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Estrutura do Projeto de Trabalho para o Estágio

Por:   •  24/4/2020  •  Projeto de pesquisa  •  1.230 Palavras (5 Páginas)  •  169 Visualizações

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Estrutura do Projeto de Trabalho para o Estágio de L1 – EXEMPLO

a) Dados de identificação

Instituição promotora

  • Instituito Federal Norte de Minas
  • Curso: Licenciatura em Letras/ Libras
  • Disciplina: Estágio em Língua Brasileira de Sinais como Primeira Língua
  • Professor: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
  • Alunos: Claúdio José Soares

Instituição de estágio

Escola de Educação Básica Antonieta de Barros

Rua José Lino Kretzer, 145 Bairro: Kobrasol

Município: São José CEP:88101-310

Professores Referência: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Estágio realizado na sala de recursos – 5ª série do ensino fundamental

b) Introdução

O campo de estágio em L1 se situa numa escola da rede regular de ensino do estado de Santa Catarina no município de São José em um bairro de classe média com aproximadamente 25 anos de criação com uma população de aproximadamente 40.000 habitantes. A educação de surdos nesta escola é recente, teve início no ano de 2004 com a chegada de um aluno na segunda série do ensino fundamental.

Hoje, a escola já possui 20 alunos surdos no ensino fundamental (9, na 5ª série; 5, na 1ª série e 6, na 4ª série), há dois intérpretes e um Instrutor de Libras, contratados temporariamente, quatro professores bilíngües (séries iniciais), dois quais apenas dois são efetivos. A escola também possui sala de recursos para alunos surdos com a presença de uma professora bilíngüe.

Durante a leitura crítica do campo de estágio foi possível presenciar a realidade do ensino de Libras como primeira língua para surdos, nos deparamos com um cenário comum da educação: currículos sem a disciplina de Libras e ausência de professores surdos. Também percebeu-se que alguns alunos surdos estavam em fase inicial de aquisição da Libras pois eram provenientes de famílias ouvintes, que optaram por uma educação oralista (sem a língua de sinais) nas séries iniciais, outros ainda não haviam tido contato com a comunidade surda de sua cidade. Devido a este quadro o estágio será realizado na sala de recursos da 5ª série do ensino fundamental, composta por 09 alunos surdos.

c) Tema

Ensinando Libras como primeira língua através da Literatura Surda

d) Problema

Durante a leitura crítica do campo de estágio identificou-se como problema, na área de ensino da Libras como primeira língua, os diferentes níveis de aquisição da Libras pelos alunos surdos, havendo alguns proficientes e outros em fase de aquisição tardia, fato que pode trazer conseqüências como incompreensão / distorção das informações fornecidas em sala de aula, baixo rendimento escolar, sentimento de inferioridade, desestimulo, etc.

Assim, verificou-se a necessidade de responder a seguinte questão: De que forma a Literatura Surda pode contribuir no desenvolvimento da língua de sinais como primeira língua?

e) Objetivo Geral

Desenvolver atividades pedagógicas a partir da Literatura Surda para ampliar o nível de compreensão e de produção de sinais em alunos surdos com aquisição tardia na Língua Brasileira de Sinais.

f) Objetivos Específicos

  • Estimular a produção de sinais em Libras, a partir da contação de histórias em Libras, ligadas ao contexto da cultura surda.
  • Empregar o uso de classificadores e expressões faciais.
  • Expandir o vocabulário de sinais e seus significados através do uso de metáforas ligadas à literatura.

g) Justificativa

Sendo o curso de Licenciatura em Letras Libras o primeiro no campo de ensino de Libras como primeira língua, ainda são poucas as pesquisas que abordem sobre as metodologias de ensino desta língua. Logo, o estágio é um momento crucial da constituição e validação deste curso, é um momento que pode abrir outros caminhos para o ensino de Libras como L1. Deste modo escolhemos buscar na Literatura Surda as raízes culturais da língua de sinais para então investigar sobre práticas de ensino de primeira língua.

h) Fundamentação teórica

Os surdos brasileiros resistiram à tirania oralista que tentou aprisionar os movimentos de suas mãos. Foi pela janela, como diz Basso (2003), que os surdos adquiriram e perpetuaram sua língua. Essas janelas são os espaços não genuinamente surdos, como os pontos de encontros, as associações, as casas dos pares surdos, etc.

Nesse contexto, a língua de sinais é determinante na constituição do sujeito surdo. O encontro surdo-surdo representa a possibilidade de troca de significados na língua de sinais. O outro igual é aquele que usa a mesma língua e que consegue trilhar alguns caminhos comuns que possibilitam o entendimento sem reforços de outra ordem. O processamento mental é rápido e eficiente, além de abrir possibilidades de troca efetiva e o compartilhar, o significar, o fazer sentido.

Os caminhos comuns passam por formas surdas de pensar e significar as coisas, as idéias e os pensamentos necessariamente na língua de sinais,

Ladd (2003) situa o momento atual como pós-colonial em que os surdos passam a ser aqueles que respondem pelas línguas de sinais.

Como muitas pessoas surdas sabem, há um gênio particular nas línguas (e nos próprios surdos), que por si só, diferente de qualquer língua falada, sofisticou uma comunicação internacional a qual não se baseia em qualquer língua nacional. Quando o seu trabalho entra neste terreno, você começa a encontrar talvez o ponto tolerável da cultura surda – que é um povo. As pessoas surdas precisam saber, por muito tempo quiseram saber, como está crença é construída, e o que as partes podem constituir. Quanto mais se sabe sobre isso, melhor nós podemos entender a nós mesmos, articular nossas crenças e, quanto mais nós ensinamos eles, melhor, não somente as crianças surdas e seus merecidos pais. Nós precisamos saber quais são as características gramaticais desse fenômeno lingüístico global, mas também, precisamos explorar o que é único de cada cultura de nossas culturas e como elas operam dialetamente com outras línguas. Isso é importante, pois nós encontramos um ponto pós-colonial em que estudando e publicando sobre a cultura surda não é somente o próximo passo, mas também possívelmente o final do divisor de águas acadêmico para este movimento específico de liberação. LADD (2003:7).

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