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Artigo De Opinião

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Por:   •  2/7/2014  •  431 Palavras (2 Páginas)  •  344 Visualizações

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O machismo nosso de cada dia

É cultural. Desde os tempos antigos, nós, como grupo de pessoas que vive em sociedade, tendemos a aceitar com naturalidade o que, geralmente, não passa de uma convenção social. A ONU contabilizou, em 2010, a quantidade exorbitante de 57 milhões de homens a mais que mulheres à nível mundial. Fato que assusta, partindo do princípio de que o machismo - apesar de estar em fase de déficit - está impregnado na sociedade contemporânea, dificultando o convívio e a inclusão social das mulheres.

Segundo a constituição brasileira, homens e mulheres são iguais perante a lei. Porém, estudos apontam que as mulheres não chegam a ocupar nem 5% dos cargos profissionais mais importantes. E em média, a cada 15 segundos, uma mulher sofre algum tipo de agressão. Absurdo que até algumas vítimas, aceitando o que o sistema alheio impõe, aceitam com naturalidade. Pergunto-me diariamente onde se encaixa os direitos humanos em casos como esses.

Qual é o nível de bom senso de uma sociedade que aceita como naturais atitudes vindas de homens, mas julga e incrimina as mesmas atitudes vindas de uma mulher? Cito como exemplo: garanto que você já ouviu alguém dizer que a cantora de funk Valesca popozuda precisa dar-se valor. Mas já ouviu alguém dizer o mesmo do cantor de funk Mr. Catra? Garanto que não. Porque diante da maioria dos pensamentos, Catra tem o livre direito de fazer o que bem quer. Mas Valesca, como mulher, precisa privar-se e “dar-se valor.” Lhe pergunto: é correto objetificar a mulher como um produto à ser posto na prateleira para venda? Logo, respondo: não é correto. E nunca vai ser. Mulheres, quando não conseguem atenção de homens, culpam a si mesmas. Homens, quando não obtém atenção de mulheres, culpam mulheres. E a ironia não tem fim.

Apesar de todos os sofrimentos e preconceitos já vividos e que ainda serão enfrentados, as mulheres já tiveram conquistas importantes para a história das mesmas, como: direito ao voto (1932), a primeira mulher deputada (1933), criação de centros de auto-defesa para mulheres (1980), igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei (1988), Lei Maria da Penha (2006), entre outros.

Inegavelmente ainda existe muito para que o preconceito seja superado. Ainda existe muito para que o gênero distinto não seja julgado de maneira errada. Existe muito, porém um muito que ainda pode ser alcançado, para se obter a igualdade e a paz referente à homem e mulher. Gordas, magras, baixas, altas, negras, brancas, pardas: somos seres humanos e merecemos respeito. Homem, tua genitália não te faz superior.

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