portas com sacadas e grandes varandas externas.

Na lavoura, foi utilizada a mão de obra dos negros vindos da Guiné, copiando o sistema de preparação da terra e plantio desenvolvido na Europa. Apesar de ter ocorrido a revolução industrial na Inglaterra, esse avanço não chegou até aqui na época do descobrimento. Daí o motivo de tamanho arcadismo na lavoura, uma vez que produziam gêneros alimentícios, tais como a cana-de-açúcar, o milho, o café, etc., para atender às próprias necessidades e expandindo para a exportação.

Na América do Norte, as colônias somente tiveram produção nas lavouras de tabaco, arroz, algodão por se adaptarem às regiões e ao clima. Nas regiões centrais, somente conseguiram uma cultura de subsistência, através do trabalho livre.

Devido à boa qualidade das terras do Nordeste, os portugueses e alguns castelhanos conseguiram alta lucratividade na produção da cana-de-açúcar, com uma exploração latifundiária, assumindo traços de uma organização agrária que seria adotada, mais tarde, pelas colônias européias situadas nas zonas tórridas.

Com a pouca produtividade do emprego de índios, a solução foi a escravidão de negros africanos. Estes passaram a trabalhar na indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação de gado. O trabalho escravo era fiscalizado por estranhos com uma vigilância aguçada, já que os negros tinham alta produtividade, por serem menos sedentários, mais resistentes, mais fortes.

Essa técnica européia só aumentou a resistência indígena contra as imposições de brancos no processo de exploração da terra, servindo apenas para manter a utilização dos métodos primitivos e precários dos indígenas em suas plantações, tornando os resultados devastadores e com lucratividade reduzida.

Os portugueses buscaram no Brasil uma riqueza fácil, sem trabalho, como tinham nas Índias, através do comércio de especiarias e metais preciosos. Essa lucratividade foi conseguida com o trabalho árduo dos escravos na plantação da cana-de-açúcar e na fabricação do açúcar.

A agricultura era vista pelos portugueses com desprezo. Com isso, a civilização que se instalou no Brasil era tipicamente agrícola, daí o motivo de permanecer por longo tempo sem progressos técnicos, com baixo nível de produção firmada em concepções rotineiras, que enfrentavam grandes dificuldades como clima, vegetação, passividade dos colonos, escasso uso de arados – usava-se as enxadas. O uso de fertilizantes para recuperar as terras não era empregado. Todos queriam extrais do solo o máximo de benefícios sem grandes sacrifícios. Eis aí o motivo de não haver interesse, por parte dos colonos, em mudar o processo rudimentar usado pelos índios na exploração da terra.

A população que habitava o Brasil, já no tempo de seu descobrimento, era de mestiços. Isso explicava a ausência de orgulho da raça, que desde os primeiros tempos se distinguia entre europeus e portugueses.

Já em 1.500, graças ao trabalho de negros, houve um progresso consequente do cultivo do solo, do desbravamento de matas, de transformações

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