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Sêneca - Vida e obra

Por:   •  20/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  535 Palavras (3 Páginas)  •  146 Visualizações

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Sêneca: vida e obra

Aluno: Guilherme de Francisco Campos

Hispânico, filho de Hélvia e de Marco Aneu Sêneca, o Velho, ambos figuras intelectuais importantes em seu tempo, Sêneca - o jovem - foi enviado a Roma ainda na infância para estudar oratória e filosofia. Morou vários anos no Egito por questões de saúde e, no 31 da era cristã, retornou a Roma para iniciar sua carreira de orador, advogado e, posteriormente, Senador.

Em 41, por conta de uma intriga gerada pela imperatriz Messalina, Sêneca acabou sendo acusado de adultério com a sobrinha do imperador, Julia Livila, e, sem direito a defesa, o imperador Cláudio acabou encomendando seu exílio. Nessa situação, Séneca teve produzidos seus principais tratados filosóficos. Em sua obra Consolationes, por exemplo, em que se dedicou a apaziguar o ânimo da mãe ao contemplar o exílio de seu filho, Sêneca expõe claramente seus ideais estóicos de renúncia material e da busca do conhecimento para tranquilizar a alma.

Em 49, por influência de Agripina a jovem, sobrinha e nova esposa do imperador, Sêneca retornou a Roma para tutorar seu filho, o jovem Nero, o que logo lhe renderia o cargo público de pretor. Casou-se, então, com Pompéia Paulina, e renovou seu círculo de amizades com pessoas de maior prestígio social.

Em 54, com a morte do imperador Claudio, Sêneca publicou a Apocolocyntosis divi Claudii, obra que foi tida, inicialmente, como uma vingança ao imperador pela sua injustiça ao exilá-lo. Outras leituras, entretanto, sugerem que a sátira seja mais sublime que isso: com um alto refinamento crítico e político, ela transcende a crítica a um imperador, expondo a inércia de um senado diante da impudência de um único soberano.

Nesse período, com dezessete anos de idade, Nero subiu ao trono, e Sêneca, juntamente com Afrânio Burro, passou a assumir papel de conselheiro. Dá-se a esses conselheiros o crédito pelos primeiros anos de governo pacífico de Nero. Entretanto, tão logo as intrigas de poder o desiludiram, o imperador passa a adotar uma política severa de intolerância e assassinatos, da qual nem sua própria mãe escapou. Aparentemente, Nero comprava a complacência de seu círculo pessoal com riquezas, as quais não era lícito aos beneficiários recusar. Sêneca, naturalmente, enriqueceu nesse período, e isso foi motivo severo de críticas por aqueles que conheciam seu ideal estóico. O próprio Sêneca chegou a escrever solilóquios que o isentassem de culpa sobre o fato, alegando não haver imoralidade em aceitar um presente que não lhe é lícito recusar.

Séneca pediu, então, afastamento da vida pública em 62. Pediu ao imperador também que pudesse aceitar de volta os benefícios que lhe foram concedidos; pedido que lhe foi recusado. Ainda assim, rejeitando esbanjar dessa riqueza, Sêneca viveu modestamente seus últimos anos refinando sua filosofia. Compilou trabalhos como Naturales quaestiones, De tranquillitate animi, De vita beata e, não menos importante, as Epistolae morales, dirigidas a Lucílio.

Por fim, em 65 d.C., foi acusado conspiração contra o imperador Nero. Negando fervorosamente aos primeiros magistrados que lhe vieram portar a acusação, e pedindo que Nero reconsiderasse pelo desapego conhecido de Sêneca em relação à mentira, teve seu direito de recurso negado. Sem qualquer julgamento, foi obrigado a cometer o suicídio na presença dos seus amigos e da esposa, que tentou se matar também, porém sem sucesso.

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