TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A CULTURA DE APRENDER LÍNGUAS (INGLES) DE ALUNOS NO CURSO DE LETRAS

Exames: A CULTURA DE APRENDER LÍNGUAS (INGLES) DE ALUNOS NO CURSO DE LETRAS. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/12/2013  •  906 Palavras (4 Páginas)  •  701 Visualizações

Página 1 de 4

ALMEIDA FILHO, J. C. P. O Professor de Língua Estrangeira em formação. Campinas, SP: Fontes, 1999.

A resenha que será apresentada baseia-se no texto A Cultura de Aprender Línguas (Inglês) de Alunos no Curso de Letras, de Ana Maria Ferreira Barcelos, constante da obra supramencionada de Almeida Filho.

O texto-objeto de análise relata os resultados de uma pesquisa de caráter etnográfico que teve por objetivo caracterizar a cultura de aprender línguas de um grupo de acadêmicos formandos de língua inglesa. A pesquisa procurou fornecer subsídios teóricos e práticos que auxiliassem os professores a compreender melhor as crenças de seus alunos a respeito do processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira.

Barcelos explica que Almeida Filho (1993) criou o termo cultura de aprender línguas em referência às maneiras de estudar e se preparar para o uso da língua-alvo considerada normal pelo aluno – sempre envoltas em tradições relacionadas a região, etnia, classe social, etc. Entretanto – prossegue a autora – o mesmo termo foi utilizado na pesquisa com o fim de definir um conhecimento intuitivo implícito (ou explícito) dos estudantes.

Barcelos cita Erickson (1987:18-19) e seu conceito sobre a característica do sistema cultural, que vem justamente a ser o caráter implícito e intuitivo que abrange uma esfera maior de organização social. Ou seja: nas palavras da própria autora, (...) as crenças manifestadas pelos alunos e suas ações em sala de aula têm a ver com seus hábitos e valores familiares, escolarização e papéis culturais reservados a eles e aos professores naquela sociedade.

Segundo Erickson (1986:129), professores e alunos se esquecem de que o ambiente de aprendizagem e interação engloba o uso de significados aprendidos e compartilhados em determinada cultura, a exemplo dos pressupostos sobre papéis masculinos e femininos, etc. São idéias baseadas em visões de determinadas sociedade sobre o processo de ensino-aprendizagem de modo geral.

Barcelos aponta uma pesquisa realizada por Wenden (1987), nos Estados Unidos, com vinte e cinco alunos aprendizes de segunda língua. Tal experiência revelou que os estudantes possuíam crenças, como as de que deveriam aprender a língua de modo natural, sem auxílio de sala de aula; praticar constantemente; pensar na segunda língua, não traduzir a língua materna; viver e estudar no lugar onde se fala a língua-alvo; ignorar erros, entre outros.

Carmagnani (1993) realizou uma experiência com alunos de Letras de uma instituição privada de ensino superior no Brasil. Os resultados mostraram que os estudantes brasileiros resistem a uma aprendizagem auto-orientada. Acostumados a um modelo no qual o professor dá todos os caminhos para a resolução dos problemas em sala de aula, como reflexo da própria mentalidade paternalista de nossa sociedade, os acadêmicos deixaram transparecer sua “visão idealizada do processo e da escola, onde a aprendizagem é vista como algo agradável, sem conflitos”.

Mais um trabalho, desta vez de Lefta (1991) ilustrou a mentalidade de alunos do ginásio antes dos mesmos entrarem para a vida universitária. A primeira conclusão foi a de que tais alunos acreditam que a língua é um conjunto de palavras; portanto, é necessário decorar listas de vocabulário para poder se comunicar. A segunda conclusão foi a de que os alunos relacionam a língua como parte integrante do currículo, algo associado à sala de aula.

Ainda na lista de trabalhos, cabe enfatizar aquele realizado por Barcelos, cujo objetivo era interpretar os sentidos atribuídos

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.9 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com