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Representação política da questão social

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Por:   •  19/12/2013  •  Seminário  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  452 Visualizações

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A representação política da questão social constitui-se pelo descontentamento

popular expresso nas lutas por reformas sociais, políticas e econômicas que, em conjunturas históricas diversas, adquire sempre uma nova configuração. Portanto, ela ganha visibilidade no mundo da política.” (p. 262)

“A questão social traduz-se nas lutas sociais, partidárias ou sindicais que os segmentos ou as classes sociais vêm travando ao longo da formação socioeconômica capitalista do Brasil.” (p. 263)

“É inegável, para Fernandes (1975), que a Independência do Brasil, mesmo constituindo-se numa mera revolução pacífica, não significou a simples extinção do estatuto colonial, à medida que, para o autor, teve um sentido socialmente revolucionário. Logo, consideramos sua tese uma novidade, pois atribui um caráter de ruptura à revolução social da Independência, o que nos autoriza questionar os registros históricos de boa parte da historiografia brasileira que ainda hoje nega a dialética dessas transformações. Portanto, considerar a Independência um processo revolucionário não tira dela seu caráter contraditório e conservador, em função de não haver rompimento com estrutura econômica baseada no escravismo.” (p. 266)

“O Estado e a Igreja Católica passaram a implantar um conjunto de profissões na área social. Surge, então, o Serviço Social, que, nas suas protoformas, atuava de forma despolitizada com relação à questão social. Não propositadamente, mas de acordo com a visão de mundo renovarista então dominante.” (p. 268)

“Logo, as primeiras décadas do século XX significaram o início de implementação de medidas de uma legislação social que passou a definir ações de proteção ao trabalho. Porém, o Estado ainda não reconhecia plenamente a questão social, e a Igreja Católica, sempre atrelada a ele, só se preocupava em legitimar sua doutrina social.” (p. 269)

“Para Paulo Netto (1991), o Serviço Social surgiu justamente como resultante da complexidade da ordem social burguesa madura e consolidada, atuando de forma individualista e fragmentada, resultado do tratamento residual dado à questão social, em que os conflitos de classe não se traduziam em problemas a serem enfrentados.” (p. 271)

“A partir de segunda metade da década de 1980, já se tratava de um Serviço Social renovado, politicamente engajado e teoricamente qualificado. Foi com esse Serviço Social que dialogamos na fase final da nossa tese, fazendo a interlocução com alguns intelectuais dentro e fora do Serviço Social que portam diferentes referências histórico-conceituais na contemporaneidade da

questão social.” (p. 272)

“A questão social tem sido interpretada como produto da desigualdade social e sinônimo de cidadania, conforme afirma Ianni (1991); desagregação e desfiliação (CASTEL, 1997); nova questão social (ROSANVALLON, 1995).” (p. 272)

“No tempo das nossas pioneiras, a questão social já se punha no horizonte da luta de classes capitaneada pela classe operária; entretanto, a Igreja e o Estado intervinham para seu enquadramento.” (p. 273)

“Ao se analisar o desenvolvimento ou a formação da questão social no Brasil, deve-se evitar negá-la apenas pela ausência

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