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Revolução Francesa

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Por:   •  7/11/2014  •  2.299 Palavras (10 Páginas)  •  280 Visualizações

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A Revolução Francesa e o Império Napoleônico

A Revolução Francesa que durou dez anos (1789-1799) caracteriza-se por aspectos políticos, sociais e econômicos particulares. Durante o antigo regime, que corresponde a Idade Moderna, o estado Francês era uma monarquia absolutista, onde o rei concentrava em suas mãos os poderes executivo, legislativo e judiciário. Desse modo, em suas decisões dificilmente encontravam limites para serem aplicadas. O mercantilismo, politica econômica adotada pela monarquia francesa, era coerente com o absolutismo. A politica mercantilista pressupunha, antes de tudo, a intervenção do estado nas atividades econômicas francesas, o comercio nacional e de longa distancia, a manufatura, e o artesanato franceses eram limitados e orientados conforme as determinações monárquicas, visando ao enriquecimento e ao crescimento do reino francês.

O clero e a nobreza desfrutavam de privilégios jurídicos, políticos, sociais e econômicos. Estavam isentos de determinados impostos e se mantinham com os tributos pagos pelos camponeses que trabalhavam em suas propriedades. Já os camponeses, estavam submetidos a restrições sociais e obrigações jurídicas. O dizimo devido a igreja Católica e a maior parte dos impostos cobrados pelo estado também recaíam sobre os camponeses.

A crise do Antigo Regime

Durante o século XVIII, a França sofreu algumas crises que abalaram a já desgastada estrutura do reino. Era a manifestação de uma profunda crise financeira, motivada pela disputa entre franceses e britânicos pelo território de Ohio, na América do Norte, e o apoio francês à luta pela independência das colônias inglesas geraram diversas despesas. A desordem na relação entre as despesas e as receitas, aliada a uma administração ineficiente, provocou uma crise administrativa. Privilégios disseminados pela sociedade francesa impediam o controle administrativo e restringiam a receita do estado. Além disso, não havia um código de leis único, e a circulação de mercadorias era dificultada pelas tarifas alfandegárias, que variavam de uma região para outra. O campo também sofria prejuízos materiais, oscilações do tempo comprometiam o equilíbrio da economia agrícola.

A crise agrária, motivada principalmente pela escassez de alimentos, tornou a situação dos trabalhadores urbanos e dos camponeses desesperadora, conduzindo a revoltas e insurreições nos campos e nas cidades. O descontentamento popular, contudo, não bastava para impulsionar uma grande revolução.

A convocação dos Estados Gerais

A situação financeira tornou-se insustentável, os ministros e os conselheiros do rei, percebendo o problema que se formava, se propuseram elaborar uma reforma fiscal e administrativa. A proposta envolvia a cobrança de um novo imposto que recairia sobre toda aristocracia. A instabilidade social gerou um clima de intrigas e de insegurança no ambiente politico. Devido à dificuldade da monarquia francesa em quitar os compromissos financeiros, a isenção de impostos das classes privilegiadas continuava sendo questionada.

A queda da Bastilha

Em 14 de julho, o povo de paris tomou a Bastilha, fortaleza que funcionava como arsenal de armas e prisão politica na França do Antigo Regime. Seguiram-se revoltas rurais e urbanas em várias regiões da França, exigindo o tabelamento dos preços, o fornecimento regular e até mesmo a distribuição gratuita do trigo e o fim das taxas feudais. Os camponeses reagiram violentamente, invadindo e incendiando os castelos da nobreza. Esses acontecimentos ficaram conhecidos como o Grande Medo. A assembleia teve de tomar medidas rapidamente. Em 4 de agosto, decretou a abolição dos privilégios feudais, e, em 26 de agosto de 1789, proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que reconhecia a todo e qualquer individuo determinados direitos naturais, documento que serviu de base para a reforma jurídica do Estado.

A radicalização da Revolução

Muitas famílias aristocráticas francesas opunham-se às decisões tomadas pela Assembleia Nacional e às mobilizações rurais e urbanas. Decidiram, assim, exilar-se em outros países para organizar a contrarrevolução. Com o apoio das monarquias da Prússia e da Áustria, planejavam uma guerra para restabelecer o poder absoluto do rei, e restaurar os direitos feudais.

A monarquia constitucional

A assembleia, porém, manteve a monarquia. Em setembro de 1791, promulgou a constituição e obrigou o rei a ratifica-la.

Os revolucionários, no entanto, tiveram de lidar não apenas com dissidências internas. O avanço dos exércitos contrarrevolucionários da Áustria e da Prússia obrigou a França a declarar-lhes guerra em abril de 1792. O perigo iminente fez a assembleia permitir que qualquer cidadão fosse incorporado a Guarda Nacional, até então composta por cidadãos ativos.

Os cidadãos em armas

O período revolucionário exigiu transformações no comando e na organização militar. Desde a idade média, a guerra era oficio tradicional da nobreza, mesmo que parte dela se dedicasse à burocracia estatal.No antigo regime, o exército era formado por um corpo de soldados treinados e disciplinados, mas pequeno e de potência limitada. O exército revolucionário não tinha o mesmo treinamento nem a mesma disciplina militar, mas tinha a vantagem de ser superior numericamente e de lutar por sua própria liberdade.

A Convenção Nacional

Em agosto de 1792, o rei foi destruído e encarcerado pela Assembleia ate ser julgado. Em setembro, a república foi proclamada e uma nova Assembleia foi eleita: a Convenção nacional, a qual iniciou uma nova fase na revolução. Antes dela, apenas os indivíduos com determinadas posses tinham direito ao voto. A convenção, por sua vez, foi eleita com base no sufrágio universal masculino, ou seja, todo e qualquer homem, independentemente de suas posses, teve direito ao voto. A mudança na reforma de governo também significou a radicalização da Revolução, exigindo que seus principais integrantes se preocupassem em estruturar a república contra os perigosos internos e externos que podiam comprometer seu sucesso.

Girondinos e jacobinos

Durante a Revolução Francesa, não havia partidos políticos propriamente ditos, mas clubes revolucionários que manifestavam diferentes posições e opiniões diante dos acontecimentos. Os girondinos e os jacobinos, rivais entre si, eram os principais grupos políticos na Convenção.

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