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Letramento

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Por:   •  19/11/2013  •  Artigo  •  513 Palavras (3 Páginas)  •  303 Visualizações

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A Aquisição da Escrita Pela Criança na Alfabetização e Letramento

O trabalho de Carlos Alberto Faraco (2003), em Escrita e Alfabetização, é muito relevante e nesse artigo traçaremos em síntese o percurso seguido por esse teórico em suas considerações sobre a alfabetização. Como assinalamos acima, algumas vezes uma mesma letra recebe pronúncias diferentes em diferentes variações regionais ou sócio- culturais. Mas, muitas vezes, também a diferença entre a grafia e o som não depende de variação, mas de mudanças na estrutura gráfica da língua.

A reforma ortográfica que aconteceu recentemente é marca da convenção que regula a escrita da língua. Além disso, Faraco (2003) nos lembra que a língua possui uma memória etimológica, ou seja, as palavras carregam em sua grafia os antigos padrões da língua que deu origem à nossa. Como o português é uma língua latina, a maioria de nossas palavras possui raiz que remonta ao latim antigo. E outras palavras oriundas de línguas africanas, indígenas ou européias trazem dessas línguas o modo de escrever. Esse fato determina o trabalho do docente alfabetizador. É preciso que no decorrer do letramento, o alfabetizando entenda que, “há certa dose de representações arbitrárias, as quais exigem estratégias cognitivas próprias. Ele [o aluno] deverá saber [...] em que casos pode haver situações arbitrárias; deverá saber que é preciso memorizar a forma das palavras (FARACO, 2003, p. 10).

A marca que muito nos satisfaz no trabalho de Faraco (2003) está no fato que ele cria mecanismos de alfabetização que não exigem o apagamento cultural da criança. Para o autor, O fato de ter havido mudança na grafia de algumas palavras e de a mudança ter criado uma situação arbitrária, não significa que o brasileiro antes de ser alfabetizado tenha de ‘corrigir’ sua pronúncia; “não significa também que o professor tenha que introduzir uma pronúncia artificial na sala de aula para que o aluno não ‘erre’ [...]” (p. 12).

O PCN, concordando com o pensamento de Faraco (2003), adverte que o ensino de Língua Portuguesa deve acontecer dentro de um contexto maior de integração, em que o professor compreenda, e que o aluno vá entendendo ao longo de sua formação, a língua como instrumento fundamental de interação social.

Baseado nas relações estabelecidas entre som e letra, Faraco (2003) divide o sistema linguístico em dois grupos: o que mantem relações biunívocas, em que há uma determinada unidade sonora corresponde a certa gráfica, o que mantém relações cruzadas. Este último grupo divide ainda, considerando que a unidade sonora [que] tem mais de uma representação gráfica possível e há uma unidade gráfica que representa mais de uma unidade sonora.

A Leitura e a Alfabetização

O texto de Faraco (2003) nos demonstra primeiramente que a aquisição e processo complexo e cheio de nuances, que apresentamos acima, embora seja exaustivo, à primeira visão já se perceberá que não possui todas as possibilidades de grafia de som. E mesmo que as contivessem, as regras não são fixas, pois cada palavra tem seu modo de escrever determinado por motivos diferentes. Como saber quando grafar com “g” ou com “j” se emitimos o mesmo som.

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