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Plano de Profundidade - Senhora, José de Alencar

Por:   •  6/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  802 Palavras (4 Páginas)  •  877 Visualizações

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1 SENHORA

1.1. CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL

O romance urbano “Senhora” foi lançado em 1875. Vigorava a monarquia e a capital nacional era o Rio de Janeiro; a burguesia dominava; o sistema de produção era baseado na escravidão; existia o dote matrimonial; o estilo de época era o Romantismo, mas o Realismo começava a despontar. A obra reflete esse contexto, sua estória é contemporânea ao período em que foi lançada e se passa na capital. É romântica, mas apresenta traços realistas.

1.2 BIOGRAFIA DO AUTOR

José de Alencar nasceu em Mecejana, Ceará, em 01 de maio de 1829 e faleceu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1877. Formou-se em Direito em 1850. Filiado ao Partido Conservador, foi Deputado Estadual no Ceará e Ministro da Justiça. Estreou no Correio Mercantil em 1854, com a crônica periódica “Ao Correr da Pena”. Em 1856, lançou seu primeiro romance, “Cinco Minutos”. Seus romances se classificam como urbanos, indianistas, históricos e regionais. Escreveu também peças de teatro, críticas literárias e uma autobiografia.

1.3 RECEPÇÃO CRÍTICA

“Na recepção crítica do século XIX, foi possível identificar que os críticos, quando buscavam prestigiar a obra do romancista, caracterizavam o seu leitor de forma lisonjeira, mas quando objetivavam atacar as suas obras, o seu leitor recebia uma caracterização pejorativa.” (BEZERRA, 2012, p. 7)

1.4 NARRAÇÃO E NARRATIVA

A prosa romântica narra a história de Aurélia Camargo, uma menina órfã e inicialmente pobre que ao receber a herança de seu avô paterno, Lourenço de Sousa Camargo, torna-se rica e passa a frequentar a grande aristocracia fluminense. Além do luxo, a riqueza traz-lhe obrigações perante a sociedade e, uma delas, é de possuir um marido. Para realizar tal fim, a senhora estabelece um contrato comercial com o homem que sempre amou, Fernando Seixas. Unidos sob essa condição financeira, o dinheiro não lhes traz felicidade, ao contrário, afasta-os cada

vez mais, tornando sua vida matrimonial uma completa viuvez em vida. Somente após a compra da alforria de Fernando, o casal consegue arrebentar as algemas que o prendiam e finalmente viver o amor conjugal.

O livro, na edição impressa da Escala Educacional, de 2006, possui 214 páginas distribuídas em quatro partes: Primeira Parte: O preço, com 13 capítulos; Segunda Parte: Quitação, com 9 capítulos; Terceira Parte: Posse, com 10 capítulos; e Quarta Parte: Resgate, com 9 capítulos.

Quanto aos personagens, temos os protagonistas Aurélia Camargo e Fernando Seixas. Em segundo plano estão Adelaide do Amaral, Dr. Torquato Ribeiro, Manuel José Correia Lemos, Eduardo Abreu, D. Firmina e Lísia Soares. No terceiro plano aparecem Emília Camargo, Pedro de Sousa Camargo, Lourenço de Sousa Camargo, Manuel do Amaral, Alfredo Moreira, Mariquinhas, Nicota, D. Camila, Emílio Camargo e D. Margarida Ferreira. Já no quarto plano encontram-se Fróis, Barbosa, o pintor do quadro, a mucama, o velho general barão do T., o mascate, José mais os outros criados e os convidados das partidas.

1.5 A ESTRUTURA DA OBRA COMO REPRODUÇÃO DA DINÂMICA COMERCIAL

Em “Senhora”, José de Alencar critica o fato de os matrimônios no Século XIX serem motivados pelo dinheiro e não pelo amor. A crítica se centra no comportamento de Fernando Seixas, que troca de noiva duas vezes em função de dotes, a segunda, sem sequer saber quem seria a noiva (Aurélia Camargo). Os nomes das 4 partes do livro, O Preço, Quitação, Posse

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