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Letramento E Alfabetização

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Por:   •  28/3/2014  •  2.371 Palavras (10 Páginas)  •  441 Visualizações

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LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

1 – RELEMBRANDO O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO:

Quando entrei na escola, já estava no nível silábico-alfabético. Isso aconteceu devido ao lúdico praticado em casa juntamente a família antes dos 6 anos de idade, trazendo-me boas recordações pois aprendia brincando.

2 – ESTAR ALFABETIIZADO É:

É saber ler e escrever, mas atualmente tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.

É fazer uso das habilidades de leitura, escrita e interpretação de gêneros textuais e nas práticas sociais em atitudes de caráter prático em relação ao aprendizado. Entendendo que a alfabetização e letramento são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever com tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino-aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas escolas.

Infelizmente existem pessoas que terminam a Educação Básica e não conseguem entender uma bula de remédio ou redigir uma simples carta, mas afinal, o que falta para essas pessoas? Para Moacir Gadotti apud Vargas (2000: 14):

“O ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir sem o outro. Ler e escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a vida, a história. Numa sociedade de privilegiados, a leitura e a escrita são um privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever o nome ou assiná-lo na carteira profissional, ensiná-lo a ler alguns letreiros na fábrica como perigo, atenção, cuidado, para que ele não provoque algum acidente e ponha em risco o capital do patrão não é suficiente... Não basta ler a realidade. É preciso escrevê-la”.

A preocupação com o analfabetismo funcional levou os pesquisadores ao conceito de “letramento” em lugar de “alfabetização”. O conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório.

Assim, nas sociedades letradas, ser alfabetizado é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade.

Letramento é o ato de informar através da leitura, buscar notícias e lazer nos jornais, interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir a receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. É ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer dos personagens os melhores amigos, descobrindo a si mesmo pela leitura e pela escrita, entendendo quem somos e descobrir quem podemos ser.

O processo de conhecer os símbolos fundamentais da linguagem, identificados pelas letras é o que chamamos de letramento. Sem este conhecimento não há como interagir com as informações constantes no mundo (principalmente nos dias atuais, onde a informação normalmente não é processada na mesma velocidade da tecnologia). A alfabetização e o letramento são fundamentos da educação e devem ser encarados como essenciais para que as crianças atinjam um nível satisfatório de compreensão do mundo atual.

O processo de alfabetização começa quando se está envolvido com a exigência do saber ler e escrever para resolver situações cotidianas. Ao mesmo tempo em que entende-se os seus significados, vão compreendendo a função da escrita no dia-a-dia: escrever para anotar recados, as compras da feira ou supermercado, para dar notícias a um parente, preencher cheques, formulários, etc.

No dia-a-dia, percebemos que as práticas de leitura e escrita já não são suficientes para o sujeito atuar no mundo letrado, pois a complexidade de nossa sociedade faz com que surjam as mais variadas práticas de uso da língua escrita. Soares (2003) supõe que os saberes aprendidos dentro e fora da escola são assimilados de maneiras diferentes e devem ser levados em conta quando pensamos em educação e, de modo mais específico, quando se trata de conhecimento de língua.

Entende-se então que letramento e alfabetização são indissociáveis, interdependentes, simultâneos e essenciais na educação, sendo os princípios básicos para uma aprendizagem de qualidade.

Cabe ao professor transmitir aos alunos dentro do ambiente alfabetizador as práticas escolares de forma prazerosa e que desperte a curiosidade das crianças, isso acontece na vivência da prática, ou seja, só se aprende a ler, lendo e escrever, escrevendo.

O professor tem não somente a responsabilidade, mas o desafio de criar mecanismos que proporcionem e envolvam práticas sociais na leitura e escrita, pois alfabetizando criam-se também situações de letramento. Além de decifrar o que está escrito é preciso que haja entendimento não apenas da palavra, mas num amplo contexto da sociedade onde está inserido, o para que, por quem e por que o texto foi escrito.

Para isso é preciso que se proponha trabalhos com diferentes gêneros que circulam na sociedade, jornais, cartas, fábulas, lendas, informes publicitário, receitas, convites, poesias, cantigas, parlendas, entre outros, pois a criança aprende como são usados os diversos materiais de leitura e o propósito comunicativo de cada um, tendo como base para o trabalho as situações enfrentadas no seu dia-a-dia, atendendo assim as exigências da sociedade.

Então estar alfabetizado significa que o aluno ou a criança tem a capacidade e habilidades mecânicas para codificar e decodificar, os atos de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.

Decodificar – identificação e interpretação dos sinais lingüísticos por um receptor.

Ler – distinguir e saber as letras.

Escrever – não significa necessariamente a compreensão do processo da escrita pela criança, pois não seria a compreensão a gerar o ato, mas o ato gerando a compreensão, chegando mesmo a precedê-la; exprimir-se por sinais gráficos, caracteres convencionais.

Autonomamente – que se governe por si, independente, livre! Que tem autonomia.

Aprendizagem – ação de aprender, tempo durante

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