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A Importância na brincadeira infantil

Por:   •  16/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.310 Palavras (18 Páginas)  •  306 Visualizações

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CAPITULO II

A CRIANÇA E OS SABERES PEDAGOGICOS SOBRE A BRINCADEIRA

1 A importância do brincar na educação infantil

O brincar é uma ação livre, que surge a qualquer hora, iniciada e conduzida pela criança, dá prazer não exige como condição um produto final, relaxa e envolve e desenvolve habilidades.

Segundo Machado (1999), a primeira referência que a criança tem é a mãe, depois os adultos de dela cuidam assim o ambiente familiar é muito importante para a criança onde surgirão as primeiras brincadeiras para que a criança aprenda a ser criança. Antes de brincar com qualquer brinquedo, o bebê brinca com seu próprio corpo e é através do brincar que o bebê vai descobrindo o seu eu, ou seja, o bebê perceberá que ele é uma pessoa e a mãe é outra. Outra brincadeira que os bebês fazem é a utilização do próprio corpo som que sai da sua boca, são os balbucios as primeiras notas musicais, comunicando-se com os demais.Mas para que isso se fundamente é preciso que o adulto que deles cuidem estejam dispostos a estimulá-los. Para que a criança progrida, ela precisa ser ouvida e respeitada, o adulto precisa esperar a hora certa de intervir e através desse respeito mútuo será criado um laço de afetividade. O adulto precisa ter claro que cada brincadeira é uma nova descoberta.

A criança quando brinca ela acaba construindo uma visão de mundo, recriando suas fantasias e acaba criando uma ligação facilitando a comunicação do imaginário.

Vygotsky (1998) afirma que não é possível ignorar que a criança satisfaz algumas necessidades por meio da atividade do brincar. As pequenas tendem a satisfazer seus desejos imediatamente, e o intervalo entre desejar e realizar, de fato, é bem curto. Já as crianças entre dois e seis anos de idade são capazes de inúmeros desejos, e muitos não podem ser realizados naquele momento, mas posteriormente por meio de brincadeiras. Vygotsky (1998) diz que,

(...) se as necessidades não realizáveis imediatamente, não se desenvolvessem durante os anos escolares, não existiriam os brinquedos, uma vez que eles aparecem ser inventados justamente quando as crianças começam experimentar tendências irrealizáveis (p.106).

Com isto, no espaço da sala de aula, a criança procura satisfazer seus desejos não realizáveis imediatamente envolvendo-se em um mundo imaginário, onde os não realizáveis podem ser concretizados; a este mundo é que se chama de brincadeira. O autor concebe a imaginação como:

(...) um processo psicológico novo para a criança em desenvolvimento; representa uma forma especificamente humana de atividades consciente, não está presente na consciência de crianças muito pequenas e está totalmente ausente em animais. Como todas as funções da consciência, ela surge originariamente da ação e na interação com o outro (p.106).

A importância do brincar no desenvolvimento infantil reside no fato de esta atividade contribuir para a mudança na relação da criança com os objetos, pois estes perdem sua força determinadora na brincadeira. “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê. Assim, é alcançada uma 1998, p.127).    

2 O BRINCAR COMO FACILITADOR DE APRENDIZAGEM

O professor em sua formação acadêmica aprende muita teoria do desenvolvimento, sobre infância, e sobre o brincar, mesmo diante desse conteúdo não á uma ligação direta com a prática pedagógica.

O que percebemos que o professor na prática não costuma usar a brincadeira como uma forma de aprendizagem, talvez porque desconheça ou porque “é mais fácil” ensinar de forma tradicional.

De acordo com Resende (1999):

“Não queremos uma escola cuja aprendizagem esteja centrada nos homens de “talentos”, nem nos gênios, já rotulados. O mundo está cheio de talentos fracassados e de gênios incompreendidos, abandonados á própria sorte. Precisamos de uma escola que forme homens, que possam usar seu conhecimento para o enriquecimento pessoal, atendendo os anseios de uma sociedade em busca de igualdade de oportunidade para todos”.

A escola tem o papel de proporcionar a aprendizagem de forma prazerosa, na forma de que o aluno tenha motivação de aprender, principalmente na educação infantil, onde a criança sente a necessidade de se desenvolver através da brincadeira.

Piaget (1975) apud Cória-Sabini (1998) crítica os métodos tradicionais de ensino, aquilo que o professor transmite fica sem ser compreendido pela criança e não torna um instrumento útil que possa ser aplicado em diferentes situações, fora e dentro da sala de aula.Defende o método ativo de ensino, isto é, aquele que sabe estabelecer dialogo com as características do pensamento infantil, coloca que a sala de aula deve ser um espaço aberto onde a cooperação se torne a tônica nas relações entre professor e o aluno e que o aluno sinta prazer em perceber o que está sendo projetado.

Piaget (1975) afirma que é o lúdico é um meio poderoso para aprendizagem tanto da leitura como do cálculo ou da ortografia, os jogos e brincadeiras são instrumentos que mais favorecem o intercâmbio entre o pensamento e a realidade,promovendo assim, o desenvolvimento da cognição.Piaget (1998) afirma que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável á prática educativa. As brincadeiras permitem as crianças identificar, classificar, agrupar, ordenar, seriar, simbolizar, combinar e estimular, e, ao mesmo tempo, desenvolvem a atenção, a concentração, melhorando a expressão corporal e a postura.

O brincar tem que estar ligado ao aprender, pois o mesmo gera um ambiente facilitador para a aprendizagem.

Para Rocha (2000, p. 48) sobre o papel do professor coloca que: “Ao professor cabe organizar o brincar e, para isto, é necessário que ele conheça suas particularidades, seus elementos estruturais, as premissas necessárias para o seu surgimento e desenvolvimento”.

Assim o professor deve contemplar o brincar como norteador das atividades didático-pedagógico.  

A VISÃO DO BRINCAR E APRENDER NA VISÃO DE PEAGET E VYGOTSKY

Piaget e Vygotsky contribuíram muito para o estudo desenvolvimento do brincar, porém há algumas divergências no que se refere ao jogo.

Ao longo da sua extensa obra, Piaget utilizou-se de jogos, para investigar diferentes questões. Piaget (1974) mostra claramente em suas obras que os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Segundo Kishimoto (1996) a teoria piagetiana adota a brincadeira como conduta livre, espontânea, que a criança expressa por sua vontade e pelo prazer que lhe dá.

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