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Transição Idade média P Moderna

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Por:   •  28/7/2014  •  1.577 Palavras (7 Páginas)  •  741 Visualizações

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Transição da Idade Média para a Idade Moderna

Este trabalho visa discutir o período de transição do sistema medieval para a sociedade moderna.

A época medieval é tradicionalmente conhecida como o período que se segue à queda do Império Romano do Ocidente (476) até a queda do Império Romano do Oriente (1453). Esses dez séculos são subdivididos em duas épocas: a Alta Idade Média, cobrindo o intervalo entre os séculos V e X e a Baixa Idade Média, cobrindo o intervalo entre os séculos XI e XV.

A Alta Idade Média é marcada por um período clássico, no qual é mantido o latim por muito tempo entre os eruditos. A Igreja torna-se uma guardiã da cultura, por meio dos monges copistas enclausurados nos mosteiros, o filósofo de maior expressão desse período é Santo Agostinho, fundador da patrística, inspira-se em Platão para seus estudos filosóficos do cristianismo.

Enquanto a Baixa Idade Média é conhecida como uma época de decadência do poder eclesiástico, mas que se desenvolve a escolástica cuja figura de maior importância é São Tomás de Aquino inspirado nos escritos de Aristóteles.

A organização medieval baseava-se num sistema feudal, com uma acentuada descentralização do poder político. A forma de governo era feita por mandato da monarquia, em pequenos reinos, no qual o rei mantinha o título nominal das propriedades (feudos). Logo aquele que outorgava um feudo era conhecido como suserano e quem o recebia chamado de vassalo.

A sociedade feudal era fundamentada na desigualdade, separada em estados, em que não se ocorria a ascensão social, a mudança de estamentos. A primeira ordem era constituída pelo clero que tinha como função principal rezar, entretanto exercia diversas atividades políticas na sociedade. A segunda ordem era a formada pelos senhores, nobres, na qual a sua atuação principal era a de guerrear, combater militarmente. A terceira ordem era a dos servos esses que trabalhavam na terra dos senhores feudais em troca de moradia e do uso da terra, o trabalho dos servos é conhecido como um trabalho servil e compulsório e não escravo, pois existia uma relação de fidelidade e trabalho entre o nobre e o servo, vale ressalvar as diversas obrigações servis que os camponeses tinham a cumprir como: a Capitação (tributo pago por pessoa); a Talha (pagamento de uma parte da produção); a Corvéia (trabalho do servo durante alguns dias semana nas terras do senhor); as Banalidades (pagamento pelo uso do moinho, das estradas, dos fornos e dos abrigos) entre muitos outros.

Outro importante aspecto é Economia Feudal a qual é pouco produtiva, fundamentada na agricultura, auto-sustentável produzindo seus próprios produtos de necessidade básica. Logo, o comércio era algo secundário de pequena participação, sendo artesanal e regulamentado, apenas posteriormente iniciando-se a constituição de pequenas feiras de produtores e consumidores.

É importante destacar para esse período medieval a grande influência da igreja no âmbito político e social e a imensa autoridade que exercia nas pessoas. Ela se estabelece em meio à desorganização administrativa, econômica e social produzida pelas invasões germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, conseguindo manter-se como instituição. Consolidando sua estrutura religiosa, a Igreja foi difundindo o cristianismo entre os povos bárbaros, enquanto preservava muitos elementos da cultura greco-romana.

Entretanto nem todas as pessoas concordavam ou acreditavam nos dogmas católicos existindo uma série de doutrinas, crenças e superstições, denominadas heresias, que se chocavam com as doutrinas da Igreja. Então em 1229 o Papa Gregório IX, no Concílio de Toulose, criou os “Inquisidores da Santa Fé” conhecidos como o Tribunal da Inquisição, cujo objetivo era descobrir, perseguir e punir os heréticos. Os condenados pela Inquisição eram entregues ao Estado que se encarregava de executar a sentença, essas que variavam desde a tomada dos bens da pessoa até a morte na fogueira.

Um grande estudioso e filósofo que morreu nessa época por ter contestado a Igreja Católica foi o italiano Giordano Bruno.

O teólogo Giordano Bruno nascido em Nola em 1548, filho do militar João Bruno e de Flaulissa Savolino, ingressa aos 17 anos na ordem dominicana, onde estudou a filosofia de São Tomás de Aquino e Aristóteles, foi discípulo Franscesco Patrizi e tornou-se doutor em teologia.

Entretanto em 1576 o filósofo Napolitano larga o hábito por estar sendo acusado de heresias como a de contestar a santíssima trindade. Consequentemente Giordano Bruno passa a viver fugindo das perseguições contra a sua pessoa.

Suas idéias eram baseadas numa filosofia humanista na qual defendia uma nova visão de mundo e do homem em estudos visionários sobre a cosmologia de Copérnico, teoria neoplatônica e panteísta. Para Bruno o universo era uma coisa viva e infinita composto de vários sistemas solares e planetas, alem de suas teorias cósmicas foi também um animista acreditando que todo ser tinha uma finalidade na Terra.

Porém, em 23 de maio de 1592, Bruno foi entregue para o Tribunal do Santo Ofício pelo comerciante Giovanni Moncenigo, pois ele irritado por Giordano não ajudá-lo na arte de desenvolver a memória (mnemotécnica) na qual ele queria usa-la apenas em trapaças e para prejudicar seus concorrentes. Giordano ficou encarcerado durante sete anos, negando-se a abjurar suas doutrinas, das quais não se retrata. Então inevitavelmente foi condenado queimado em 1600.

Em suma, pode se perceber que Giordano Bruno foi um dos nomes de grande valor na corrente Renascentista que está em processo de ascensão na Europa Feudal a partir do século XI ou XIII (não se estabeleceu um consenso ente os historiadores quanto a essa data) que irá alterar a dinamização social, econômica e política entre os períodos de 1300 a 1650.

O Renascimento é considerado o marco que separa a Idade Média da Idade Moderna seria uma ruptura no modo de pensar e agir diante da vida com uma esplêndida produção intelectual, entretanto existem divergências quanto a essa conceituação, pois para muitos estudioso não houve essa quebra e sim um desenvolvimento nos padrões de pensamento e cultura. O termo renascimento vem de

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