ESCONDER A FACE FORNECE CORAGEM AOS OPRIMIDOS

ESCONDER A FACE FORNECE CORAGEM AOS OPRIMIDOS

Tamires Suele Lima

O artigo anonimato nas redes sociais de Gisele Meter na revista Psique Ciência & Vida número 100 pela editora escala. O artigo aborda o anonimato e sua forma de uso pelas pessoas que nas quais podem usar para prejudicar e difamar alguém. E que ao utilizar o anonimato para expressar opiniões, tem que pensar que o outro no qual está ofendendo é um ser humano real e não um objeto fictício.

No artigo a autora diz quem pratica o ato tem uma estimulação de comportamentos impulsivos, sem nenhuma devida reflexão sobre as consequências de seu comportamento. Os indivíduos utilizam o anonimato para expor suas opiniões sobre um assunto, pessoa, expor e deixar que as pessoas pensem o que quiserem. E volta a atenção para a dinâmica assumida por novas plataformas sócias os aplicativos appstore, google play e outros dispositivos e aplicativos moveis que tem como objetivo não mais somente a interação com a intenção de um encontro social. Mas também a intenção de impactar na construção da identidade virtual de um indivíduo.

Meter acredita que devido esses aplicativos de avaliação virtual fornecer um comportamento no qual uma situação não-virtual da vida cotidiana não pode se observado, condenado por seus atos impulsivos e esta protegido com uma “mascara” permite que o avaliador possa exercer seu próprio crivo virtual sem nenhum receio de culpa.

Devido a isso é preciso refletir sobre essas ferramentas com um olhar crítico tendo a consciência de que ela pode impactar o nosso meio. E que ao avaliarmos outra pessoa não estamos julgando somente o seu comportamento mas sim deixando uma marca registrada uma experiência no qual acreditamos ser verdade. A pegada digital, ou seja, as informações registradas na web sobre uma pessoa, afeta diretamente os papéis sociais que um indivíduo exerce, não havendo controle sobre elas.

E por fim a autora conclui seu artigo dizendo que é necessário que deixemos que cada um sujeito construa sua própria identidade virtual, pois não temos direito de exercer tamanha influência a imagem do próximo. “Devemos basear nossa relação social na construção de crescimento e possibilidades e não por meio de julgamentos e percepções individuais que influenciem o meio em que o indivíduo está inserido” (METER, 2013).

No meu ver a autora aponta em seu artigo somente as consequências do anonimato de seu uso inadequado, colocando-o somente como um vilão. Apesar de ser uma ferramenta aberta para crítica e exposições de outras pessoas sem que saiba de onde surgiu o comentário, ele pode ser útil ao emitir uma opinião sobre determinado assunto no qual é correto, sem que magoe um amigo ou colega de trabalho.

FLOCK e BELL defendem o anonimato em seu artigo dizendo que:

Os comentários anônimos, que podem ser um miasma de delírios profanos, imprecisos e controvertidos, são, muitas vezes, usados como o principal exemplo do motivo pelo qual precisamos de mais autenticidade na rede. Além das preocupações levantadas pelos embustes desmascarados na última semana, a própria rede já representa um perigo para o anonimato. Embora a internet ofereça muitas maneiras de ocultar a identidade, ela também torna mais fácil a tarefa de rastrear as pessoas. (FLOCK; BELL. Em defesa do anonimato na internet)