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Édipo Rei

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Por:   •  25/6/2014  •  2.627 Palavras (11 Páginas)  •  630 Visualizações

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Introdução

Este trabalho terá como foco a peça de teatro grego Édipo Rei, escrita pelo dramaturgo grego Sófocles em meados de 427 a.C.. O objetivo dessa atividade é o de realizar uma breve análise tanto da tragédia grega em questão, quanto de seu autor e também o de elaborar uma proposta de apresentação da peça para uma classe de segundo grau. O trabalho será dividido em tópico e ao final será feita uma conclusão a respeito do que foi tratado a da experiência adquirida na “Oficina XI: Estudos Clássicos-Latim”.

Sófocles, o maior dos poetas trágicos.

Sófocles nasceu na Grécia, em um demo rural chamado Colonus que ficava localizado perto da cidade – Estado de Atenas, não se sabe exatamente o ano de seu nascimento, mas historiadores acreditam ser por volta do ano 496 a.C.. O dramaturgo era filho de um mercador grego e pertencia a uma família rica da época. Sófocles viveu a vida toda em Atenas, durante a época áurea vivida pela Grécia, que ocorreu durante o governo de Péricles e foi marcada por um grande desenvolvimento da cultura grega.

O autor da peça Édipo Rei, teve sua obras publicadas posteriormente às de Ésquilo e anteriormente às de Eurípedes, sendo por isso considerado o segundo dos três poetas trágicos canônicos. No ano de 468 a.C. Sófocles ganhou seu primeiro prêmio no concurso de teatro Dionísias Urbanas com a tragédia Triptólemus, derrotando seu antecessor Ésquilo, que naquele momento era considerado o mestre das tragédias na Grécia.

Ainda vivo o dramaturgo foi considerado como o autor do século V a.C., que foi mais bem sucedido, estudiosos acreditam que Sófocles tenha conquistado a maior quantidade de vitória nas competições dramáticas que ocorreram em Atenas. O dramaturgo era ainda ator em suas próprias peças, tendo abandona a profissão somente quando sua voz começou a apresentar sinais de fraqueza. Além de dramaturgo e ator, Sófocles também foi sacerdote ordenado, foi líder do canto do triunfo (canto coral a um deus), e foi eleito um dos dez strategoi (funcionários que lideravam as forças armadas).

Estudiosos acreditam que o grego tenha sido autor de aproximadamente 120 tragédias e dramas satíricos, desses 18 são considerados como tetralogias, um como um hino ao deus Apolo e alguns são poemas. Das 120 peças escritas, sete chegaram completas aos dias atuais, são elas as seguintes: ”Antígona”, “Ajax”, “As Traquínias”, “Electra”, “Filoctetes”, “Édipo em Colonos”, “Édipo Rei”. As demais peças como Perseguindo Sátiros, Progênie, Triptólemus, entre outras, só sobreviveram em formas de fragmentos.

Sófocles promoveu mudanças no modo de se fazer teatro na Grécia antiga, pesquisadores acreditam que foi o autor o responsável por acrescentar um terceiro personagem às encenações e aumentar o diálogo atribuído a eles. Foi ele também que deu ao coro um caráter mais independente e diminui um pouco o diálogo desse grupo. Os enredos criados pelo dramaturgo eram considerados mais complexos que os da época e ele ainda acrescentou ao final das peças o “desfecho”, que era considerado o momento em que a peça apresentava sua conclusão.

Os deuses nas obras de Sófocles eram deixados em um plano secundário, apesar de sempre mencionados, eles praticamente não apareciam em pessoa, o enredo se desenrolava praticamente todo entre os humanos. Por esses motivos um dos temas mais tratados em suas obras era o “destino humano”, o destino de seus heróis e os sofrimentos e os caminhos que tinham que trilhar como consequência de suas escolhas que muitas vezes afetavam até mesmo seus descendentes.

Sófocles, que de acordo com Aristóteles “mostrava o homem como ele deveria ser”, morreu por volta dos noventa anos, aproximadamente no ano de 406 a.C., não se sabe ao certo qual foi à causa de seu falecimento.

Édipo Rei, o mais perfeito exemplo da tragédia grega.

Édipo Rei, foi a mais famosa tragédia grega escrita por Sófocles aproximadamente no ano de 427 a.C., tendo como título original em grego “OΙΔΙΠΟΥΣ ΤΥΡΑΝΝΟΣ” e possuindo como tradução literal o título de Édipo Tirano. Édipo Rei (título escolhido para se referir à obra no trabalho), é a primeira obra cujo enredo trata a respeito da família Labdácias, sendo a segunda “Édipo em Colono” e finalizando a trilogia “Antígona”.

O filósofo grego Aristóteles em sua “Poética”, definiu a obra de Sófocles como “a tragédia mais perfeita escrita até seu tempo e, devido a sua perfeição, deveria servir de modelo às demais”. Pela citação de Aristóteles, já podemos medir a importância que Édipo Rei foi para seu tempo e para o teatro na Grécia Antiga.

A história da família dos Labdácias, não foi criada originalmente por Sófocles, e sim é uma história mítica que existe há muito tempo na cultura ocidental, e que foi contada em diversos tempos e de diversas maneiras. A obra de Sófocles, representa então uma maneira histórica de contar a vida de Édipo, contendo características do tempo e a da cultura em que foi escrita e possuindo um aspecto dramático muito maior.

Assim como as demais tragédias gregas, essa também trata a respeito de um acontecimento monumental, com personagens e com final monumental. A peça é composta tanto por falas curtas e simples quanto por diálogos longos e reflexivos. A questão principal contida na história é a respeito do destino, onde o personagem já tem sua vida traçada mesmo antes de nascer e como mesmo tentando, não consegue fugir de sua maldição. O coro presente na peça pode ser tido como uma consciência, às vezes absolvendo e às vezes acusando os personagens, porem sem interagir com todos.

Além de influenciar diversos dramaturgos da época em que foi escrita, a tragédia vivida por Édipo influenciou e ainda influencia muitos estudos e reflexões. Podemos citar como exemplo o complexo de Édipo criado pelo médico Sigmund Freud, o grande trabalho do professor Michael Focault sobre as práticas judiciárias e algumas reflexões do filósofo Nietzsche a respeito das tragédias.

No Brasil, a peça Édipo Rei, foi traduzida diversas vezes, com as mais variadas capas , algumas delas são as seguintes : “VIEIRA, Trajano. Édipo rei. São Paulo: Perspectiva”. “SÓFOCLES. Édipo rei. Trad. Donaldo Schüler. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004”. “SÓFOCLES. Édipo rei. Trad. Domingos Paschoal Cegalla. Rio de Janeiro: DIFEL,

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