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A Língua Falada no Ensino de Português

Por:   •  14/3/2023  •  Resenha  •  625 Palavras (3 Páginas)  •  90 Visualizações

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CASTILHO, Ataliba Texeira de. (2002). A língua falada no ensino de português. 4. ed. São Paulo: Contexto. pág. 9.

Ataliba de Castilho, autor da obra “A língua falada no ensino de português, do ano de 2002, publicado pela editora Contexto, sua obra é considerada como um curso introdutório sobre Análise da Conversação e sua aplicação nos Ensinos Fundamental e Médio. Podemos dizer que é um curso pela grandeza de indicações de leituras que nele podemos encontrar, trata-se de um livro teórico onde a linguagem é simples e objetiva, ao mesmo tempo que instiga o leitor e o desafia a adotar sua proposta como se este estivesse sendo influenciado pelo autor.

A obra inicia apresentando a Introdução, onde o autor trata sobre a crise atual do ensino de Língua Portuguesa e expõe características da Língua Falada e apresenta uma proposição para a renovação do ensino da gramática por meio da língua falada. Castilho apresenta de forma que venha contextualizar a obra três crises que afetam o ensino de Língua Portuguesa, são as três: A crise social, crise científica e crise do magistério.

A crise social, de acordo com o autor, diz respeito às mudanças na sociedade brasileira, provocada pelo rápido processo de urbanização que o país sofreu no século XX. O autor apresenta dados sobre o processo de urbanização que foi de forma tardia e compara o mesmo com a Europa que ocorreu durante o séc. XVI e XVIII. Com o avançar da urbanização o autor traz a seguinte indagação: até que ponto o falar rural permeou o falar urbano? Qual é efetivamente o dinamismo do português urbano em face da linguagem trazida pelos migrantes rurais? Castilho respondendo a esses questionamentos, apresenta respostas dadas por Bortoni-Ricardo (1985), Lemle-Naro (1977), Rodrigues (1987) e Scherre (1988). Por fim, o autor afirma que é um fato que a incorporação do contingente rural alterou o perfil socioeconômico do alunado brasileiro.

A crise científica, conforme Castilho, ocorre através das três grandes teorias de linguagem e seus correlatos gramaticais - que enfocam a língua como atividade mental, como estrutura ou como atividade social - oscilam enfocando ora o enunciado, ora a enunciação, o que gera a terceira grande crise que afeta o ensino de língua materna no Brasil: a do magistério.

O autor explica que, por meio desta oscilação de paradigmas científicos, leva os professores a dúvidas constantes sobre “o que ensinar”, “como”, “para quem” e até “para quê” ensinar. Tais questões, de acordo com Castilho, somam-se os materiais didáticos repetitivos, os baixos salários do magistério, e ainda, as deficiências na formação dos professores, que, muitas vezes, é conservadora demais para um período de mudanças de paradigmas.

Essas novas convicções apontam para o ensino de Língua Portuguesa como uma reflexão sobre a língua como atividade, e não apenas estrutura. Ainda no capítulo introdutório, o autor apresenta a Teoria Modular, segundo a qual as línguas naturais compõem-se de três módulos (discursivo, semântico e gramatical), interligados pelo léxico. O módulo discursivo compreende aquilo que diz respeito às negociações entre os sujeitos implicadas na situação de enunciação. O módulo semântico suporta tudo o que se refere ao sentido. As noções

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