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Refutações ao feminismo: (des)compasso da cultura letrada brasileira. Florianópolis, Estudos Feministas, v. 14(3): 272, setembro-dezembro/ 2006, p. 765-799.

Por:   •  20/6/2018  •  Resenha  •  1.238 Palavras (5 Páginas)  •  187 Visualizações

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SCHMIDT, Rita Terezinha. Refutações ao feminismo: (des)compasso da cultura letrada brasileira. Florianópolis, Estudos Feministas, v. 14(3): 272, setembro-dezembro/ 2006, p. 765-799. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ref/v14n3/a11v14n3.pdf> . Acesso em: 22 fev. 2017.

• Termo feminismo sofrendo depreciação e deslegitimação algo que não era pra acontecer desde os discursos sufragistas que procuraram sempre evoluir a significação do termo para algo bom.

“Via de regra, o uso do termo vem atrelado a certos sentidos do feminismo associados ao movimento de mulheres dos anos 60, os quais são destacados e universalizados, em uma operação análoga à da sinédoque (figura que condensa na parte o todo) para sustentar determinada, e por que não dizer deliberada, representação discursiva, cultural e política.” (p. 765)

o Conforme o passar do tempo algumas ideias vão se cristalizando.

“[...]na academia, mais precisamente –, onde se dissemina em discursos reducionistas, de conotação pejorativa e preconceituosa.” (p. 766)

o Elite intelectual tentando desvalorizar e marginalizar o movimento feminista e todos os seus avanços e conquistas algo que é extremamente ruim para o movimento principalmente em um ambiente de cultura brasileira que qualquer avanço é uma vitoria e essa desvalorização só causa um retrocesso na sociedade.

• Discurso antifeminista no Brasil:

1. Jornalismo cultural

2. Sociedade patriarcal e elitizada

3. Feminismo como práxis transformadora.

“[...]busco evidenciar como o antifeminismo se expressa no campo das Letras na tentativa de compreender o estatuto da crítica feminista no campo dos estudos literários e as possíveis razões de sua invisibilidade, com considerações finais sobre a eficácia de suas práticas.” (p.766)

A violência simbólica dos discursos

o Importante observar como uma imagem e uma manchete pode ser violenta para o movimento feminista, observar que em alguns casos como uma revista que quer atingir apenas um publico alvo e coloca uma mulher com certo estereótipo como representação do feminismo e não representando todas as mulheres.

o Este ato da industria jornalística de pegar os discursos de especialistas e editarem tornando descontextualizados para agradar certo público.

• Pós- feminismo como um termo consensual mas a verdade é que esse termo traz implicações profundamente conservadoras.

o A revista não se atentou em como a utilização desse termo pode trazer um sentindo bem prejudicial para o movimento.

“Se, por um lado, esse silêncio revela o quanto os avanços do feminismo acadêmico são ignorados nas matérias que circulam pelos veículos de comunicação dirigidos ao público letrado, por outro, pode ser considerado uma estratégia para evitar trazer ao pensamento a opressão das mulheres e a contribuição epistemológica do feminismo para a redefinição da subjetividade e da socialidade.” (p.768)

• Conquistas femininas / feministas

o A reprodução de uma linguagem patriarcal ( para falar sobre o feminismo) que fazem com que as ideias trazidas no texto sejam completamente equivocadas, o que acaba acontecendo é que com esse tipo de discurso a reportagem acaba trazendo um efeito negativo para o movimento acabando por fazer uma paródia do feminismo.

o No meu ponto de vista o que sempre acontece é uma manipulação discursiva para uma deslegitimação do movimento, quase que uma estratégia como traz o texto.

o Querendo sempre pregar uma tradição e querendo sempre diminuir o feminismo.

• Equivoco semântico.

“[...] compreender o discurso de Wilson Martins implica qualificá-lo como sofisticada manobra de dominação em que se inscreve uma subjetividade com marcas que a vinculam aos interesses de um conjunto de sujeitos politicamente situados, localizados em um mesmo campo cultural e alinhados a uma mesma tradição.” (p.769)

o O que muitos autores buscam é sempre uma tentativa de refutar o feminismo escrevendo de uma maneira misógina para confundir os leitores.

“[...]cujo intento sempre foi o de normatizar, regular e controlar o espaço, os papéis e as intervenções das mulheres na vida social.” (p.770)

Poder e cultura: na casa patriarcal

• “Politicamente correto”

• Interpretação, pelo público brasileiro letrado

1. expressão de um fanatismo histérico norte-americano, que cerceia e controla o humor e a espontaneidade;

2. manifestação de uma intolerância de base puritana, com forte tendência racionalista e autoritária e que visa a construir uma sociedade artificialmente uniforme;

3. posição perigosa e equivocada que se alimenta da pretensão de definir o que são comportamentos socialmente aceitos, o que levaria à anulação do dissenso e das diferenças.

o Vale ressaltar que tudo considerado “politicamente correto” no Brasil procura excluir as minorias políticas, mesmo que Soares trabalhe com essas questões sociais, a cultura brasileira ainda vive ditada pelo patriarcado e não há espaço para opiniões contrarias e mudanças nessa cultura algo que nos Estados Unidos é o contrário.

o Para os segmentos conservadores da mídia e da elite é mais interessante manipular a informação e disseminar ataques ao feminismo (acadêmico e literatura), a cultura brasileira preferiu trabalhar autoras como Camille Paglia justamente para desvalorizar o feminismo e deixar bem marcado como seria ruim esse movimento, tanto que Paglia mesmo sendo antifeminista

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