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O Cortiço: A Representação da Cidade do rio de Janeiro e Suas Personagens Emblemáticas

Por:   •  7/4/2015  •  Monografia  •  8.049 Palavras (33 Páginas)  •  258 Visualizações

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[pic 1]

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLINIO LEITE – ANHANGUERA

FACULDADE DE LETRAS

O Cortiço: A representação da cidade do rio de Janeiro e suas personagens emblemáticas

Uma breve leitura da obra de Aluísio de Azevedo

NITEROI – RJ

JUNHO/2014


Nome do aluno [pic 2]

O Cortiço: A representação da  cidade do rio de Janeiro e suas personagens emblemáticas

Uma breve leitura da obra de Aluísio de Azevedo

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Trabalho Monográfico do curso de Letras da Universidade Plínio Leite como pré-requisito para a obtenção de grau visando a sua conclusão.

Orientadora:

Prof. Ms. Michelle Azambuja Araujo Mendes

NITERÓI – RJ

JUNHO/2014

AGRADECIMENTOS

RESUMO

Abstract


INTRODUÇÃO

07

CAPÍTULO I.

Aluísio de Azevedo: vida e obra

12

  1. Aluisio de Azevedo e o naturalismo

12

1.2 A literatura e o engajamento literário do autor

14

CAPÍTULO II.

O cortiço

17

2.1 A estrutura da narrativa

17

2.2 A representação do panorama social do Rio de Janeiro

20

CAPÍTULO III.

Personagens x tipos humanos

25

1.1 Personagens masculinas

      1.2 Personagens femininas

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

                                                   SUMÁRIO


INTRODUÇÃO

Esta monografia toma por objeto a produção artística e literária de Aluísio Azevedo (1857 -1913) intitulada “O cortiço” (1890).  Em nossa proposta de estudo o objetivo é analisar fragmentos da obra do autor, na tentativa de alcançar aspectos da crítica literária, política e social  intensamente trabalhada em sua obra.

         Aluísio Azevedo revela em sua produção literária importantes sentidos e pontos de contato com ideologias de fins do século XIX no Brasil, como o positivismo e o republicanismo. Nesse sentido, a análise pretende recolher indícios que permitam situar o autor e seu pensamento social. Ressaltamos também, que trataremos de um escritor brasileiro que atuou artística e politicamente em fins do Império. Sua visão de sociedade perpassa por um período importante de assentamento e ideias no panorama político e social do Brasil.

Em sua primeira publicação em 1890, “O Cortiço” teve boa recepção da crítica, o autor da obra chegou a ser comparado a Machado de Assis. Isso se deve ao fato de o escritor engajar-se com a doutrina naturalista, movimento que repercutia de forma positiva na Europa. O livro é composto de 23 capítulos, que relatam a vida em uma habitação coletiva de pessoas pobres, nos chamados “cortiços” na cidade do Rio de Janeiro.

O romance  em questão mostra aos leitores um panorama social do Brasil do século XIX. Evidentemente, que não podemos toma-lo como um documento histórico, mas como uma obra  literária que tem como pano de fundo o modo dos brasileiros e das suas condições de moradia.Não há como ignorar que a ideologia e as relações sociais representadas na obra contribuem para um estudo sociológico da época. A ficção que teve suas análises no real.

A obra em questão desempenha uma das funções literárias a que os autores se dedicam: mostrar a realidade com um discurso ficcional capaz de captar o real.
         A obra em questão além de obter um relevante valor artístico e literário, possui o que se pode denominar rigor científico.  Essa criação do autor Aluisio de Azevedo, tem como influência  o romance L’Assommoir, do escritor francês Émile Zola, que prescreve um rigor científico na representação da realidade.

A intenção do método naturalista  é a de  fazer uma crítica contundente e coerente de uma realidade corrompida. Zola e, neste caso, Aluísio combatem, como princípio teórico, a degradação causada pela mistura de raças.

Por isso, os dois romances naturalistas são constituídos de espaços nos quais convivem desvalidos de várias etnias. Esses espaços se tornam personagens do romance.

O cortiço, espaço físico em que vivem os personagens, recebe uma projeção ficcional , destacando-se mais que os próprios personagens.

Um exemplo pode ser visto no seguinte trecho: 

“E durante dois anos o cortiço  prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes, piores e mais grossas do que serpentes, minavam por toda a parte, ameaçando rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e abalando tudo.” ( Colocar a referencia)

No trecho observamos que  o narrador compara o cortiço  a uma estrutura biológica (floresta), um organismo vivo que cresce e se desenvolve, aumentando as forças daninhas e determinando o caráter moral de quem habita seu interior.

 A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente (que tem conhecimento de tudo), característica do movimento naturalista. O narrador tem poder sobre a estrutura do romance: entra no pensamento dos personagens, faz julgamentos e tenta comprovar, como se fosse um cientista, demonstrando e evidenciando as influências do meio, da raça e do momento histórico.

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