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Roma antiga

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Por:   •  27/3/2014  •  Seminário  •  529 Palavras (3 Páginas)  •  662 Visualizações

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Como vimos acima, o latim era falado não só na Roma antiga, mas também nas regiões conquistadas pelo Império Romano. Vale lembrar, que após as conquistas romanas, houve um período de grande estabilidade do Império, o que levou o latim vulgar a ser falado na maioria das regiões conquistadas. Esse latim gozou de relativa uniformidade, principalmente se pensarmos na grande área geográfica em que era falado.

Porém, esse período de estabilidade seguiu de um período de fragmentação do Império, devido às grandes invasões bárbaras. Com isso, a uniformidade linguística antes existente no território hoje conhecido como România[1], tornou-se um emaranhado de línguas sem unicidade, que desfrutavam de maior ou menor prestígio. Mesmo com essa divisão do latim vulgar, o latim literário e o eclesiástico continuaram sendo usados, porém não pela população em geral.

Mais tarde, algumas variantes do latim vulgar foram exercendo grande influência e se transformaram nas línguas românicas de hoje: o romeno, o italiano, o reto-romano (falado na Suíça e em algumas regiões do norte da Itália), o occitano ou provençal (falado no sul da França, em alguns vales alpinos na Itália e no Val d'Aran na Espanha), o sardo (falado na região da Sardenha, Itália), o francês, o catalão, o galego, o espanhol e o português. Mas das origens latinas para o português, existe um longo caminho a ser percorrido. E esse caminho começa com o chamado período da Reconquista.

A Península Ibérica era, em sua maioria, ocupada pelos árabes desde o século VII da nossa era. Porém, por volta do ano 1.000, houve movimentos político-militares para que alguns reinos cristãos ampliassem seu território, obviamente expulsando os árabes. O que ocorreu na verdade, não foi uma, mas sim várias reconquistas, que acabaram por resultar nos reinos de Portugal, Castela e Aragão, cuja implantação completou-se em 1492. Foi nesse ano que Granada foi incorporada ao reino de Castela. E nesse mesmo ano Castela e Aragão tornaram-se um formando o reino da Espanha.

Para nós, interessa os impactos linguísticos dos movimentos de reconquista. As línguas de maior prestígio faladas na Península Ibérica eram o galego, o leonês, castelhano, o asturiano e o aragonês, todas concentradas no norte, nos montes Cantábricos ou nos Pirineus. Devido a grande influência que exerciam, acabaram por suplantar as demais línguas vizinhas, que desapareceram, e expandindo para o sul, sobrepujaram-se também sobre o moçárabe: língua falada por cristãos que viviam em território árabe. Dessa maneira, houve um deslocamento geográfico progressivo das monarquias em direção ao sul.

Falando especificamente de Portugal, esse deslocamento transferiu a capital do Estado português do Porto para Lisboa, fazendo com que a base territorial da língua portuguesa rumasse do norte para o sul. Mas como isso pode nos interessar? Interessa pelo fato de que as principais inovações ocorridas na língua portuguesa nos séculos que se seguiram, começaram exatamente no sul, não chegando ao extremo norte, região onde hoje é a Galiza (a Galiza foi incorporada à Espanha no fim do século XV e é hoje uma região bilíngue, onde se fala o galego e o espanhol). E essa é uma das razões da separação entre o português e o galego, o que fez com que o português começasse a cultivar

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