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O DESAFIO DA INCLUSÃO ESCOLAR E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NESSE PROCESSO INCLUSIVO

Por:   •  14/5/2015  •  Artigo  •  4.825 Palavras (20 Páginas)  •  471 Visualizações

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O DESAFIO DA INCLUSÃO ESCOLAR E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO INLUSIVO

SOUSA, Helaíne Pimentel ¹

LIMA, Ana Lúcia dos Santos de ²

RESUMO

A Inclusão Escolar e a Educação Especial para Pessoas Com Necessidades Educacionais Especiais há muitos anos é discutida e debatida em encontros educacionais, em livros, leis, mas em muitos casos esse assunto fica mesmo somente no papel, esquecendo-se de colocá-lo em prática. Ao se pensar neste trabalho buscou-se fazer uma análise sobre o que alguns estudiosos pensam em relação a inclusão e se estas afirmam o que se passa na sociedade e em especial nas escolas. A educação especial e a inclusão escolar devem andar lado a lado, pois uma depende da outra, ou seja, se há a inclusão na escola é óbvio que o aluno irá necessitar de uma boa educação que atenda as suas necessidades. Este artigo tem como objetivo mostrar qual o verdadeiro sentido de uma escola se intitular inclusiva, e como esta pode chegar a uma educação de qualidade quando começa a incluir aqueles que antes não tiveram oportunidades por causa de suas dificuldades ou limitações. Pois esta inclusão só acontece quando a escola começa a trabalhar com estes indivíduos de forma a inseri-los não somente nas salas de aula comuns, mas também na sociedade. O trabalho de inclusão também envolve a família destes alunos portadores de necessidades especiais que serão incluídos no processo escolar, porque é a partir dela que a educação começa e é com ela que o ensino se tornará mais produtivo e os estudantes terão maior desempenho escolar, pois terão o apoio daqueles em quem mais confiam. Para a realização deste trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica, em leis e estudiosos na área da Educação Especial e Inclusiva que relatam como o processo de inclusão é tratado e como realmente deveria ser por parte daqueles que trabalham com a Educação.

Palavras-Chave: Inclusão. Escola. Família. Educação Especial.

1 INTRODUÇÃO

Há alguns anos se fala em Inclusão de Pessoas Com Necessidades Especiais em todos os setores da sociedade, mas em especial nas escolas, têm-se grandes leis e decretos que expõem esta questão como sendo importantíssima que estas pessoas têm direitos e deveres, que devem ser respeitados e garantidos por todas as demais que fazem parte do meio em que vivem, mas o que se observa é que o que mais existe é a falta de compromisso e de respeito para com estas pessoas. Que a vida para os “imperfeitos” é bem mais difícil e que para os “perfeitos” ela é melhor e bem mais fácil.

Na sociedade em geral, mas principalmente nas escolas, muitas crianças estão sendo discriminadas não somente pela cor, raça, sexo ou classe social, mas em especial por suas deficiências e limitações. Muitas ficam fora da escola por apresentarem grandes dificuldades em acompanhar os colegas, outras nem chegam a conseguir vagas por apresentarem necessidades mais bem apresentáveis.

As pessoas que nascem com alguma deficiência ou as adquirem no decorrer da vida são privadas de participar de vários aspectos da vida em sociedade, muitas vezes por decisão delas mesmas, por não conhecerem seus direitos enquanto cidadãos e outras vezes por medo de serem discriminadas, como muitos são, mas em sua maioria pela falta de oportunidades em todos os setores da sociedade em que vivem.

O processo de inclusão deve sair do papel e ser colocado em prática, e pode-se dizer que este começa na escola, pois é nela que o indivíduo aprende não somente a ler e escrever, mas que não existe diferença entre um e outro, que todos são iguais em diretos e deveres. Porque o que existe é que uns precisam de mais cuidados e atenção.

A escola deve ser a primeira a trazer e a acolher crianças, adolescentes, jovens e adultos que buscam um auxílio escolar, mas para tanto é preciso que haja um trabalho contínuo e árduo para recebê-las, adequando espaço e pessoal.

Esta adequação se dá primeiro na estrutura física das escolas modificações que possam atender os com mobilidade reduzida, os cegos e outros, depois é preciso que se faça uma reciclagem nos profissionais, para que estes estejam aptos a atender a todos os que por ali passarem.

Muitas são as necessidades especiais e, portanto todas devem ser atendidas: cegos, surdos, deficiência físico motora, dificuldades de aprendizagem, superdotação, cada um exige um atendimento especializado.

Não se pode esperar que as crianças com necessidades especiais cheguem as escolas adaptadas para interagirem com o meio, mas é a escola que tem de se adequar para que possa atender a estas crianças e assim possibilitar que tenham participação efetiva nas atividades escolares.

Além desta grande adaptação nos espaços físicos e de pessoal é muito importante que uma mudança maior aconteça para que os resultados positivos sejam ainda maiores. É preciso que se vá em busca da família não só das crianças portadoras de necessidades especiais, mas também daquelas que não possuem deficiência, pois ambas terão de ser trabalhadas para que aceitem um ao outro sem discriminações.

A Família deverá ser convocada, intimada para participar deste processo de inclusão escolar, pois é na família que a criança aprende os primeiros sinais, é ali que aprende a se comunicar com o mundo, e a partir desta interação entre escola e família a educação para pessoas com deficiência será muito mais proveitosa.

Na família é que se encontra o verdadeiro apoio para se enfrentar os desafios vindouros, e é com ela que estes serão superados.

Este artigo de conclusão de curso tem como objetivo mostrar como a inclusão escolar é possível, e para tanto foi feita a pesquisa bibliográfica comparando o pensamento de alguns escritores e de algumas leis que se preocupam com esta questão.

2 A INCLUSÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO

Incluir não significa pegar uma pessoa com necessidades educacionais especiais (PNEE) e colocá-la em uma sala de educação especial somente porque é “diferente” das demais, deixando-a ficar isolada sem contato com outras crianças ficando muitas vezes somente com o professor especializado.

Incluir significa trazer este aluno para as salas de aula do ensino regular comum, onde ele possa aprender junto com os demais alunos, possa interagir e se sentir mais importante. Este aluno, portador de necessidades especiais precisa ser incluído, mas também de ser integrado por completo na escola.

A escola não deve esperar que a criança, o adolescente, o jovem ou até mesmo o adulto, se adapte a ela, mas que procure meios para se adaptar a estes alunos. Pois esta é a razão de ser Inclusiva para uma escola que promove a educação de inclusão.

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