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Analise Narrativa de Memórias Póstumas de Brás Cubas

Por:   •  18/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  920 Palavras (4 Páginas)  •  372 Visualizações

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Colégio Equipe

Análise narrativa de ‘’ Memórias Póstumas de Brás Cubas ‘’

Juiz de Fora, novembro/2018

Camilla Veloso, Caroline Ferreira, Vitória Milione

Trabalho elaborado para a disciplina de Português, sob orientação do professor Wuilton do 2° ano A.

Colégio Equipe

novembro/2018

Sumário

Introdução................................................................................................4

Desenvolvimento.....................................................................................5

Conclusão................................................................................................7

Bibliografia..............................................................................................8

Introdução

Esse trabalho foi elaborado com o intuito de demonstrar os elementos narrativos presentes no livro ‘’ Memórias Póstumas de Brás Cubas ‘’de Machado de Assis, com justificativas pautadas a partir de trechos do mesmo.

Desenvolvimento

  • Narrador: Em “Memórias póstumas de Brás Cubas” o narrador é o próprio personagem principal da obra, isso é comprovado em vários trechos, e um deles é encontrado no capítulo I, quando o narrador começa a contar sua história e usa os verbos na primeira pessoa do singular: “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.”

  • Personagens: o único personagem principal é Brás Cubas, todos os outros personagens presentes são secundários e possuem uma ligação forte com o personagem principal, porém há uma que mais se destaca pois é a que Brás mais comenta. Essa personagem se chama Virgilia e é a grande paixão do personagem principal, um dos trechos que mostra isso é no capítulo 27: “Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns anos depois...? A mesma; era justamente a senhora, que em 1869 devia assistir aos meus últimos dias, e que antes, muito antes,teve larga parte nas minhas mais íntimas sensações. Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; e era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa.”

  • Enredo: O enredo, nessa história, é uma narrativa sem linearidade, ou seja, não segue uma sequência cronólogica, o narrador resolve contar a história de sua vida após a sua morte, ressaltando partes importantes com uma visão pessimista e uma dose de humor. É possível evidenciar isso no trecho a seguir: " expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos,era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! "
  • Temporalidade: Temporalidade: o livro possui como suporte duas temporalidades: o psicológico e o cronológico. O primeiro ocorre, pois o autor retrata a história pelo ponto de vista de alguém em outra dimensão, visto que esse está morto, como mostra o trecho:" Juro-lhes que essa orquestra da morte foi muito menos triste do que podia parecer". E, a segunda ocorre, pois os eventos seguem um encadeamento racional, ou seja, o defunto-autor conta sua meninice, os tempos da adolescência, a viagem para Coimbra e o retorno ao Brasil, até desembocar na sua morte, o que é possível perceber no trecho: "Naquele dia, a árvore dos Cubas brotou uma graciosa flor. Nasci; recebeu-me nos braços a Pascoela, insigne parteira minhota, que se gabava de ter aberto a porta do mundo a uma geração inteira de fidalgos ".
  • Digressão: O livro memórias póstumas de Brás Cubas, como citado não tem um tempo linear, por seguir um tempo psicológico possui muitas digressões temporais ao longo do texto, o autor consegue se dar ao prazer de citar apenas as partes mais relevantes para si mesmo, enquanto vivo, assim indo e vindo por sua história como no momento da morte de sua pretendente “ O epitáfio diz tudo. Vale mais do que se lhes narrasse a moléstia de Nhã-loló, a morte, o desespero da família, o enterro. Ficam sabendo que morreu; acrescentarei que foi por ocasião da primeira entrada da febre amarela. “. Além de diversos outros exemplos, uma das mais importantes  digressões seria logo no início do texto, no qual o autor inicia sua história pela morte e não por seu nascimento desrespeitando a cronologia textual, a seguir “ Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja co- meçar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propria- mente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco. “
  • Linguagem: A linguagem utilizada no livro é um pouco informal com uma parcialidade forte do narrador, neste caso onisciente. A narrativa em primeira pessoa tem o intuito de aproximar o leitor da história e fazê-lo se envolver na história, podendo ter acesso aos pensamentos do protagonista, o modo parcial aliado ao tempo psicológico dão muito mais ênfase para o leitor captar apenas o que o narrador ache necessário e importante desvencilhando pequenos detalhes ou acontecimentos, um exemplo da linguagem mais pessoal está presente nos trechos a seguir  “Fiquei aliviado e fui dormir. Mas o sonho, que é uma fresta do espírito, deixou novamente entrar o bichinho, e ai fiquei eu a noite toda a cavar o mistério, sem explicá-lo.” ; “Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada.”.

Conclusão

Com este trabalho tivemos a oportunidade de identificar elementos narrativos e aprofundar mais sobre o assunto, na medida em que tivemos que procurar justificativas para pautar nossas análises.

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