Abordagens de pesquisa a favor da educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CURSO DE LETRAS – ESPANHOL A DISTÂNCIA

Abordagens de pesquisa a favor da educação

A pesquisa é importante para os mais variados setores da sociedade, em especial no campo da educação, onde é de suma importância na “construção do conhecimento” dos alunos, pois é através da pesquisa que eles vão aprender a ter curiosidade e a ir atrás da informação de que precisam; aprender a extrair o mais importante dos textos lidos, interpretá-los e assim criar seus próprios textos, com base em informações sólidas, mas sem copiar textos de outros.

Apesar de tão importante no campo da educação, nessa área “a tradição da pesquisa no Brasil acontece há bem pouco tempo e resume-se a poucas iniciativas por parte do poder público e suas políticas, que sempre destinaram maiores recursos às outras áreas do conhecimento”. Mas isso está começando a mudar, hoje temos não só professores para transmitir conhecimentos, temos professores pesquisadores capazes de desenvolver conteúdos; “embora “professores/pesquisadores com pensamentos e formações tão distintos, gera em si mesmo, conflitos”. Para Freire (1996), “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino.” Então estamos ainda engatinhando no campo da pesquisa na área da educação.

Existem diversas abordagens para se realizar uma pesquisa; para a área da educação as principais são: O positivismo, a fenomenologia e o materialismo histórico.

Para Durkheim (1982, APUD Filho & Gamboa, 2002) “o pesquisador social deve ser neutro e objetivo, não deve discutir com aqueles que o rodeia, sofrendo influências, deve aceitar como aquela sociedade de fato funciona, sem ter a intenção de modificá-la” (filosofia positivista). Já a Fenomenologia “analisa que tudo que é dado à consciência é fenômeno e, que sendo a consciência intencional, define-se subjetivamente a forma de perceber o mundo”.  E no Materialismo Histórico “existe uma realidade objetiva fora da consciência e que esta consciência é um resultado da evolução do material. A matéria é o principio e a consciência o secundário”.

Existe a pesquisa qualitativa, que não se preocupa com números, tem caráter exploratório; e a pesquisa quantitativa, que busca resultados que possam ser quantificados, visa ter precisão nesses resultados.

Vamos dar ênfase à pesquisa qualitativa, especificamente a pesquisa etnográfica e o estudo de caso que, segundo Lüdke e André (1986, p. 13), “vêm ganhando crescente aceitação na área de educação, devido principalmente ao seu potencial para estudar as questões relacionadas à escola”. A abordagem etnográfica permite a combinação de técnicas como a observação, a entrevista, a história de vida, a análise de documentos, vídeos, fotos, testes psicológicos, dentre outros; o pesquisador não deve aprioristicamente levantar hipóteses, partindo para o entendimento do problema na própria situação estudada. O estudo de caso deve ser aplicado quando o pesquisador tiver o interesse em pesquisar uma situação singular, particular.

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