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A IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO DA LIBRAS (LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS) COMO DISCIPLINA NAS ESCOLAS PÚBLICAS NO BRASIL

Por:   •  1/12/2017  •  Artigo  •  2.521 Palavras (11 Páginas)  •  611 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO DA LIBRAS (LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS) COMO DISCIPLINA NAS ESCOLAS PÚBLICAS NO BRASIL

Leidiani Campos Francebilio[1]

RESUMO

Todas as pessoas possuem direito de pleno acesso aos recursos necessários para seu desenvolvimento e sobrevivência como saúde, educação, trabalho, lazer, etc. Sejam elas portadoras ou não de necessidades especiais. Porém ao se estudar a história nota-se que aquelas pessoas com necessidades especiais eram julgadas incapazes de realizar alguns tipos de atividades sendo assim excluídas da sociedade. Alguns eram até colocados em asilos, sem direito principalmente ao acesso a educação e trabalho. Este artigo tem por objetivo salientar a importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras), língua usada pelos surdos no Brasil como disciplina nas escolas públicas do Brasil. Pesquisa está realizada através de estudos bibliográficos. Contribuindo assim para que o processo de Inclusão de pessoas surdas e sociedade se concretizem mais rapidamente.

PALAVRAS-CHAVES: Libras, Escola, Inclusão.  

 

INTRODUÇÃO

De acordo com a história durante muitos anos as pessoas surdas não tinham valor perante a sociedade. Elas eram tidas como incapazes sendo afastadas do convívio social. Alguns acreditavam que os que nasciam com a surdez tinham sido castigados por deuses, sendo assim dignas de piedade e sem o direito a educação. Somente em 1990 iniciou-se uma política forte de inclusão de pessoas com deficiência marcada pela Declaração de Salamanca onde em seu texto diz que:

Principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola. (BRASIL, DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. 1994, p.05)

A educação de pessoas surdas no Brasil é um tema que ao longo do tempo vem alcançando grande repercussão, porém se tratando das escolas ainda enfrenta algumas problemáticas como, por exemplo, o fato de que nem todas as escolas públicas possuem a Libras como disciplina curricular. Na atualidade a importância que se dá a tal tema nas escolas é somente quando na mesma tem algum aluno surdo matriculado. Entendendo assim que a Libras só se faz necessária na vida da pessoa surda, o que não é verdade. O aluno ouvinte também precisa fazer parte deste contexto.

O direito a educação não deve ser restrito somente a uma classe de pessoas. A Constituição Federal de 1998 traz em seu artigo 208, Inciso III, que o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, deve se dar preferencialmente na rede regular de ensino”  (Brasil, 2017, p. 160).

O presente estudo tem como temática principal mostrar a importância da Língua   Brasileira de Sinais como disciplina nas escolas públicas, facilitando a inclusão de alunos surdos no processo de ensino aprendizagem e possibilitar o convívio social de pessoas surdas com os que não possuem deficiência auditiva. Aonde chegasse ao seguinte questionamento: Com a inserção da Libras no currículo escolar o aluno surdo passa a ter menos dificuldade de aprendizagem.

A hipótese alcançada a partir deste questionamento é que a inclusão da Libras no âmbito escolar faz com que o aluno surdo seja visto com outro olhar. Não mais com que aquela visão preconceituosa de inferioridade de inteligência e também a facilitação do processo de comunicação entre surdos e ouvintes.

É importante destacar que não basta apenas incluir a disciplina de Libras e o aluno com necessidades educativas especiais nas escolas sem que as mesmas estejam devidamente preparadas e adaptadas às necessidades dos estudantes. Ou seja, é necessário que haja profissionais capacitados. Visto que existem leis que reconhece a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais como A lei 10.436 que “reconhece a Língua Brasileira de Sinais Libras como meio legal de comunicação e expressão, e torna obrigatória sua adoção, pelo poder público em geral e por empresas concessionárias de serviços públicos".

A pesquisa é de caráter bibliográfico tendo como base teórica alguns autores de livros e artigos que abordam educação especial e o ensino e a inclusão de Libras no contexto escolar. Busca-se deixar mais evidente que o processo de inclusão se dá de forma mais rápida e coerente quando o ensino de Libras começa a fazer parte da vida do aluno desde as séries iniciais do ensino Fundamental seja surdo ou não.

Serão abordados também alguns pontos relacionados à história da educação dos surdos, a aquisição de conhecimentos e a Língua de sinais.O que me motivou a escolher este tema foi à dificuldade de aprendizagem do aluno surdo e a dificuldade de comunicação entre surdo e sociedade onde o maior meio de comunicação entre as pessoas é a linguagem oral. Inserindo a Linguagem Brasileira de Sinais no contexto escolar faria com que o aluno surdo aprendesse o conteúdo mais facilmente e aluno ouvinte aprenderia a Libras desde pequeno facilitando assim essa comunicação. E apesar de muito tempo ter se passado e  o ensino e Libras ter tido alguns avanços esse é um tema que ainda requer muita atenção e muito ainda deve ser alcançado em se tratando da educação da pessoa surda.

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS

É de estrema importância que se conheça base histórica da Língua de Sinais e da educação dos surdos para dar início a este estudo. A primeira escola para surdos, que atendia pelo nome de Instituto Nacional de jovens surdos de Paris foi fundada pelo francês Abbé L’Épée na França. A partir da convivência com duas irmãs gêmeas surdas ele percebeu que elas tinham uma língua própria e assim começou a pesquisar e analisar outras crianças surdas. Com isso o francês percebeu que poderia desenvolver o aprendizado com elas através da língua de sinais. Como o trabalho de L’Épée estava dando resultado o rei da França financiou a primeira escola pública na França. L’Épée morreu em 1789.

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