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MEMORIAL DE FORMACAO

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Por:   •  27/10/2014  •  1.027 Palavras (5 Páginas)  •  243 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Entende-se memorial de formação como um gênero predominantemente

narrativo, circunstanciado e analítico, que trata do processo de formação de

um determinado período. Combina elementos de textos narrativos com elementos de

textos expositivos.1

Essa foi a proposta que o curso de Pedagogia da UNOPAR fez aos

alunos do segundo semestre de 2013, ou seja, compor um relato que expusesse o

memorial de formação de cada um de nós, o que comporá a base para que entendamos

o que seja pedagogia, tanto no que ela pretende ser como de fato é.

Portanto, segue-se no desenvolvimento desse trabalho um pequeno

relato de minha infância e adolescência e, também, alguns fatos relativos à minha

juventude e vida adulta que me conferiram atualmente a compreensão do motivo de

estar cursando pedagogia.

Ressalto que ao relatar minha trajetória escolar desde o início dela,

não posso deixar de enfatizar que meus pais sempre me educaram com esmero e me

proporcionaram, mesmo com dificuldades em certos momentos, as melhores oportunidades

que pudessem me levar a descobrir esse mundo maravilhoso das palavras.

Por saberem da minha paixão, sempre me incentivaram a leitura (comprando livros

ou me levando a bibliotecas, algo que eu amava frequentar e que hoje não posso, por

não ter uma no município que resido), como também me ensinaram a conviver com

outros de maneira ética e moralmente correta.

MEMÓRIAS DA MINHA JORNADA PELO MUNDO DO APRENDIZADO

Palavras, seus conceitos, suas formas, como que as letras se juntavam

e têm tais sons, isso, e muito mais, foi o que desde que “me entendi como gente”2

me atraiu, chamou a atenção dos meus olhos e ouvidos e, portanto, as imagens da

1 In: Formação de Professores de Línguas na América Latina e Transformação Social. 1 ed. Vol. 4. Campinas:

Pontes, 2010. Disponivel em < http://pt.scribd.com/doc/147201780/Livro-Formacao-Professores>

2 Expressão popular que significa quando o ser humano começa a ter consciência, mesmo que primárias, de

alguns fatos, primeira infância.

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tenra infância que ainda trago na memória, são formadas pelo desejo de conhecer as

letras: como elas eram desenhadas e como tinham aquele som e porque duas ou mais

palavras com sons diferentes poderiam ter o mesmo significado. Digo isso, pois saí

do Brasil com um ano e meio e fui criada até os cinco anos de idade em Accra (Gana)

e, portanto, meus pais me deram a oportunidade de ter duas línguas maternas, o português

(que era ensinado por minha mãe) e o inglês (ensinado por meu pai). Além

dessas duas línguas, havia também os dialetos que eram falados ao meu redor e que

fui naturalmente aprendendo, chegando a compreender em média uns cinco dialetos

diferentes. Portanto, como eu amava saber o que significava uma palavra nova! Sempre

estava perguntando e até mesmo expressando em uma mesma fala vários idiomas,

o que me tornava até uma criança “engraçada”, ou seja, que falava de modo

diferente e fazia com que os adultos dessem gargalhadas. Isso nunca me incomodou,

pois o que eu desejava era usar todas as novas palavras que conhecia no meu vocabulário

infantil.

Goethe uma vez disse que “no mundo há muitas palavras, mas poucos

ecos.” E isso é uma realidade, pois há muitas palavras que acabam não sendo

conhecidas e faladas por não se ter o cuidado de lhe darem a projeção necessária,

como forma de ser falada, escrita e, principalmente, o seu significado.

Ainda em Gana, idos anos 70, iniciei minha jornada educacional,

sendo aluna de um colégio frequentado pelos filhos de vários estrangeiros que moravam

na cidade. Isso foi um privilégio! Pois consegui ser matriculada em tal instituição

por ser de uma família estrangeira legalmente residindo naquele país e, portanto, apta

a frequentar uma instituição sustentada pelas embaixadas brasileira e de outras nacionalidades

que estavam naquele país. Convivi com crianças de várias nações nessa

época: brasileiros, portugueses, americanos, chineses, africanos e outros. O colégio

não fazia distinção entre nós, pelo contrário, os professores (uma branca, que nos

ensinava a ler, escrever e calcular, e um negro que comandava a educação física e

recreativa) sempre procuraram nos mostrar que diferenças

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