Gramatica Do Texto

GRAMÁTICA DO TEXTO

Esta linha de pesquisa representou um avanço em relação às análises interfrásticas, pois considerou o texto não apenas uma lista de frases, mas um todo dotado de unidade própria. À propósito, de acordo com Marcuschi (1999), o texto foi definido pela primeira vez como objeto central da Linguística, e desse modo, procurou-se estabelecer um sistema finito e recorrente de regras, partilhado por todos os usuários de uma língua. Esse sistema de regras constitui a competência textual de cada usuário, que por meio dela está capacitado a identificar se uma das sequências de frases constitui ou não um texto bem formado. Charolles, admite que o falante tem três competências básicas:

a) Competência formativa: permite ao usuário produzir e compreender um número infinito de textos e avaliar, de modo convergente, a boa ou má formação do texto.

b) Competência transformativa: refere-se à capacidades de resumir um texto, parafraseá-lo, reformulá-lo, ou atribuir-lhe um título, assim como de avaliar a adequação do resultado dessas atividades.

c) Competência qualificativa: concerne à capacidade o usuário identificar o tipo ou gênero de um dado texto, bem como à habilidade de produzir um texto de um dado tipo.

As gramáticas do texto tiveram o mérito de considerarem o texto um objeto passível de análises, pela primeira vez. Segundo alguns autores o texto constitui a unidade mais elevada e se subdivide em unidades menores, também passíveis de classificação. Tendo em vista essa afirmação, pode-se afirmar que não há continuidade entre frase e texto: trata-se de entidades de ordem diferente e a significação do texto não constitui somente a somatória das partes que o compõe.

Apesar das inovações citadas, há alguns problemas na formulação das gramáticas textuais. Um deles, diz respeito ao fato dessas gramáticas reclamarem o texto como uma unidade formal, dotada de estrutura interna e baseada em um sistema finito de regras, internalizados por todos os usuários da língua. Outro problema é a separação entre as noções de texto (unidade estrutural, gerada pela competência de um usuário idealizado e descontextualizado) e discurso (unidade de uso). Essa separação não é possível pelo fato do texto só poder ser entendido a partir do uso em uma situação real de interação verbal.

As limitações das gramáticas do texto levaram os pesquisadores a propor uma nova teoria do texto, que discutisse então a constituição, o funcionamento e a produção de texto numa situação real de interação verbal.

PRAGMÁTICA

Por volta dos anos 70, os linguistas de texto sentiram a necessidade de ir além da abordagem sintático-semântica, surgindo assim a Pragmática, que está além da construção da frase, estudado na sintaxe ou do seu significado, estudado pela semântica. A pragmática estuda essencialmente os objetos da comunicação.

De acordo com o livro “Introdução à Linguística Textual” Wunderlich, o autor que pertence a primeira geração de linguistas alemães preocupados com estudos textuais, foi um dos principais responsáveis pela incorporação da pragmática às pesquisas sobre o texto.

Pragmática é o ramo da linguística que estuda a linguagem no contexto de seu uso na comunicação. As palavras em sua significação comum, assumem muitas vezes outros significados.

Pragmática

Semântica

Sintaxe

Morfologia

Fonologia

Fonética

Diagrama esclarecedor segundo Paulo Nunes da Silva.

SÓCIO-INTERACIONISMO

O Sócio-Interacionismo é uma teoria que cujo foco está na interação. Segundo essa teoria a aprendizagem dá-se em contextos históricos sociais e culturais e a formação de conceitos cotidianos. Desta forma, considerando-se o contexto sócio-cultural.

Todo aprendizado é necessariamente mediado e isso torna o papel do ensino e do professor