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Resumo - Fronteiras e Guerra no Prata

Por:   •  2/7/2015  •  Resenha  •  1.131 Palavras (5 Páginas)  •  789 Visualizações

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AULA 9

REICHEL, H.J. e GUTFREIND, I.A. Fronteiras e Guerra no Prata. São Paulo. Editora Atual, 1995. P. 32 a 45.

A Banda Oriental cumpriu, desde o período colonial, importante papel comercial e estratégico na área platina. Rica em rebanhos de gado bovino, abastecia de couros o comércio que se realizava pelo rio da Prata, ao mesmo tempo que sua posição, na entrada do estuário, lhe permitia controlar o ativo movimento de importação e exportação que se fazia presente em toda a bacia fluvial.

Em maio de 1810, aproveitando-se da invasão da Espanha por tropas napoleônicas, o cabildo de Buenos Aires declarou a independência do Vice-Reinado da Prata. O objetivo era consolidar um novo Estado independente, que se denominaria Províncias Unidas do Rio da Prata.

Porém, havia uma divergência quanto ao novo governo. Enquanto alguns, os unitários, apoiavam a adoção de um governo central (que seria de Buenos Aires), outros, os federalistas, apoiavam uma maior autonomia dos governos provinciais.

A Banda Oriental aceitou se integrar a esse novo território, mas, representada por José Artigas, não aceitou o centralismo buenairense. Isso porque Montevidéu era o principal concorrente do porto de Buenos Aires.

Foi no contexto de desavenças entre orientais, portenhos e espanhóis que Portugal invadiu, em 1811, terras da Banda Oriental. Ele se retirou um ano depois. Já em 1816, quando Artigas estava em luta na própria banda oriental, tropas portuguesas avançaram em direção ao sul, prometendo paz e prosperidade aos orientais caso aceitassem a anexação ao Brasil.

Em Montevidéu, desde 1817, os lusitanos conseguiram derrotar Artigas em 1820. Mais tarde, em 1821, esse território voltou a ser do Império Português como Estado Independente do Brasil, com o nome de Cisplatina. Com a independência do Brasil, passou a se chamar Província Cisplatina.      

Em 1825, Los treinta y três orientales, chefiados por Lavalleja, invadiram o território cisplatino e declararam a independência da antiga Banda Oriental, retornando a ser parte da Confederação das Províncias Unidas do Rio da Prata.

O Brasil, como resposta, declara guerra contra Buenos Aires, que tinha financiado a invasão. Havia, então, três interesses em jogo: o do Brasil, que combatia para conservar seu novo domínio; o de Buenos Aires, que pretendia reintegrá-la às Províncias Unidas; e o dos orientais, que lutavam por um governo autônomo dentro dessa confederação.

Após três anos de lutas, em 1828, a Inglaterra adota a posição de mediadora, acabando com os conflitos e cria-se a República Oriental do Uruguai. O autor analisa que o sentimento nacional nasceu após a criação dessa nação, não o contrário.

Esses conflitos são evidências de uma herança colonial, que se mantem na disputa pelos privilégios e pela dominação dos territórios. As divergências quanto à questão de limites originaram-se no Tratado de Santo Ildefonso, assinado entre as metrópoles coloniais em 1777. “Sobrevem o Tratado de São Ildefonso (1777), que concede á Hespanha a Colônia e as Missões do Uruguay, restituindo á Portugal o Rio Grande e Santa Catharina”.

Ano depois, os uruguaios enfrentavam uma guerra civil que os dividia entre blancos e colorados, lutando pelo poder político do país. O Partido Blanco controlava o interior e eram, na sua maioria, pecuaristas. Eles contavam com o apoio de Rosas, ditador da província de Buenos Aires e líder da Confederação Argentina. O Partido Colorado era formado por comerciantes urbanos que controlavam o governo de Montevidéu, sendo apoiados pelo Brasil e províncias do litoral argentino (Entre Rios, Corrientes e Santa Fé).

Os blancos sitiaram a capital, que suportava graças ao apoio franco-britânico e ao exército de quase 5 mil homens, dos quais 1.400 eram negros, uma vez que a abolição da escravidão tinha sido declarada em 1842.

Isso motivou a necessidade de definir os limites entre o Brasil e o Uruguai. Além de incentivar a fuga de escravos do Rio Grande do Sul, havia invasões e roubo de gados constantes. O Brasil, então, em 1851, decidiu apoiar militarmente os colorados. Oribe, chefe dos blancos, refugiara-se em Buenos Aires e auxiliador por Rosas, programa o bloqueio do porto de Montevidéu. Essa aliança entre Oribe e Rosas fez com que o Brasil assinasse a Tríplice Aliança, juntamente com Montevidéu e Entre Rios, invadisse o território uruguaio com suas tropas, e assim derrotasse Oribe. No ano seguinte, 1852, ainda auxiliou Urquiza, chefe político de Entre Rios, a expulsar Rosas da Argentina.  

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