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Revolução Francesa

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Por:   •  4/3/2014  •  Seminário  •  4.389 Palavras (18 Páginas)  •  187 Visualizações

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Revolução Francesa

A queda da Bastilha, no dia 14 de julho de 1789, marca o início do movimento

revolucionário pelo qual a burguesia francesa, consciente de seu papel preponderante na

vida econômica, tirou do poder a aristocracia e a monarquia absolutista. O novo modelo

de sociedade e de estado criado pelos revolucionários franceses influenciou grande parte

do mundo e, por isso, a revolução francesa constitui um importante marco histórico da

transição do mundo para a idade contemporânea e para a sociedade capitalista baseada

na economia de mercado.

Sublevação política que teve início em 1789 e se prolongou até 1815, a

revolução francesa, baseada em princípios liberais, democráticos e nacionalistas, foi a

primeira das revoluções modernas. Por suas conseqüências e pela influência que

exerceu na evolução dos países mais adiantados da Europa, é considerada a mais

importante do ciclo de revoluções burguesas da história. A independência dos Estados

Unidos e a revolução industrial iniciada na Grã-Bretanha são outras duas grandes

transformações que marcaram a transição da idade moderna para a idade

contemporânea.

Antecedentes. Historiadores divergem quanto às causas da revolução francesa,

mas as mais comumente citadas incluem o descontentamento do povo francês, farto de

tolerar um regime em que eram inúmeros os privilégios e os abusos. A monarquia

absolutista representava um obstáculo à ascensão da burguesia, classe mais rica e

instruída da nação. Os camponeses ainda viviam esmagados pelo sistema feudal

imperante no campo. A nobreza e o alto clero possuíam as melhores e mais extensas

propriedades, enquanto o campesinato vergava sob o peso dos impostos reais, do dízimo

eclesiástico e dos direitos senhoriais.

O poder absoluto do rei não podia, pelo menos teoricamente, sofrer limitações.

Desde 1614 não eram convocados os Estados Gerais, a assembléia que representava a

nação e que se compunha da nobreza, do clero e do chamado terceiro estado, ou seja,

todos aqueles que não pertenciam às duas primeiras classes. Não havia liberdade

religiosa nem de imprensa. Com uma simples ordem -- a lettre de cachet -- o rei podia

mandar efetuar prisões arbitrariamente. A justiça ainda adotava a tortura. O poder real

apoiava-se na nobreza e no clero. O Parlamento, principal corte de justiça,

freqüentemente entrava em conflito com o soberano e, como tinha o direito de criticar

os editos reais podia mesmo recusar-se a reconhecê-los. Nessas disputas, o povo punhase

ao lado do Parlamento.

Uma das instituições do regime monárquico que, por sua impopularidade, muito

contribuiu para a queda do regime foi a corte. De seus numerosos membros, cerca de

16.000 estavam a serviço do rei, enquanto os demais eram cortesãos sem função

definida. Outra grave falha do regime era a falta de unidade administrativa. Os impostos

variavam de província para província e cada uma delas mantinha suas próprias

instituições e leis. Existiam várias organizações judiciais: além dos tribunais reais, havia

aqueles que pertenciam aos senhores de terra, às municipalidades e à igreja.

A desorganização fiscal e os gastos supérfluos tinham desastrosas conseqüências

para as finanças. O orçamento era constantemente deficitário e os impostos se cobravam

de maneira arbitrária. O princípio da desigualdade imperava também nos meios

eclesiásticos: o alto clero, constituído exclusivamente de nobres, possuía cerca de seis

por cento das terras do país e reservava para si a maior parte da receita da igreja.

A nobreza gozava de numerosos privilégios. Somente seus membros tinham

acesso aos cargos da corte, aos comandos militares e às dignidades eclesiásticas. Em

suas propriedades prevaleciam os direitos feudais: contribuições em gênero ou em

trabalho, pagamento pelo uso dos moinhos, fornos etc. Entregue, porém, a uma vida de

dissipação e impedida de exercer atividades consideradas menos dignas, a nobreza

entrou em decadência. Sentindo-se ameaçada pela burguesia, suscitou um movimento

de reação, a fim de conservar seus privilégios. Conseguiu excluir do alto clero, do

Parlamento e dos postos mais expressivos da carreira militar aqueles cuja nobreza não

fosse superior a quatro gerações.

Ascensão da burguesia. Com o desenvolvimento do comércio, da indústria e das

finanças, a burguesia prosperou. Tornou-se considerável o movimento dos principais

portos franceses, enriquecidos com o comércio das Antilhas e o tráfico de escravos. A

indústria também se desenvolveu. Os produtos franceses tinham fama em toda a Europa.

Era igualmente notável o progresso das indústrias têxtil, metalúrgica e de mineração.

Embora a maior

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