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Carlos Drummond de Andrade - Obras

Por:   •  27/3/2019  •  Projeto de pesquisa  •  3.670 Palavras (15 Páginas)  •  297 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Nesse projeto serão abordadas a vida e a obra de Carlos Drummond de Andrade, um dos mais célebres escritores da literatura brasileira, que foi comparado a Fernando Pessoa e ao próprio Luís Vaz de Camões.

Serão estudadas as suas obras em prosa, em que o autor produziu contos e crônicas, bem como as suas quatro fases poéticas, que são: a fase gauche (1930), a fase social (1940-1945), a fase do “não” (1950-1960) e a fase da memória (1970-1980), além da sua biografia e o contexto histórico das suas obras.

O projeto tem como foco explicar da melhor maneira, de modo claro e objetivo, todos os temas citados acima e em especial os mais de 50 anos de carreira poética do escritor, respeitando as normas da língua portuguesa e as diretrizes para a melhor realização do projeto.


2. OBJETIVOS

2.1 - Objetivo geral da pesquisa:

        

Entender a perspectiva da época em que viveu Carlos Drummond de Andrade, em suas respectivas fases de escrita, e formular hipóteses de sua importância dentro da literatura.

2.2 - Objetivos Específicos:

  1. Produzir um material didático para fixação de aprendizagem

  1. Promover um estudo detalhado de um dos principais poetas do século XX
  1. Caracterizar seu estilo próprio e

                

  1. Relatar o desenvolvimento de sua técnica.


3. METODOLOGIA

As informações coletadas para a execução do projeto sobre o escritor Carlos Drummond de Andrade são derivadas de dois tipos de documento:

  1. Textual, artigos científicos e jornalísticos sobre o escritor estudado, a 9ª edição do livro pedagógico de língua portuguesa, 2013, de William Cereja e Thereza Magalhães, publicada pela editora Saraiva e
  2. Pesquisas bibliográficas obtidas na internet acerca de Drummond.

O projeto foi fragmentado, de forma que todos os integrantes do grupo pudessem ter participação na sua execução. Porém, foi reagrupado de maneira com que não perdesse a sua unidade, formando um único trabalho, fruto da união de todas as informações estudadas em sua realização.

Além disso, sua revisão teórica está dividida em fases específicas de Drummond, facilitando a compreensão de toda a sua produção, visto que, organizado desta maneira, é possível entender as mudanças temáticas que ocorreram ao longo da vida do escritor.


4. JUSTIFICATIVA

A obra de Carlos Drummond de Andrade requer um estudo aprofundado, visto que o autor, situado na segunda fase do Modernismo brasileiro, explorou uma vasta temática, digna de observação pelo vigor e coerência com que foi abordada. O escritor foi aclamado por diversos autores, como Alfredo Bosi, Mário Faustino e Manuel Graña Etcheverry, além de ser considerado por alguns críticos o principal poeta brasileiro do século XX.

Segundo Alfredo Bosi, crítico e historiador da literatura brasileira:

A obra de Drummond alcança — como Fernando Pessoa ou Jorge de Lima, Herberto Helder ou Murilo Mendes — um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da história, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas. (BOSI, 1994: 93)

Abordando temas como a ironia, o humor, a linguagem coloquial etc., nos primeiros anos de sua obra, o autor se aproxima de nomes da primeira geração do Modernismo, como Oswald e Mário de Andrade, por sua irreverência, originalidade e rigor da pesquisa formal.

Com o passar dos anos, a ascensão do nazifascismo e o clima de guerra forjam em Drummond uma mudança de abordagem. O escritor passa a tratar de temas de cunho mais social e político. Esses temas logo se convertem em uma poesia mais reflexiva e filosófica em que, com frequência, aparecem os temas da morte e do tempo.

Nos últimos anos de sua vida, o autor muda mais uma vez de abordagem e passa a dar amplo destaque ao universo da memória, em que trata de temas universais, como a infância, a cidade natal, a família, o humor cotidiano, etc.

O estudo das mudanças na produção de Drummond é importante porque elas refletem as mudanças no clima brasileiro e mundial. Essas mudanças apresentam não apenas o espírito de cada época, mas também a atitude mental do autor para com o mundo em cada momento.


5. REVISÃO TEÓRICA

        

Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987), mineiro de Itabira, veio de uma família de fazendeiros e mineradores. Em 1921, começou a publicar artigos no Diário de Minas. Em 1922, ganha um prêmio de 50 mil réis, no Concurso da Novela Mineira, com o conto “Joaquim do Telhado”. Em 1923 matricula-se no curso de Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte e em 1925 conclui o curso, embora tenha acabado por nunca exercer a profissão. Nesse mesmo ano casa-se com Dolores Dutra de Morais e funda “A Revista”, veículo do Modernismo Mineiro.

Drummond produziu diversas obras entre 1930 e 1986 e discorreu sobre uma série de temas, tanto na poesia, com poemas famosos como “José” (1942) e “No meio do caminho” (1930), como na prosa, publicando contos e crônicas. A produção poética do autor é tão farta que a organização de suas obras é feita em partes ou fases, que serão melhor caracterizadas no decorrer desse estudo.

        

A prosa de Drummond

Com a obra “Pequenos poemas em prosa” (1868), de Baudelaire, a poesia moderna, como ficou conhecida, se aproximava e se distanciava da prosa. Com a prosa poética, musical, sem ritmo e sem rima, bastante maleável e rica de contrastes para se adaptar aos movimentos líricos de uma alma, tanto os versos livres, como a prosa poética se tornam formas novas de mostrar a vida moderna.

No Brasil, a crônica sempre cultivou um alto grau de cumplicidade com a poesia. Machado de Assis chegou a praticá-la em forma de verso, entre 1886 e 1888. Quase um século depois, Carlos Drummond de Andrade também reúne, em “Versiprosa” (1967), setenta crônicas escritas em verso. Ao juntar a crônica e a poesia, dois estilos que, até então, abordavam os assuntos de modos diferentes, foi possível criar obras totalmente distintas, com muitas vantagens.

Além da questão financeira, os poetas estavam sempre habituados a um público específico, pois suas obras exigiam um grau de conhecimento maior para serem compreendidas. No entanto, através da crônica, esses autores ampliaram consideravelmente o público leitor. No “Caderno de Leituras”, publicado pela Companhia das Letras, Augusto Massi diz:

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