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A Origem Da Literatura Infantil; 2) Explicação Quanto Aos Contos De Fadas 3) Exemplos Comentados De Contos De Fadas. (cite Exemplos E Comente O Que Entendeu)

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Por:   •  24/10/2013  •  984 Palavras (4 Páginas)  •  1.513 Visualizações

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Os desafios para implantar as leis de nº 9.394 de 1996 e 10.639 de 2003

No sistema educacional brasileiro, as redes de ensino segregam estudantes segundo as classes sociais, estabelecendo as bases para discriminações e tornando desiguais as oportunidades. Isso acontece em um sistema que formalmente assume a igualdade como um valor, mas que realimenta os processos de exclusão muitas vezes silenciosa. O racismo é a forma mais marcante de exclusão social nas escolas, tendo um enorme sustentáculo. A educação é capaz de oferecer tanto aos jovens como aos adultos a

possibilidade de questionar e desconstruir os mitos de superioridade e inferioridade

entre grupos humanos que foram introjetados neles pela cultura racista na qual foram

socializados.

É necessário sublinhar que tais políticas têm, também, como objetivo garantir o direito dos negros, assim como de todos os cidadãos brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas devidamente instaladas e equipadas, orientados por professores qualificados para o ensino das diferentes áreas de conhecimentos, com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes grupos étnico-raciais, ou seja, entre descendentes de africanos, de europeus, de asiáticos, e povos indígenas. Essas condições materiais das escolas e de formação de professores são indispensáveis para uma educação de qualidade, assim como o é o reconhecimento e valorização da história, cultura e identidade dos descendentes de africanos. Nesse sentido Políticas de reparações voltadas para a educação dos negros devem oferecer garantias, a essa população, de ingresso, permanência e sucesso na educação escolar, de valorização do patrimônio histórico-cultural, afro-brasileiro, de aquisição das competências e dos conhecimentos tidos como indispensáveis para continuidade nos estudos, de condições para alcançar todos os requisitos tendo em vista a conclusão de cada um dos níveis de ensino, bem como para atuar como cidadãos responsáveis e participantes, além de desempenharem com qualificação uma profissão.

No contexto atual, refletir sobre a cultura negra é considerar as lógicas simbólicas construídas ao longo da história por um grupo sociocultural específico, os descendentes de africanos escravizados no Brasil o problema da reelaboração do estatuto cultural do sujeito afro-brasileiro é, antes de tudo, ético. Nesse sentido, construir outro olhar sobre a uma educação que enfrenta mudanças drásticas produzidas por demandas e finalidades diversas de políticas educacionais em intenso processo de transformações sociais, políticas, étnicas e culturais, pelas quais passam. Nesse sentido, faz-se necessário construir uma cultura política do afro descendente através de um processo de politização de sua memória social, em concomitância com um conjunto de críticas à memória social construída, pela supremacia branca ocidental, aos valores civiliza-tórios dos que hoje denominam afro-brasileiros enfim, construir projetos de educação que se constituam como espaço de reconstrução dos valores civiliza-tórios afro-brasileiros a partir das novas demandas que se instauram no campo do político, social, cultural e econômico e na contemporaneidade, pois é tarefa que tem nos conduzido a grandes desafios e tensões, tendo em vista as representações construídas historicamente sobre o povo negro, calcadas na pressuposição de sua inferioridade. A história da Educação Brasileira registra uma longa caminhada em que, por diversos e variados motivos, determinados grupos sociais se sobrepuseram a outros.

Nessa perspectiva, entender e promover educação de qualidade pautada no interculturalismo e, sobretudo, no respeito às diferenças nos dias atuais, implica, em

mergulhar na nossa própria história para, a partir daí e das marcas deixadas pelas

relações de cunho étnico-raciais, reconstruir e efetivar uma prática de ensino em

que os diversos sujeitos históricos sejam devidamente respeitados na sua história e

cultura.

Vale lembrar que o desenho do mapa cultural que referencia os sistemas

educativos é o da ocidentalização, isto é, aquele que coloca no centro o continente

europeu e sua cultura, marginalizando as demais culturas. Nesse mapa, os conflitos

entre culturas aparecem solucionados pela superioridade ocidental, um dos elementos

para se

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