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A ECONOMIA POLÍTICA DO PRIMEIRO GOVERNO Vargas (1930-1945): a política econômica em tempos de turbulência.

Por:   •  10/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  817 Palavras (4 Páginas)  •  861 Visualizações

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A ECONOMIA POLÍTICA DO PRIMEIRO GOVERNO Vargas (1930-1945): a política econômica em tempos de turbulência.

  • De 1929 – 1987, o Brasil foi um dos países que mais cresceu em todo o mundo.
  • Seu crescimento econômico, vinha desde o início do século XX, mas tomou impulso no governo Vargas.
  • As crises, contribuíram de forma indireta para a industrialização por substituição de importação, e ajudaram a formar instituições e uma capacidade de governança que se torna mais evidente na segunda metade do período (1937-1945).
  • O governo começa a demonstrar suas habilidades negociadoras.
  • Com a experiência de negociação, ganham sustentação do acordo comercial com a Alemanha, arranjos de pagamentos e moratórias da dívida externa e para a obtenção dos créditos do governo americano para a siderurgia brasileira durante a segunda guerra.
  • Mudança na posição do Estado com relação a indústria, assumindo um papel mais ativo no desenvolvimento industrial brasileiro.

O CAFÉ E OUTROS PRODUTOS AGRICOLAS.

  • Cafeicultores que estavam sendo ameaçados pela continua depreciação do café no mercado internacional, haviam pressionado o governo para que protegesse a cultura cafeeira sendo implantado assim a política de defesa do café.
  • Esses planos de valorização do café, evitaram a oferta do café no mercado externo.
  • A proteção ao preço do café no mercado externo, alcançou bons resultados, mas não impediu a expansão do plantio do café, o que resultou em grandes safras nos anos 1920, e nem deteve o movimento dos países concorrentes em busca dos nichos de mercado que se abriam.
  • Com a crise externa de 1929, o Brasil ficou de frente com uma séria crise de superprodução cafeeira.
  • Veio a queda do preço internacional do café, a redução da receita cambial, e a suspensão dos investimentos externos.
  • Getúlio Vargas e seu ministro da Fazenda José Maria Whitaker, retomam a política de defesa do café, com três frentes de defesa : 1- Compra de boa parte da safra paulista de 1920/30 com empréstimo de bancos ingleses, evitando a falência da cafeicultura de São Paulo. 2- O governo passou a estabelecer uma quota do café inferior para queimar, para desespero dos cafeicultores e da sociedade rural brasileira (quota de sacrifício). Setenta e oito milhões de sacas de café foram cinerados, o que representava o triplo do consumo mundial. Apesar das críticas, essa queima freou o declínio mais pronunciado do preço do produto no mercado internacional. 3- O governo lançou-se em uma ofensiva comercial, estabelecendo acordo de venda de café com dezenas de novos países da Europa Central, e assina com os Estados Unidos, um acordo comercial em 1935, no qual os americanos mantiveram a isenção  tarifária nas importações do café brasileiro.
  • A política cafeeira foi orientada pelo ministro da fazenda, Souza Costa em 1937, para mecanismos mais liberais. A ditadura Vargas, passa agora a atender uma antiga demandada cafeicultura, liberando a taxa de cambio e reduzindo o imposto de exportação do produto, mas manteve a quota de sacrifício do café.
  • As novas medidas do governo colocaram fim a era da defesa permanente do café. A resposta do mercado internacional foi imediato: subiram as exportações de café enquanto o preço do produto caia, tornando o café brasileiro mais competitivo em relação ao colombiano que era o seu principal concorrente.

PARTICIPAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCULAS NO TOTAL EXPORTADO, 1924-1945 (%)

PERIODOS

CAFÉ

CACAU

ALGODÃO

COURO E PELES

OUTROS

1924-1929

72,5

3,3

1,9

4,5

17,8

1930-1933

69,1

3,5

1,4

4,3

21,7

1934-1939

47,8

4,3

17,6

4,4

28,9

1940-1945

32,5

3,2

9,1

3,6

51,6

INDUSTRIA E INFRAESTRUTURA

  • A década de 30, foi um período de incerteza, onde os desafios internacionais e internos de caráter econômico e político, tiveram de ser enfrentados por um governo que acaba de chegar ao poder. Mas no setor industrial, após passar a crise de 29, seriamos anos de crescimento o que resultou dos seguintes três fatores: 1- choque externo, que reduziu as importações e ajudou o processo de substituição interna dos bens antes comprados no exterior. 2- Das políticas governamentais, onde uma parte dessas políticas correspondeu as medidas necessárias para responder aos choques, e outra que resultou do atendimento a demanda setoriais. 3- Do esforço do empresário industrial e de sua liderança que desde o início do século desenhava um projeto político de desenvolvimento tendo como motor a indústria.
  • Vargas, na primeira década de governo, tratou de equilibrar a situação do café no mercado internacional, e ao mesmo tempo procurava diminuir o predomínio do modelo agroexportador, apoiando o crescimento industrial.
  • Não houve um projeto varguista de desenvolvimento que serviu de base para as políticas desse período, mas tal projeto, foi sendo construído em cima dos acontecimentos, respondendo aos desafios conjunturais e as várias demandas econômicas e políticas.
  • As taxas de crescimento da produção industrial, apresentam dois picos de desenvolvimento: ( 1927/28 e 1933/36) períodos que vão da primeira guerra mundial ao fim da segunda.
  • As taxas referentes ao produto industrial e o PIB, evoluem em ziguezague, mostrando o grau de instabilidade da economia.
  • Outras políticas de desenvolvimento industrial desse período, repercutiram favoravelmente: a regularização do trabalho através da introdução da legislação do trabalhista, da regulamentação sindical e das leis previdenciárias e a organização corporativista da indústria.

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