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Contos de fadas e infância

Artigo: Contos de fadas e infância. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/7/2013  •  Artigo  •  453 Palavras (2 Páginas)  •  530 Visualizações

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RESUMO - Contos de fadas e infância(s). Neste artigo buscamos discutir como os

contos de fadas produzem modos de ver, descrever e compreender a infância, prescrevendo

formas de ser criança. A escolha dos contos de fadas pautou-se no fato de que eles

marcam o começo da leitura infantil, sendo que, no decorrer deste artigo, apontamos

alguns detalhes, acidentes, acasos, assim como regularidades que acompanham essas

obras. Discutimos como os contos de fadas articulam as produções discursivas sobre a

infância - tanto de culpa e irracionalidade quanto de inocência - no sentido de tomá-la

governável, ou seja, agindo no disciplinamento e controle dos corpos infantis, entrelaçando-

se, assim, com um projeto pedagógico. Ao mesmo tempo, a arte traz consigo possibilidades

de ruptura, transgressão e resistência, trazendo a experiência de estranhamento,

de como as coisas ainda não são.

Palavras-chave: contos de fada, infância, produções discursivas.

Neste artigo, buscamos discutir os modos de ver, descrever e constituir a

infância a partir de alguns contos de fadas, visto que estes marcam a literatura

infantil desde os seus inícios. Desta maneira, apontamos alguns detalhes,

acidentes, acasos, assim como regularidades que acompanham essas obras, a

partir da discussão dos seguintes contos: Chapeuzinho Vermelho - nas

versões de Perrault (publicada na França, em 1697) e dos irmãos Grimm

(publicada na Alemanha, em1812); A fada que tinha idéias (publicado no

Brasil, em 1971) e Chapeuzinho Amarelo (reelaboração do conto Chapeuzinho

Vermelho, publicada no Brasil, em 1979).

Diversos autores têm se debruçado sobre a temática dos contos de fadas,

dentre os quais citamos Bettelheim (1980), Franz (1981), Fromm (1973), Wamer

(1999) e Propp (2002). Destes, os três primeiros são oriundos do campo da

Psicologia; entretanto, há diferenças significativas entre os mesmos, visto que

partem de distintas escolas teóricas: a psicanálise freudiana (Bettelheim), , a

psicologia analítica (Franz)2 e a psicanálise sob um enfoque culturalista (Fromm)3.

Por sua vez, Wamer centra-se na representação da figura feminina nos contos

de fadas, enquanto Propp tem como objetivo estabelecer as leis gerais de composição

e da gênese dos contos maravilhosos4

.

Conforme Barbosa (1991), embora

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