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Poetas

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Por:   •  10/4/2014  •  Resenha  •  971 Palavras (4 Páginas)  •  182 Visualizações

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As pessoas não são iguais. Nunca serão. Supondo que, em algum momento da história da humanidade, seja possível que todos tenham as mesmas possibilidades de educação, saúde, conhecimento, aprendizado, trabalho, lazer e até mesmo paz, ainda assim as pessoas serão diferentes e terão entre si seus conflitos. Porque são brancas, negras, amarelas, vermelhas, altas, baixas, morenas, loiras, bonitas, feias, magras, gordas. Ou seja: o Universo nunca nos dará os mesmos requisitos que um sistema qualquer de governo, dentro de uma programação burocrática. Isso pode, certamente acontecerá, evoluir para uma crise, a mesma que observamos hoje: porque eu não sou bonita? ou: porque não sou alta? O mundo sempre será injusto nas questões de atributos físicos. Mas, e a genética? Se por acaso ela puder alterar isso?. Certo, digamos que no futuro ela consiga. Os outros atributos: morais, espirituais, éticos, continuarão diferentes.

Isso que dizer, em primeira instância, e última, que os caminhos serão diferentes, os fatos, as conversas, as crises e as doenças. E de nada adiantaria um elenco de possibilidades iguais, com pessoas diferentes em essência. A utopia da igualdade pode muito bem ficar para um outro lugar: o mundo dos sonhos, da mente, ou um outro mundo qualquer.

Até mesmo o modo de olhar os objetos é diferente. Uma cadeira só é uma cadeira se vista e depois nomeada. Caso contrário será apenas um amontoado de restos de árvores destruídas por uma tempestade e recomposta pelos ventos. Aí está o segredo do caminho: a individualidade, em oposto à coletividade, que se comporta, às vezes, com uma curiosa histeria, que acaba contaminando. E a trilha da individualidade propõe, acusa e aponta silêncios inimaginados. Primeiro propõe, porque sempre será em um momento de silêncio que se descobre a dimensão do medo, da coragem, e da disponibilidade. Acusa, porque o silêncio é um grito de umaalma quase desperta dentro de si mesma. E aponta, porque a partir das duas premissas anteriores é que descobre a trilha.

O caminho pode se rlargo e frondoso, a trilha obrigatoriamente é estreita e pedregosa. Mas todos nós, eu inclusive, insistimos em ignorá-la mesmo intelectualmente sabendo que poderemos ter de andar por ela. Essa é a diferença: o que se aprende intelectualmente, o que se aprende através da percepção, e o que se aprende com o corpo. E são três coisas que não andam juntas, embora possam ser simultâneas. Mas, não é permitido processá-las juntas com eqüidade.

Não pronunciamos internamente, a palavra morte, nem a palavra tortura, nem a palavra dor, e nem a palavra doença. E se o fazemos, sserá com um significado diferente a cada uma delas. A minha ideia de morte era Yul Brynner em O Rei e Eu, a minha ideia de doença era A dama das Camélias.

Quando Bergman retratou a morte em O Silêncio, ele o fez com uma dignidade invulgar.

parte 2

Foi no meio de março de 2010. Eu estavas entada à escrivaninha e senti um arrepio de frio. Devia ser umas 19h, mais ou menos. Pus a mão no rosto, e achei um pouco quente. Mas, não me preocupei em procurar o termometro. Tomei um ácido acetilsalicilico e pronto, e uns dez minutos depois a febre abaixou. Debitei-a a um estresse que vinha me acompanhando desde a morte da minha mãe, quando tive de lidar com a loucura do meu pai, aí incluindo

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