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Subjetividade, Sensação E Percepção.

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Por:   •  24/11/2013  •  798 Palavras (4 Páginas)  •  165 Visualizações

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A célebre "Carta do Achamento do Brasil" foi escrita por Pero Vaz de Caminha em Porto Seguro, entre 26 de abril e 2 de maio de 1500. O escrivão só interrompeu o trabalho no dia 29, quando ajudou o capitão-mor a reorganizar os suprimentos da frota.

Enquanto o restante da armada seguiu para a Índia, o navio de Gaspar de Lemos foi despachado por Cabral para Lisboa, ao fim da estadia no Brasil, em 2 de maio. Por meio dele, a carta chegou ao seu destinatário. Das mãos de dom Manuel 1o, passou à secretaria de Estado como documento secreto, pois se queria evitar que chegasse aos espanhóis a notícia do descobrimento.

Anos mais tarde, o documento foi enviado para o arquivo nacional, localizado na Torre do Tombo do castelo de Lisboa ("tombo" tem aí o sentido de conservação, como quando se fala, por exemplo, em tombamento de uma cidade histórica). No arquivo, o manuscrito de Caminha - 27 páginas de papel, com formato de 29,6 cm X 29,9 cm - repousou esquecido durante os séculos seguintes.

O documento volta ao Brasil

Somente em 1773, o diretor do arquivo, José Seabra da Silva, mandou fazer uma nova cópia da Carta do Achamento. Seabra tinha ligações familiares com o Brasil. Supõe-se que por meio dele o texto de Caminha tenha chegado aqui, possivelmente com a sua transferência para o Rio de Janeiro quando acompanhou a família real portuguesa.

Essa cópia da carta foi encontrada no Arquivo da Marinha Real do Rio de Janeiro pelo padre Manuel Aires do Casal, que a imprimiu em 1817, tornando-a pública pela primeira vez. O documento ganhou particular importância para o Brasil com a Independência, em 1822.

Para o novo país, tratava-se do manuscrito que encerrava o primeiro registro de sua existência. Além disso, no século 19, com o desenvolvimento dos estudos históricos, os estudiosos reconheceram o valor dos documentos escritos como fontes privilegiadas para o conhecimento da história.

Análise linguística

Isso se deve ao fato de o português do início do século 16 estar bem distante do português tal qual é falado hoje em dia. Alteraram-se os sons ou os significados de algumas palavras, outras caíram em desuso, novos termos apareceram.

É o caso de "achamento", usado no século 16, e substituído por "descobrimento" nos dias de hoje.

Mas a simples transcrição de um trecho do original de Caminha pode deixar mais clara a ação do tempo sobre a língua e revelar o abismo histórico que se abriu entre o português do escrivão e o nosso:

"Posto que o capitam moor, desta vossa frota e asy os outros capitaães screpuam a vossa alteza a noua do achamento desta vossa terra noua que se ora neesta nauegaçam achou, nom leixarey tambem de dar disso minha comta avossa alteza asy como eu milhar poder aimda que pera o bem contar e falar o saiba pior que todos fazer."

Texto rico e envolvente

Como o português empregado por Caminha é muito diferente do atual, não se pode ter certeza do significado de algumas palavras empregadas pelo autor.

No caso de outras, sua significação simplesmente se perdeu no tempo. Há passagens da carta

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