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Educação Para as Relações Étnicas Raciais

Por:   •  24/2/2021  •  Monografia  •  3.328 Palavras (14 Páginas)  •  173 Visualizações

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CURSO DE LICENCIATURA

ANA CLAUDIA CARTEIRO CAPATO

DANIELA DA CUNHA SOUZA PATTO

GABRIELA FRÓES

REINALDO PEREIRA DE MORAES

EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICAS-RACIAIS

SÃO PAULO ,NOVEMBRO DE 2019

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ANA CLAUDIA CARTEIRO CAPATO

DANIELA DA CUNHA SOUZA PATTO

GABRIELA FRÓES

REINALDO PEREIRA DE MORAES

Polo Paulista

Turma 228

EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICAS-RACIAIS

Trabalho de Educação para Relações Étinicas Raciais, apresentado para obtenção do Certificado no Curso deLicenciatura da Uniplena Educacional,sob orientação da coordenadora Bianca Gomes.

SÃO PAULO , NOVEMBRO DE 2019

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        4

2 RACISMO NA ESCOLA        5

3 ALGUNS TERMOS E CONCEITOS PRESENTES NO DEBATE SOBRE RELAÇÕES RACIAIS        8

4 AÇÕES AFIRMATIVAS        11

5 CONCLUSÃO        12

REFERÊNCIAS        13


1.INTRODUÇÃO

O Brasil era considerado um paraíso racial até os anos 1950 pela UNESCO. Acreditava-se que as relações entre brancos e negros eram muito harmoniosas, nas quais imperava a ausência de discriminação. Infelizmente, a realidade é bem diferente. A UNESCO patrocinou vários estudos que mostraram que a discriminação racial promove a precariedade da vida da população negra (SILVA, TOBIAS, 2016).

Não existe, na educação brasileira, uma reflexão sobre o planejamento escolar e as relações étnicas raciais. Este fato impede que as relações interpessoais sejam igualitárias e respeitáveis dentro da escola. O fato que promove as diferenças de fenótipos entre brancos e negros e fazem com que sejam entendidas como desigualdadessão o silêncio sobre a discriminação racial, preconceitos e racismo dentro das escolas, geralmente retratando a população negra como seres inferiores (BRASIL, 2005).

Este trabalho se propõe a estudar as relações entre raças e etnias no âmbito acadêmico e social atual, para isto é necessário entender os conceitos de raça, etnia, racismo, preconceito e discriminação, baseados na história do Brasil, levando em consideração a diversidade cultural das várias regiões, assim como a cultura indígena e a cultura afro-brasileira.

Aborda-se também, as políticas de ações afirmativas, as questões de cotas e a lei nº 10.639/03 que propõe uma revisão do currículo escolar, mostrando como tudo isso influencia no dia a dia dentro da escola. Por fim, discute-se o que pode ser feito para facilitar diminuir o preconceito e a discriminação.

2.RACISMO NA ESCOLA

A presença do racismo, da discriminação e do preconceito raciais no Brasil e, principalmente, no ambiente escolar causam o desenvolvimento da baixa auto-estima, auto-rejeição, timidez, dificuldades no processo de aprendizagem, pouca participação na sala de aula, ausência de reconhecimento de capacidade pessoal nos indivíduos negros, levando-os à evasão escolar. Para o indivíduo branco, este quadro induz a um sentimento de superioridade, reforçando a discriminação racial no ambiente escolar e fora dele, criando um círculo vicioso (BRASIL, 2005).

A discriminação racial e o racismo são sérios problemas vivenciados por uma criança negra. Esta sofre diariamente, de forma direta, maus tratos, injustiças, agressões, que comprometem a sua infância e desta forma prejudicam o seu desenvolvimento intelectual. A escola tem se omitido quanto a reconhecer e respeitar a diversidade racial. É necessário que todos os educadores incentivem o respeito mútuo dentro e fora da sala de aula, promovendo discussões sobre as diferenças humanas sem preconceito, sem medo e sem discriminação (BRASIL, 2005).

Na escola, a discriminação e o racismo não estão restritos às relações interpessoais. Os livros, revistas e outros materiais didático-pedagógicos utilizados no processo de ensino-aprendizagem, geralmente apresentam apenas indivíduos brancos como referência positiva, promovendo o processo discriminatório no ambiente escolar, diariamente. Na maioria das vezes, os indivíduos negros protagonizam apenas o período da escravatura do Brasil-Colônia, ou situações de desprestígio social. A história geralmente é contada pelo ponto de vista do homem branco europeu, ou dos norte-americanos, como referência positiva, despretigiando os negros africanos (BRASIL, 2005).

Para proporcionar o bem estar do ser humano, é necessário uma educação anti-racista, promovendo a construção da democracia e da cidadania brasileira. Para isso, é preciso sensibilidade e boa vontade dos educadores, além de materiais didático-pedagógicos anti-racista, desta forma os professores poderão ministrar suas aulas, munidos de recursos para combater o racismo e o preconceito racial (BRASIL, 2005).

Após a abolição da escravatura em 1888 a discriminação e a opressão contra os negros, determinou o destino cultural, político, econômico e social dos afrodescendentes no Brasil (HASENBALG, 1979). Os ex-escravos logo se deram conta de que a luta pela liberdade foi apenas o primeiro passo, pois não tinham capital social, relacionamentos sociais influentes para manterem suas famílias e logo perceberam que o racismo permanecia. Os ex-escravos tinham que criar condições para melhorar sua posição social com o objetivo de sair da classe dos miseráveis e excluídos (FERNANDES, 1978).

A principal técnica social utilizada pelos negros para galgar posição social foi por meio da educação formal, a escola passou a ser considerada como uma maneira de ascender socialmente. O Jornal Quilombo, nesta época, já sinalizava que a educação formal era imprescindível, para os negros, como maneira de superar a exclusão sócio-racial em que viviam (QUILOMBO, 2003). Esta foi uma atitude correta, mas não suficiente para acabar com a discriminação e promover a ascensão social.

Historicamente, a educação formal brasileira, ensina um embranquecimento cultural, não apenas ostentando os Norte-Americanos e Europeus, como denegrindo o continente africano e inferiorizando os negros de forma geral, independente de sua origem (MUNANGA, 1996).

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