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Metrô exclusivo para mulheres

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Por:   •  16/4/2014  •  Resenha  •  360 Palavras (2 Páginas)  •  423 Visualizações

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Metrô exclusivo para mulheres

No Rio de Janeiro já funciona há 7 anos, no metrô, um vagão exclusivo para mulheres. Desde o meio do ano de 2013, o metrô do DF adotou a mesma medida e em São Paulo está sendo testado. O “vagão rosa”, como é conhecido em alguns lugares, já foi implementado no Japão, Egito, Índia, Irã, Indonésia, Filipinas, México, Malásia e em Dubai. Geralmente funcionam assim: nos horários de pico apenas ou prioritariamente mulheres podem ocupar o espaço do vagão. Isso garantiria, a princípio, que não fossem assediadas nos trens.

O mais grave, em minha opinião, é que a lei e a forma de sua execução não rompem com o que lhe deu origem, que é o comportamento abusivo, intimidador e agressivo de certos homens. A voz asséptica do Metrô informa que “o carro das mulheres é uma questão de cidadania”, do mesmo modo e tom que se lembra da importância de dar lugar aos idosos, mas não se trata da mesma coisa! Cede-se lugar aos mais velhos por gentileza, mas reservam-se vagões exclusivos para mulheres porque elas sofrem abusos, porque alguns homens sentem-se no direito de assediar uma mulher independente da aceitação dela ou não. E porque às mulheres não é dado apoio ou incentivo para denunciar esses atos. Ao contrário: muitas de nós, eu entre essas, somos educadas para evitar confusão, simplesmente “sair de perto”, “não criar caso”.

É como dizer para um gay ou negro que, se ele não quer apanhar ou ser discriminado, que não vá até a Rua Augusta, Paulista, que frequente lugares onde são “mais aceitos”. Qual será o próximo passo? Que, para as mulheres andarem em segurança, sejam criadas ruas públicas somente para mulheres? É isso?

Não queremos guetos, queremos poder estar em TODOS os espaços públicos, com segurança. Ainda serve a máxima que muitos não entendem: “Não ensine uma mulher a não ser estuprada. Ensine um homem a não estuprar”. O ÚNICO culpado pelo estupro/assédio é o homem, e não a mulher, não importa onde ela está, ou qual roupa está usando. Queremos uma política e uma legislação que de fato enfrentem os problemas cotidianos do machismo e do estado patriarcal.

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