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Seculo 19

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Por:   •  6/10/2013  •  2.132 Palavras (9 Páginas)  •  280 Visualizações

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A expansão Imperialista do século XIX Turmas:..

A Expansão Imperialista do século XIX

Definição de imperialismo

O Imperialismo do século XIX foi uma política de expansão e domínio territorial, cultural, econômicoe político de nações capitalistas que vivenciavam a segunda revolução industrial. Está política deve ser entendida também como impositora de novas formas de colonização – daí a expressão neocolonialismo – que foi além do colonialismo praticado dos séculos XV a XVIII, época do Antigo regime.

“Essa expansão deu inicio a chamada fase imperialista do capitalismo, da qual participaria a maioria das nações industrializadas. Uma das formas adotadas pelo imperialismo nessa expansão foi a partilha da áfrica e da Ásia, a criação de áreas de influencia em diversas regiões do planeta e a formação de novos impérios coloniais. A essa forma especifica de dominação imperialista se deu o nome de neocolonialismo”. (PAZZINATO, Alceu L. & SENISE, Maria Helena V. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Ática, 2002, p. 226).

Imperialismo: a supremacia inglesa na Era Vitoriana

A indiscutível supremacia da Inglaterra – na Europa do século XIX atingiu seu apogeu entre 1850 e 1875. O país, que havia iniciado sua Revolução Industrial mais de cem anos antes, colocou-se quase um século na frente dos demais Estados europeus. Somente na segunda metade do século XIX foi que França, Itália e Alemanha começaram a avançar, mas não o suficiente para abalar a hegemonia inglesa.

A Inglaterra enviava homens, capitais, car¬vão, tecidos e máquinas para o mundo inteiro. A supremacia naval completava a supremacia econômica. As camadas médias prosperavam, e seu papel político ganhava importância. Londres era a maior cidade do mundo, e o Parlamentarismo, um regime político estável, maleável para que as reformas se antecipassem às necessidades sociais. Assim, a Inglaterra evitou as agitações que assolaram a Europa dos fins do século XVIII ao século XIX.

A união de desenvolvimento econômico com progresso social e estabilidade política criou condições para a formação de um vasto império colonial na América, África e Ásia.

A dinastia Hannover, surgida no início do século XVIII, teve na rainha Vitória (1837-1901) o grande símbolo da virtude e da perseverança inglesas. Ela governou o país durante o período de supremacia britânica, por isso mesmo chamado de Era Vitoriana.

Os Motivos da expansão imperialista

As mudanças tecnológicas que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial (motores a gasolina,diesel e eletricidade, produção de aço em larga escala) aumentaram ainda mais a produção, gerando uma grande necessidade de mercados consumidores para os excedentes industriais. Além disso, as potencias centrais do capitalismo, precisavam encontrar fontes de matérias-primas (carvão, ferro, petróleo) e de produtos alimentícios que faltavam em suas terras. Também buscavam novas regiões para investir os capitais disponíveis, construindo ferrovias ou explorando minas, por exemplo.

Tal mecanismo era indispensável para aliviar a Europa dos capitais excedentes. Se eles fossem investidos na Europa, agravariam a superprodução e intensificariam a tendência dos países europeus industrializados de adotar medidas protecionistas, fechando seus mercados e tornando a situação ainda mais difícil. Some-se a tudo isso o crescimento acelerado da população européia, necessitada de novas terras para estabelecer-se. No plano político cada Estado europeu estava preocupado em aumentar seus contingentes militares, para fortalecer sua posição entre as demais potências. Possuindo colônias, disporiam de mais recursos e mais homens para seus exércitos. Tal era a política de revanche, característica da França, que buscava compensar as perdas na Europa, especialmente a Alsácia-Lorena, para os alemães. Ter colônias significava ter portos de escala e abastecimento de carvão para os navios mercantes e militares distribuídos pelo planeta.

Já a ação dos missionários religiosos, típica da segunda metade do século XIX, se encaixava em um discurso religioso e cultural que justificava o imperialismo. Eles desejavam converter africanos e asiáticos. Havia gente que considerava mesmo um dever dos europeus espalhar sua civilização entre povos que julgavam primitivos, atrasados e inferiores. Na realidade, além do olhar etnocêntrico e preconceituoso, esse discurso era o pretexto para justificar a colonização e espoliação das áreas dominadas. Foi nesse contexto que assumiu importância um movimento intelectual e pseudo-científico. O desenvolvimento de ideologias racistas que, partindo das teorias de Darwin, afirmavam a superioridade da raça branca: o etnocentrismo, baseado na idéia de que existiam povos superiores a outros (europeus superiores a asiáticos, indígenas e africanos). O darwinismo social interpretava a teoria da evolução a sua maneira errônea, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural. Assim, além de fenômeno político-econômico, o imperialismo teve profunda influência na cultura de sua época. Um exemplo disso foi o poema a “carga do homem branco”, escrito pelo poeta inglês, Rudyard Kipling (1865-1936):

A Partilha Imperialista

A partilha imperialista dos mercados periféricos pelas potências capitalistas se deu em três momentos. O primeiro foi a partilha da África, consolidada pela Conferência de Berlim de 1885. Nesta cúpula das potências européias, se desenhou, artificialmente, as fronteiras entre os países africanos segundo o princípio do “dividir para conquistar”, isto é, etnias distintas e rivais foram colocadas num mesmo território de modo a acirrar suas rivalidades e gerar conflitos entre elas. As conseqüências desta política são sentidas até os dias atuais nas violentas e brutais guerras convocada em Berlim, no ano de 1885 e a qual compareceram representantes da maioria das nações européias e dos Estados Unidos, procurou estabelecer certas regras básicas para o jogo da aquisição imperialista. O Congo foi declarado Estado livre, sob tutela de Leopoldo II (o primeiro desse artifício, que depois se tornaria comum, de proteger povos “atrasados”). Uma nação européia que tivesse possessões na costa africana teria direitos de prioridade a territórios no interior, atrás dessas que era chamado ‘ocupação real’ – ou seja, a presença de administradores ou de tropas. A corrida havia começado! A ocupação era acompanhada pela exploração de trabalhadores nativos. Os acordos feitos com os chefes locais,

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