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Tópicos étnicos raciais

Por:   •  21/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  175 Visualizações

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Centro Universitário Internacional

Uninter

Danubia Slovinski Soares, RU: 1268964

Ana Paula , RU:

PORTIFÓLIO

UTA – ÉTICA E EDUCAÇÃO

FASE II

FOZ DO IGUAÇU

2015

Centro Universitário Internacional

Uninter

Danubia Slovinski Soares, RU: 1268964

Ana Paula , RU:

PORTIFÓLIO

UTA – ÉTICA E EDUCAÇÃO

FASE II

Relatório de Portfólio da UTA ÉTICA E EDUCAÇÃO - FASE II

Curso: Licenciatura em História

Tutor Local: Regina

Centro Associado: xxxxx VC SABE QUAL É ANA PQ EU NÃO SEI

FOZ DO IGUAÇU

2015

INTRODUÇÃO

Os Libaneses na fronteira e suas contribuições na sociedade Iguaçuense.

Foz do Iguaçu cidade cosmopolita que abriga hoje mais de 70 nacionalidades distintas, todas vivendo em plena harmonia apesar das diferenças culturais. No presente trabalho falaremos especificamente de uma nacionalidade com a 2ª maior comunidade radicada em Foz; Os Libaneses.

Os mesmos já estão no Brasil historicamente desde o final de 1800, porém, começaram a migrar para Foz do Iguaçu em massa no final dos anos 80, devido o renascimento de Puerto Stroessner no Paraguai, com a queda do ditador Paraguaio passou a chamar-se Ciudad Del Este, cidade esta que se firmou no comércio fronteiriço, atraindo comerciantes de vários lugares do Brasil e do mundo, principalmente Libaneses.

Muitas pessoas foram ficando em Foz do Iguaçu, fixando residência por conta da grande Hidrelétrica de Itaipu, porém que, com o término da II fase das obras muitos trabalhadores ao invés de sair em busca de outras barragens, resolveram mudar o rumo pela oportunidade vista no Paraguai, sendo assim, uma cidade de pouco mais de 20.000 habitantes, viu seu numero triplicar em poucos anos com a construção da barragem e também com o advento de Ciudad Del Este.

Veremos a seguir as contribuições, e desafios encontrados em ambas as partes com a chegada dos Libaneses na sociedade Iguaçuense, também observando como se dá o convívio de ambos os povos.

Primeiras aproximações

Conversando com os próprios imigrantes Libaneses, percebemos que os mesmos passaram por vários desafios, alguns transpostos, outros não, na seqüência observaremos vários desses desafios, encontrados não somente por Libaneses, mas também pelos nativos que estão diretamente conectados neste processo de adaptação mútua.

O Idioma:

O primeiro grande desafio cultural foi o idioma. Apesar de a Língua Portuguesa possuir várias palavras com raízes árabes, muitos imigrantes sentiram o impacto de aprender o novo idioma, e contaram do esforço que fizeram pelo menos para conseguir comunicar-se de maneira básica.

Apesar de hoje ainda muitos terem dificuldade para comunicar-se, já contam com os filhos nascidos por aqui, que os ajudam em tal tarefa, então o ato de falar fica mais fácil. Alguns falam o Português com muita dificuldade, mas no final tudo acaba bem, e confessam que não se importam de serem chamados de “Brimos”, pois, eles têm dificuldade com a letra P que é constantemente trocada pelo B, e o Iguaçuense que não perde o espírito brasileiro de fazer graça com tudo, não perde a oportunidade de chamá-los assim.

Lembrando que o árabe de modo geral tem o costume de se casarem em família consangüínea, então os laços familiares ficam cada vez mais fortes, por isso os mesmos possuem vários primos, e isso acabou virando uma maneira carinhosa de chamar os seus próximos, pois eles consideram muito seus laços familiares.

A questão religiosa:

Logo após a barreira do idioma vem a primeira impressão social da comunidade, vindo de ambas as partes.

Grande parte dos Libaneses é Muçulmana apesar de haver ainda no país Cristãos e demais religiões. Os Muçulmanos são dívidos em Xiitas e Sunitas.

A parte mais conservadora, grosso modo dizendo são os Xiitas, que tem vários usos e costumes diferentes dos Sunitas, desde o modo de rezar que possui algumas alterações se comparado aos Sunitas, até o uso de uma indumentária facultativa no Islam, mas que varias mulheres Xiitas fazem questão de usar que é o “Hijab”, que é o véu que cobre os cabelos das mulheres.

Muda também para o Xiita uma parte da concepção filosófica do Islam.

Quanto aos Sunitas fica facultativo o uso do véu Islâmico, a mulher deve sentir o chamado de “Allah” (Deus em árabe), para fazer sua utilização ou não, salientando que toda Muçulmana deve cobrir sua cabeça e corpo para fazer as cinco orações diárias que é um dos cinco pilares do Islamismo.

As Sunitas que não fazem uso do véu acabam tentando se vestir com modéstia, tampando as nádegas, evitando expor os seios ainda que de maneira sutil, pois para as mesmas não é viável tanto religiosamente quanto culturalmente fazer a exposição do corpo.

Outro ponto é que as Libanesas Muçulmanas devem se casar virgens, sendo que se uma moça perde a virgindade antes do casamento acaba desonrando toda família frente à comunidade.

Ai entra o primeiro contraste com a comunidade a qual estão inseridos, pois a prática da virgindade dentro da cultura brasileira a muito deixou de ser tabu.

Conseguimos ver este contraste visual numa simples caminhada pelas ruas de Foz do Iguaçu, onde você encontra as moças Iguaçuenses usando roupas de verão, e no mesmo ambiente moças totalmente cobertas, e o mais incrível é que de tão comum não chama mais a atenção da comunidade. É muito natural também vermos brasileiras que acabaram se casando com Libaneses fazendo o sentido inverso, convertendo-se ao Islamismo e fazendo a adoção da roupa Islâmica completa.

Vale lembrar que a comunidade Libanesa de Foz, fez duas Mesquitas, uma Sunita a primeira com formato de abóboda da América Latina, que se chama “Omar Ibn Al Katab”, que abre suas portas também para visitação turística pela suntuosidade de sua arquitetura, inclusive com guias Libaneses que falam bem o Português para tirar duvida sobre a Religião, o que é bom, pois as pessoas só estigmatizam aquilo que não compreendem.

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