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AS VARIAÇÕES LINGUISTÍCAS E A TRANSCRIÇÃO FONÉTICA: GESTÃO HARMONICA

Por:   •  28/1/2016  •  Artigo  •  2.520 Palavras (11 Páginas)  •  298 Visualizações

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AS VARIAÇÕES LINGUISTÍCAS E A TRANSCRIÇÃO FONÉTICA: GESTÃO HARMONICA

PSYCHOMOTOR RELATIONSHIP IN PHYSICAL EDUCATION CLASSES AS A WAY TO COMBAT BULLYING

         

Airton Gonzaga Vieira

Curso de Pós Graduação em Gestão Escolar e Orientação Educacional

União Educacional Coimbra de Capacitação Profissional

airton.gv@hotmail.com

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade abordar as variantes da língua portuguesa e a sua influência na transcrição fonética e como o gestor deve agir para que não haja exclusão social. Buscou-se para tal o embasamento teórico em estudiosos como Ferdinand Saussure, Avran Noam Chomsky, Marcos Bagno dentre outros. Foram utilizadas também outras fontes pertinentes ao tema com o objetivo de corroborar com os diversos estudos já existentes. Concluiu-se que a oralidade exerce influência na escrita, portanto o gestor deve estar atento para tal problema sem, no entanto, cercear o direito do discente como falante natural, tão pouco permitir que isso exerça influência na transcrição fonética.

Palavras – chave: gestão educacional, variações linguísticas, transcrição fonética.

ABSTRACT

This work aims to address the variants of the Portuguese language and its influence on phonetic transcription and how the manager should act so that there is no social exclusion. Was sought for such a theoretical basis for scholars as Ferdinand Saussure, Avran Noam Chomsky, Marcos Bagno among others. Other pertinent to the subject in order to corroborate with several existing studies sources were also used. It was concluded that orality influences the writing, so the manager must be aware of this problem without, however, curtailing the right of the student as a natural speaker, nor allow it to exert influence in phonetic transcription.

Keywords - Keywords: educational management, linguistic variations, phonetic transcription.

INTRODUÇÃO

Guimarães Rosa já dizia em sua obra Tutaméia (Terceiras estórias, 1969): “pela língua começa a confusão...”.

A citação em questão retrata as diferentes concepções de linguística pela ótica de alguns renomados estudiosos, dentre eles não se pode deixar de citar Ferdinand Saussure (1920) e Avran Noam Chomsky (1960), o primeiro por ser considerado o “pai” da Linguística moderna e o segundo por ter revolucionado a linguagem com sua teoria gerativista servindo como modelo até os dias atuais, levando-nos de início à compreensão de que a linguística será sempre objeto de estudo, colocando-a num patamar de incompletude.

Este trabalho tem como objetivo analisar se as variações linguísticas exercem influência na transcrição fonética, para isso, buscou-se solucionar a dificuldade do docente em avaliar o aluno no que se refere à produção textual, e como o gestor escolar deve avaliar tal “problema”; fez se necessário também identificar até onde os erros gramaticais eram provenientes da bagagem cultural de cada discente, respeitando assim suas particularidades natas da fala.    

As variações linguísticas podem ser definidas como toda expressão oral que ocorre nas diferentes regiões do país. Todas essas mudanças impostas pelo falante é que caracteriza a sociolinguística, ciência que estuda tais variações e que corrobora cada vez mais na disseminação do paradoxo entre gramáticos e linguistas, fala e escrita, certo ou errado. 

”Ela faz parte da natureza da própria linguagem. E no caso do Brasil, as variedades que existem no país se explicam pela história de cada região, pela história das pessoas que falam essas variedades. Há vários fatores históricos sociais e culturais que explicam essa diversidade. ”No Brasil só se fala uma língua o Português”. Um mito, entre outras definições possíveis, e uma ideia falsa sem correspondente na realidade.” (BAGNO, 2006 p. 17). 

”Os modos diferentes de falar acontecem porque as línguas se transformam ao longo do tempo, assumindo peculiaridades características de grupos sociais diferentes, e aos indivíduos aprendem a língua ou dialeto da comunidade em que vivem.” (CAGLIARI, 2005, p.81).

Para Luft, uma língua viva está em constante evolução: dialetos, gírias, neologismos, estrangeirismos, tudo faz parte dela, dessa ebulição que a mantém animada. Portanto, ainda que hoje se conseguisse uma Gramática explícita do português brasileiro, digamos da década de 90, em breve ela estaria desatualizada, e o professor, obrigado a novos ajustes. (LUFT, 1998, p. 98). 

O padrão informal da linguagem gera ou contém as chamadas variações linguísticas, podendo ser representadas de acordo com as condições sociais, culturais, regionais ou históricas do falante. Os falantes são divididos em comunidades ou regiões, o que faz com que criem dialetos próprios, ou seja, algumas variações dentro da língua madre. Essas variações provem de uma distribuição em níveis sociais e culturais distintos, fazendo com que às vezes não sejam entendidos pelos ouvintes de outra região ou comunidade, colocando-os num patamar de menos prestigio.

Dentre os mais variados dialetos, pode-se citar o caipira, geralmente falado no interior do país, principalmente nas regiões sudeste e centro-oeste. “A cultura do caipira, como a do primitivo, não foi feita para o progresso: a sua mudança é o seu fim, porque está baseada em tipos tão precários de ajustamento ecológico e social, que a alteração destes provoca a derrocada das formas de cultura por eles condicionada (...)” (CANDIDO, 2003, p. 107). 

Sendo assim, pode-se perceber que as variações linguísticas conotam as marcas de um povo ou região, reproduzindo suas histórias e delimitando suas necessidades.

Portanto, “a escola deve respeitar os dialetos, entende-los e até mesmo ensinar como essas variedades da língua funcionam comparando-as entre si: entre eles deve ser incluído o próprio dialeto de prestígio, em condições de igualdade linguística.” (CAGLIARI, 2005, p.82). 

Para que isso aconteça faz-se necessário uma mediação entre o grupo gesytor e o sistema educacional com o objetivo de que esse problema seja amenizado. A função da escola e professores não deve ser abolir o dialeto não padrão da criança, mas, o de apresentar a norma padrão culta como uma ferramenta, que deverá ser ensinada como um bem a ser utilizado em situações cotidianas e formais, vale ressaltar o prestígio que tal norma atribui ao falante perante a sociedade.  Já nas situações de informalidade pode ser utilizado na oralidade sem nenhum problema, já para a escrita deve-se lembrar que o discente deve seguir a norma, que tem como função uniformizar a comunicação dentro na nossa língua. 

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