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REVISÃO DA LITERATURA LIBRAS e linguagem PORTUGUÊS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE Surdos

Projeto de pesquisa: REVISÃO DA LITERATURA LIBRAS e linguagem PORTUGUÊS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE Surdos. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  31/10/2013  •  Projeto de pesquisa  •  2.711 Palavras (11 Páginas)  •  844 Visualizações

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A TECNOLOGIA E A EDUCAÇÃO, “FOCO NOS DEFICIENTES AUDITIVOS”

Maria Laudenice da Silva

Patrícia da Silva Lima Nunes

RESUMO

Em tempos atuais, muito se tem discutido sobre as tecnologias de comunicação especiais, como elementos que contribuem com a formação acadêmica de pessoas surdas e sua inserção na sociedade. Os surdos possuem privação sensorial, que interfere diretamente na comunicação, alterando assim a qualidade da relação que o indivíduo estabelece com o meio, o que causa sérios entraves para o desenvolvimento da criança, conforme o grau da perda auditiva que as mesmas apresentem. Para o surdo adulto, limita a comunicação que é tão essencial para a convivência em qualquer sociedade. Deste modo, a tecnologia, somada à educação apresenta papel fundamental para o desenvolvimento da pessoa surda, em seu aspecto totalizado. Ainda neste contexto, sabe-se que a comunicação é papel primordial para o desenvolvimento. Para os indivíduos surdos essa comunicação geralmente é feita por meio de libras, no âmbito escolar a princípio, e sucessivamente na sociedade em geral. Isso nos remete ao que conhecemos como inclusão, que só pode existir quando: o surdo pode verdadeiramente participar, podendo exercer a palavra para expressar ideias, sentimentos e conteúdo cognitivo, e possa ser o que realmente é surdo. Porém a língua de sinais é relativamente limitada à comunidade surda, cuja cultura é diferente, ainda que dentro do mesmo país, apresentando-se em uma história de segregação ao longo de vários anos. Desta maneira, é convencionado que a melhor maneira de contribuir para o avanço dos surdos no Brasil e no mundo, é desenvolvendo tecnologias de comunicação interativa, como ferramentas para auxiliar a aprendizagem e inserção social.

Palavras-chave: Comunidade Surda, Educação de Surdos, Tecnologias de comunicação.

INTRODUÇÃO

Segundo o autor Seymour Papert, na educação a abordagem do construtivismo, permite ao educando construir o seu próprio conhecimento por intermédio de uma ferramenta pedagógica, como por exemplo, o computador. (PAPERT, 1985). Desta forma, o uso de tecnologias é defendido como objeto de apoio no processo de construção de conhecimentos, trata-se assim, de uma poderosa ferramenta educacional, o qual é adaptado os princípios do construtivismo cognitivo de Jean Piaget, a fim de melhor aproveitar-se o uso das novas tecnologias, na educação de pessoas surdas.

Tal afirmação, nos leva a repensar as práticas pedagógicas levando em consideração a necessidade e o direito do aluno surdo ser ensinado na sua língua nata, Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) concomitante a segunda língua a Língua Portuguesa, acompanhado de um professor bilíngue ou um intérprete em sala de aula. O foco do trabalho apresentado não discutirá tais questões, no entanto falar sobre educação para surdos e deixar de lado o que é necessário para que essa aprendizagem seja significativa, nos remetem ao modelo de “aprendizagem ouvinte” que citaremos mais a frente.

Percebe-se, então, que a educação verdadeiramente inclusiva agrupada à renovação das visões pedagógicas, por meio da informática, contrafaz a formação do professor e a forma de atuação, tanto do docente como do educando. A primeira importância a ser elevada, é que, a formação do docente passa a ser uma construção contínua, agregada a um olhar humanístico para o aluno surdo, no sentido de incluir na análise da educação do surdo, a situação linguística, social, comunitária, cultural e das identidades destes sujeitos.

Vale salientar que, segundo o autor Carlos Skliar, em seu livro: A surdez: Um olhar sobre as diferenças é necessária uma ruptura em ralação a educação dos surdos em comparação com a educação especial. Isso porque ainda hoje nas instituições há a negação da existência de uma identidade surda, uma comunidade surda, em uma tentativa de correção, normalização da surdez.

Neste artigo, o que é trazido à discussão é o quanto o avanço tecnológico como a criação de hardwares e softwares, pode gerar transformações nas metodologias de ensino, e comunicação entre pessoas surdas, bem como a facilitação de sua inclusão social. Além de como o professor, ainda que não domine a língua em libras, pode se beneficiar desses softwares na mediação do ensino aprendizagem de pessoas surdas, dentro de um contexto de inclusão escolar. Nesse sentido, realizou-se uma pesquisa do tipo revisão de literatura existente, cujo intuito era observar o conteúdo dessa proposta, sua eficiência e aplicabilidade.

3. REVISÃO DA LITERATURA

LIBRAS E LINGUA PORTUGUÊSA NO PROCESSO DO ENSINO E APRENDIZAGEM DA PESSOA SURDA.

A evolução dos alunos surdos em relação à aprendizagem somente irá se concretizar quando houver o reconhecimento da iminência da exclusão, enquanto não se disponibiliza no mínimo as línguas Libra e Língua Portuguesa, no processo ensino aprendizagem. E desta maneira permita que o aluno surdo, possa ser verdadeiramente partícipe, no processo de construção do conhecimento, tendo o poder da palavra, para expor suas hipóteses cognitivas, formular ideias, enfim, desenvolver-se plenamente, dentro de suas especificidades, onde sua limitação física, não seja fator determinante para a limitação no processo ensino aprendizagem. De acordo como o que é impetrado pelo decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 2005, que regulamenta a Lei 10.436/02 libras como primeira língua e transmissão de conhecimento e o português escrito como segunda língua. (BRASIL, 2005).

Historicamente, o Ministério da Educação Brasileiro não apresentou um projeto consistente de Educação Bilíngue para surdos. O que propôs até então foi uma educação inclusiva com serviços específicos para as pessoas surdas, como: classes de recursos multifuncionais, intérprete de libras, ensino do português no contra turno (BRASIL, 2008).

Dentro deste contexto, viabiliza-se a necessidade de construir um âmbito educacional mais significativo para a educação dos surdos, e não limitar esse aprendizado a educação especial, de modo a tentarmos enquadrar o sujeito surdo dentro de uma normalidade ou simples deficiência. A surdez

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