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TRABALHO ESTUDO DO TEXTO I

Por:   •  1/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  891 Palavras (4 Páginas)  •  208 Visualizações

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ESTUDOS DO TEXTO I

Atividade Avaliativa 2° Bimestre

Música Pra Não Dizer que Não Falei das Flores

Autor e Intérprete: Geraldo Vandré (1968)

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Somos todos iguais braços dados ou não

Nas escolas, nas ruas, campos, construções

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz à hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações

Pelas ruas marchando indecisos cordões

Ainda fazem da flor seu mais forte refrão

E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz à hora, não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não

Quase todos perdidos de armas na mão

Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição

De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz à hora, não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas, campos, construções

Somos todos soldados, armados ou não

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Somos todos iguais braços dados ou não

Os amores na mente, as flores no chão

A certeza na frente, a história na mão

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

O período da ditadura militar, no qual existia muita repressão, a música foi composta por várias figuras de linguagem, figuras que serviam para despistarem os políticos e a ditadura da década de 60, já que qualquer canção fora de contexto partiria para perseguição, exílio ou morte. A música fala de um canto da população numa só voz, em revolta por toda violência e silenciamento do povo, que era hora de levantar e fazer a mudança que se esperava acontecer.

A música era, então, utilizada como uma boa ferramenta de combate, que pretendia divulgar, da forma direta mensagens de princípios e de revolta. A letra é uma clara referência usada em passeatas, protestos e manifestações contra o regime, que se espalhavam pelo país no ano de 1968. Na primeira parte os verbos usados “caminhando e cantando” nos transmite determinada imagem de manifestação ou um protesto público. Nela, os cidadãos são “todos iguais”, não tendo relação entre si.

O autor pretendia manifestar nos substantivos "escolas, ruas, campos, construções", que indivíduos de todos os níveis sociais e com ocupações e interesses diversos, estavam juntas e buscavam a mesma causa. Era evidente na vontade da sociedade em se unirem, pois certamente queriam a mesma coisa: a liberdade.

No refrão, a relação em que o ouvinte, com conhecimento sobre o tema de lutas diárias, começa perceber ao longo da música repetições e apelo, a uma ação/união de mudança. Com o uso de conjugações como (“vamos embora”), prepara um aspecto coletivo à ação, lembrando que seguiriam juntos no combate. E ao afirmar que “esperar não é saber”, o autor ressalta que quem

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