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A Ação Docente e a Prática Pedagógica, A Ação Docente e a Prática Pedagógica

Seminário: A Ação Docente e a Prática Pedagógica, A Ação Docente e a Prática Pedagógica. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/9/2013  •  Seminário  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  603 Visualizações

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UNIGRAN- Centro Universitário da Grande Dourados

Curso: Pedagogia a Distância

Disciplina: Didática II

Aluno (a): Célia Regina Machado Wittig RGM: 053.3963

Professor (a): Dda. Magda Carvalho Fernandes

Aulas: A Ação Docente e a Prática Pedagógica, A Ação Docente e a Prática Pedagógica

Polo: Alemanha

ATIVIDADE DA AULA 01:

Leia com atenção:

Quando a escola é de vidro (ROCHA, Ruth. Este admirável mundo louco. Rio de Janeiro: Salamandra, 1986.)

Naquele tempo eu até achava natural que as coisas fossem daquele jeito. Eu nem desconfiava que existiam lugares muito diferentes...

Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando chegava, logo, eu tinha que me meter no vidro. É, no vidro! Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não!

O vidro dependia da classe em que a gente estudava. Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho. Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior. E assim, os vidros iam crescendo à medida em que você ia passando de ano. Se não passasse de ano, era um horror. Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado. Coubesse ou não coubesse. Aliás, nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros. E pra falar a verdade, ninguém cabia direito. Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era confortável. Os muito altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, às vezes até batiam no professor. Ele ficava louco da vida e atarraxava a tampa com força, que era pra não sair mais.

A gente não escutava direito o que os professores diziam, os professores não entendiam o que a gente falava...

As meninas ganhavam uns vidros menores que os meninos. Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabiam nos vidros, se não respiravam direito... A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física. Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros.

As meninas, coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. E nas aulas de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinham jeito nenhum para Educação Física.

Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidro até em casa. E alguns meninos também. Estes eram os mais tristes de todos. Nunca sabiam inventar brincadeira, não davam risadas à toa, uma tristeza! Se a gente reclamava? Alguns reclamavam. E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser assim o resto da vida. Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado vidro, até pra dormir, por isso é que ela tinha boa postura.

[...]

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