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Usiminas

Tese: Usiminas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/8/2014  •  Tese  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  302 Visualizações

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Fundação

Na década de 50, um grupo de idealizadores conscientes de que a indústria siderúrgica seria essencial para o país e para o mundo, articulou um importante movimento para viabilizar a implantação da primeira grande usina de siderurgia de Minas Gerais.

Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (USIMINAS) é uma das maiores siderúrgicas do Brasil, fundada em 25 de abril de 1956, em um cenário brasileiro de euforia e otimismo gerados pelo Plano de Desenvolvimento do governo Juscelino Kubitschek, no Horto de Nossa Senhora, atual Ipatinga.

Originalmente criada como uma empresa estatal com o apoio do capital e da tecnologia japonesa foi inaugurada em 1962 no então distrito de Ipatinga.

Em 1958, a Usiminas tornou-se uma joint venture, com a participação de capital estatal em parceria com acionistas japoneses, permitindo um novo estilo de gestão compartilhada - nos moldes da iniciativa privada. Com o aporte de capitais do Governo de Minas Gerais, do Governo Federal e do Japão, significou, na época, a realização do ideal mineiro e, ao mesmo tempo, foi ao encontro do desejo e da necessidade do Japão de demonstrar a presença e a marca de sua tecnologia no mundo ocidental.

No dia 26 de outubro de 1962, João Goulart inaugurou a Usina Intendente Câmara. Com uma tocha trazida de Ouro Preto simbolizando os inconfidentes mineiros, o Presidente da República acendeu o primeiro alto-forno da usina.

Algumas horas depois, iniciava-se a primeira corrida de gusa, ou seja, a primeira produção industrial da Usiminas. Dessa forma, foi dada a largada ao funcionamento de uma série de novas etapas e novas inaugurações.

Haviam recém-chegado de todo o país e do exterior, principalmente de japoneses para trabalharem na Usiminas, hoje dotada de grandes recursos humanos, tecnológicos e financeiros. Todavia, naquela época, a empresa possuía pouca estrutura e as condições humanas de trabalho eram precaríssimas. No decorrer do ano, 1963, a usina estava em formação e contratava várias pessoas para o seu crescimento. Mas os empregados contratados, em sua grande maioria, não eram dotados de experiência no ramo siderúrgico e não entendiam muito do assunto. Eram apenas mandados a fazer.

Os acidentes de trabalho eram trágicos e freqüentes, em sua maioria, vistos com naturalidade e frieza, podendo até serem comparados com as primeiras fábricas da I Revolução Industrial. Não havia adequada estrutura de prevenção a acidentes e primeiros socorros. A desqualificação profissional não era considerada, e o que importava à direção eram números de pessoas e as tarefas concluídas. As condições de trabalho, de alimentação, de moradia dos operários eram sub- humanas. Os alojamentos, refeitórios eram superlotados e de péssima qualidade.

Os canteiros de obras eram rodeados de caixotes, onde se vendiam todo tipo de quinquilharias e até bebidas alcoólicas.Brigas eram constantes entre os trabalhadores, muitas vezes levando-os à morte, sem quase nenhum conhecimento e importância por parte das autoridades e da maioria dos que ali lutavam. O centro de Ipatinga e os canteiros de obras da Usiminas se misturavam com o borbulhar de gente, a precária infra-estrutura na usina, a falta de assistência das autoridades em

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