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A Assistência à criança no Brasil

Por:   •  2/6/2018  •  Relatório de pesquisa  •  4.008 Palavras (17 Páginas)  •  198 Visualizações

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Curso de Pedagogia – Licenciatura

Título do Relatório

Andressa Romeiro Echevengua

Lísia Brasil Rivatto

Experiência de Aprendizagem em Educação Infantil

Maiane Hatschbach Ourique

Jaguarão, 2017

Introdução

O presente relatório pretende apresentar algumas considerações sobre a infância e suas questões históricas e busca mostrar a origem do conceito de infância, na mesma proporção que, construção social.

Conceito de Infância

Em sua longa jornada histórica, a criança foi alvo de transformações sociais e econômicas.  Compreende- se considerando a narração da infância, que esta sempre foi influenciada pela classe social da criança, ou seja, desde séculos localizam-se registros de diversas infâncias inclusas em um mesmo contexto.

Para alguns estudiosos que discutem sobre o tema, a infância como refletimos na atualidade, ou seja, um momento de análises distintas; é uma mudança da nossa sociedade no qual não ocorria da mesma maneira nas sociedades antigas.  Para Ariès (1981) historiador francês que, pelo método de pesquisa revelou o trajeto social da infância no continente europeu.

A infância era compreendida em diferentes ocasiões da história de modo distinguido.  Essa ideia que se tem da infância foi sendo construída, durante décadas e a criança, por muito tempo, não foi percebida como um ser em desenvolvimento e sim como um adulto em miniatura. A fase da infância era caracterizada pela ausência da fala e de comportamentos, analisados como manifestações irracionais.

Do século XII ao século XIII, ocorreram diferentes transformações históricas, em que a infância tomou diversas conotações em todos os aspectos no imaginário do homem, sejam eles econômicos, culturais ou sociais.

A criança era considerada como um ser produtivo, pois na idade dos sete anos de idade era imposto à rotina dos adultos, realizava tarefas, acompanhava seu pai e sua mãe, imitando-os em seus ofícios e cumprindo o seu papel.  De acordo com Ariès (1981, p.11), as crianças na idade média ficavam misturadas com os adultos, não havendo, inclusive, diferença quanto a vestimentas, jogos, atividades, aprendizagem e até mesmo em relação ao trabalho.    Segundo Ariès (1981, p. 69), ''assim que a criança deixava os cueiros, ou seja, a faixa de tecido que era enrolada em torno do seu corpo, ela era vestida como os outros homens e mulheres de sua condição. ''

  É importante salientar que as principais manifestações são caracterizadas pela paparicação, ou seja, a criança, principalmente da elite, era apontada como uma criança pura e divertido; sendo criado como meio de entreter os adultos.

A alma da criança é aceita e junto com isso, a origem da família torna-se indispensável em meio a os cônjuges e entre pais e filhos, na qual ela não era antigamente.

A criança aos poucos começa a aparecer e sai do anonimato, recebendo o devido valor e ganhando importância no circulo familiar, com isso, os cuidados com a criança tornaram-se importantes na preservação pela sua vida.

O sentimento em relação à família fortalece os laços entre mãe e criança e coloca em destaque a construção de um novo espaço envolvendo a mulher, que será marcado por ela na maternidade.

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A assistência à criança no Brasil

A assistência à infância no Brasil manifesta intenções diferentes em função das concepções de infância que se dava em cada momento histórico. Do descobrimento até 1930, se inicia a valorização sucessiva da infância e o reconhecimento de atendê-la. De 1930 a 1980, realizam-se trabalhos de assistência social e educacional à infância. A partir de 1980, confirmam-se fatos importantes em relação à educação infantil. No Brasil Colônia, se tinha a visão de que a infância precisava ser salva dos maus comportamentos dos adultos.

A história da criança brasileira é de muito abandono, o atendimento à criança pequena durante a escravidão era desenvolvido em grande parte por associações beneficentes que atendiam crianças das classes menos favorecidas socialmente e principalmente economicamente. Segundo Del Priore (1998, p. 8):

O abandono de bebês, a venda de crianças escravas que eram separadas de seus pais, a vida em instituições que no melhor dos casos significavam mera sobrevivência, as violências cotidianas que não excluem os abusos sexuais, as doenças, queimaduras e fraturas que sofriam no trabalho escravo ou operário foram situações que empurraram por mais de três séculos a história da infância no Brasil. Contudo, se é verdade que dessa história surge uma imagem de autoritarismo e indignidade imposta por adultos às crianças, surge também uma história de amor materno e paterno, de afeto e de humanidade das inúmeras pessoas que acima de preconceitos e interesses mesquinhos, deixaram-se sempre sensibilizar com aquelas que, antes de tudo, são os mais carentes e indefesos dos seres humanos.

No final do século XIX no Brasil surgiram as creches para atender os filhos das mães trabalhadoras, as instituições de atendimento infantil, como eram chamadas na época, foram passar a existir na perspectiva de atendimento aos pobres, preocupando-se apenas com a alimentação, higiene e segurança das crianças sem nenhum aspecto pedagógico. Com o tempo mesmo com posicionamentos contrários à criação dos jardins-de-infância. Com a criação desses jardins, a assistência à criança passa a ter outra definição, a educação que era apenas para a elite passa a ter acesso as outras classes sociais e  assim possuindo uma educação democrática onde todas as crianças teriam direito a educação.

As instituições de atendimento infantil foram surgindo na perspectiva de atendimento aos pobres. Tinham caráter de guarda e preocupavam-se apenas com a alimentação, higiene e segurança física das crianças. Tal atendimento contava com as chamadas criadeiras, amas-de-leite ou mães mercenárias, com precárias condições de higiene. (Azevedo, P.167,2007)

Sendo assim, a infância passa de abandonada para o centro das atenções no que chama a atenção dos governamentais, pois a sua assistência passava a significar benefícios para a política.

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