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O não lugar da literatura, Eneida Maria de Souza - Fichamento

Por:   •  24/4/2019  •  Ensaio  •  490 Palavras (2 Páginas)  •  730 Visualizações

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SOUZA, Eneida M. de. O não-lugar da literatura, em Crítica Cult, p.67-88.]

- A autora cita Gilberto Amado que em seu texto Mocidade no Rio e primeira viagem à Europa (1958), descrevendo suas impressões sobre a viagem e admiração por Paris sugere, o que para a autora é motivado pela naturalização do saber, haver uma prediposição para entender a França, ou o que é cultural.

- Não é possível desenvolver esse conhecimento, tem-se que nascer em ambiente propício à tal.

- Cita também Ribeiro Couto que em 1935, estabelece uma relação entre o saber de um viajante e sua experiência com leitura visto que os escritores registram lugares simbólicos e as cidades tornam-se cenários.

- Os pontos de vista desses narradores podem ser usados para reflexão sobre os possíveis lugares da literatura, vista como produto ideológico e de espírito de classe.

- Em seu texto a autora escreve que “Segundo esses viajantes, a “universalidade de superfície” constitui a atitude intelectual frequente do brasileiro, o que o distinguiria da tendência à especialização encontrada nos franceses, pela sua capacidade de fornecer conceitos nítidos e equações inteligíveis.”(p.81).

- Baseando-se na tese de doutorado em História Social de Thaís Pimentel, De viagens e de narrativas – viajantes brasileiros no além-mar (1913-1957), Eneida fala sobre o não-lugar da literatura com base no preconceito  na relação entre o conceito de literatura e o de classe social.

- ESTUDOS LITERÁRIOS X ESTUDOS CULTURAIS. Cercados de preconceitos de origens diferentes.

-  Elite intelectual brasileira indo na contramão do movimento vanguardista. Em meados do século 20, com a modernização dos países periféricos, a literatura funde-se ao universo da multiplicidade do discurso.

- Os estudos culturais, tido como ameaça, tiram a literatura do seu pretenso lugar. Responsáveis pelo descaso da literatura.

- Jacques Derrida rompe com o limite dos campos disciplinares e define que a função crítica da literatura é deslocar todos os lugares: teóricos e literários. Comprova-se então o deslocamento como categoria capaz de derrubar conceitos fixos e verdades consagradas.

- Na mesma linha de pensamento de Derrida mas do ponto de vista da crítica brasileira, Silviano Santiago produz o conceito de entre-lugar.

- Para a autora a ausência desse lugar fixo abrange toda e qualquer forma de discurso apesar do esforço da crítica em separar a alta literatura daquilo que não se enquadra em seus critérios concedendo-lhes nomes como: paraliteratura, contra-literatura ou literatura parapolicial.

- Chama-se a atenção para a resignificação desse sentimento de perda por parte do discurso crítico no intuito de aceitar a presença desse novo conceito de literatura no sistema cultural atual para que se resgate o valor da literatura e não a deixe transformar-se em mercadoria.

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