TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE CULTURA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA.

Por:   •  29/11/2017  •  Artigo  •  2.577 Palavras (11 Páginas)  •  313 Visualizações

Página 1 de 11

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE CULTURA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA.

THE IMPORTANCE OF TEACHING CULTURE IN ENGLISH TEACHING.

Iara Késsia Cavalcante Moraes Barbosa[1]

Brianna Rodrigues Pessoa da Silva[2]

Resumo: O presente artigo é fruto das discussões geradas na disciplina cultura anglófona no curso de licenciatura de língua inglesa. O objetivo principal deste artigo é apresentar e discutir a visão sobre o ensino da cultura no estudo da língua inglesa no âmbito educacional tendo como base a dimensão escolar visando o futuro deste aluno. Além disso, pensar em educação tem por base o interesse social. Feito isso, o trabalho se inicia com um breve conceito sobre a língua, discorre sobre o conceito de cultura e se aprofunda na junção dos dois conceitos e finaliza-se com uma conclusão dentro de uma perspectiva sociolinguística.

Palavras-chave: Língua– Cultura – Educação – Ensino-aprendizagem

Abstract: This article is the result of the discussions generated in the Anglophone culture discipline in the English language undergraduate course. The main objective of this article is to present and discuss the vision about the teaching of culture in the study of English language in the educational scope based on the school dimension aiming the future of this student. Besides, thinking about education is based on social interest. Then, the work begins with a brief concept about the language, discusses the concept of culture and goes deeper into the junction of the two concepts and ends with a conclusion from a sociolinguistic perspective.

Keys-word: Language – Culture – Education – Teaching-learning

A língua é utilizada para passar todas as informações de seus usuários, e através dela todo o peso das contribuições dos antepassados de um povo. A língua não é somente atividade criadora, é também uma atividade transformadora daquilo que já é existente, herdado de gerações anteriores. Segundo Wilhelm von Humboldt (1990) a língua não é um sistema de sinais que existe acima ou fora do homem, mas algo que este utiliza e transforma.  De acordo com Kaplan (1975) a língua é um dos sistemas de expressão da cultura. Hall (1968), entretanto, afirma que a língua “é a instituição pela qual os humanos se comunicam e interagem uns com os outros por meio de símbolos arbitrários orais-auditivos habitualmente utilizados”.

Para Humboldt (1990) o aprendizado da língua vai além da acepção das regras gramaticais. É preciso que haja um sentimento de interesse do falante em aprender não apenas a falar, mas a também desenvolver novos sentidos. Crystal (2005) descreve língua como “uma instituição imensamente democrática. E ainda afirma que “aprender uma [Língua] é ter imediatamente direito a ela, sendo possível se fazer acréscimos, modificações, brincar com ela, criar, ignorar partículas, o que se desejar”. Por outro lado, Cardoso (1999) afirma que a língua “é um fato social porque pertence a todos os membros de uma comunidade, é exterior ao indivíduo, esse não pode nem criá-la nem modificá-la”. Para Cardoso (1999) o indivíduo não tem o poder de modificar a língua, sendo assim, contrário a Crystal. Mas é certo que ao aprender uma língua o indivíduo obtém uma expansão do mundo e de si mesmo. A língua não é apenas um meio pelo qual as pessoas se comunicam, mas um sistema de transmissão do pensamento humano.

É necessário um conhecimento interdisciplinar para se compreender uma língua, sendo indispensável o mínimo de conhecimento de cultura. A ligação entre língua e cultura é muito forte, uma não sendo completa sem a outra. Pois para se entender certas expressões de uma língua, é necessário o conhecimento da cultura na qual aquela língua está inserida.

A palavra cultura vem do termo alemão kultur. O termo cultura possui diversos conceitos. O primeiro conceito de cultura veio em 1871 através do antropólogo britânico Edward B. Tylor, segundo ele, cultura ...”é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade." De acordo com Giddens (1996) cultura “consiste em valores que os membros de um determinado grupo têm, as normas que seguem, e os bens materiais que criam”. Ou seja, a cultura é construída por meio de fatores que representam aquela determinada comunidade, tais como, regras, padrões de comportamento, como se vestem, seus costumes, no casamento, na família, nas cerimônias religiosas, no trabalho, entre outros. Byram (1989) se refere a cultura como “a outra parte mais escondida, mais misteriosa, e mais difícil de ser alcançada”.  Existem diversos conceitos para o termo Cultura, além de ser um tema muito complexo, afinal, ela não engloba apenas “valores espirituais, mas também materiais, além de qualidades inerentes ao homem e ainda, aquelas por ele adquiridas ao longo da vida” (Pontes, 1998). Segundo Mead (1973), cultura significa todo o conjunto de comportamento tradicional desenvolvido pela raça humana e que é apreendido sucessivamente por cada geração. Cultura se caracteriza como um modo de viver (Coelho, 2001). Portanto, cultura e língua estão intimamente ligadas.

Ao abordar língua e cultura faz-se necessário conceituar identidade cultural, que segundo Stuart Hall (2004) enfatiza aspectos relacionados à nossa pertença às culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas, regionais e nacionais. Oliveira (2001) afirma que a identidade cultural seria uma espécie de “sentimento de pertencimento”. Segundo Kramsch (1998):

É amplamente aceito que há uma conexão natural entre a língua falada por membros de um grupo social e a identidade daquele grupo. Através de seu sotaque, vocabulário e padrões de discurso, os falantes se identificam e são identificados como membros dessa ou daquela comunidade de fala e discurso.

E é partindo desse pressuposto que se faz necessário citar a “crise de identidade”, que segundo Hall (2004), se instaurou no mundo, e que “é resultado do processo de globalização que vem se estabelecendo”.

Mas o que é globalização? Podemos dizer que globalização é um processo social, econômico e político que estabelece uma aproximação entre países e pessoas de todo o mundo. E é através desse processo, que se estendeu após o surgimento da televisão e da rede de computadores, e que cada vez mais vai quebrando as barreiras existentes entre os povos, que as empresas realizam transações, trocam ideias e conhecimentos. Segundo Fernandes e Eiró (2013), o impacto da globalização nas vidas socioculturais de muitas pessoas ao redor do mundo deve ser considerado. E uma das características relevantes da globalização, é a homogeneização cultural. E por conta dessa homogeneização é que tem se levado à crise das identidades regionais, religiosas, etc.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (16.7 Kb)   pdf (147.8 Kb)   docx (19.7 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com