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A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Por:   •  20/2/2018  •  Dissertação  •  2.957 Palavras (12 Páginas)  •  216 Visualizações

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RESUMO DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

AULA 1

A Psicologia estuda o comportamento humano e é através do comportamento que expressamos nossas manifestações interiores. Ela se preocupa com as manifestações de nosso inconsciente. A subjetividade humana é a síntese singular e individual que cada um vai constituindo conforme vai se desenvolvendo e vivenciando experiências da vida social e cultural. Nossa subjetividade é o que constitui o nosso modo de ser, nossa maneira particular de sentir, de pensar, de fazer. Nossa subjetividade é o que nos faz únicos. Ela envolve as capacidades sensoriais, afetivas, imaginativas e racionais de uma determinada pessoa (“mundo interno”) e é inserido no “mundo externo”, na sua relação social com outras pessoas e no meio em que vive que o homem vai organizar o seu universo de valores e significados, que por sua vez, vão moldar suas capacidades imaginativas, racionais e afetivas. Sua personalidade vai sendo formada através de valores morais e éticos que vão sendo adquiridos e transformados através do meio familiar e das influências do meio externo que o cerca.

AULA 2

INATISMO – A concepção inatista parte do pressuposto de que as qualidades e capacidades básicas de cada ser humano como sua personalidade, seus valores, hábitos e crenças, sua forma de pensar, suas reações emocionais e mesmo sua conduta social já se encontrariam basicamente prontas após o nascimento, sofrendo quase nenhuma transformação ao longo da existência. No inatismo não há possibilidade de mudança. O papel do ambiente, da educação e do ensino, é tentar interferir o mínimo possível no processo de desenvolvimento espontâneo da pessoa, desenvolvendo potencialidades e habilidades apenas nas qualidades que o indivíduo já possui. É uma possibilidade de aflorar, estimular algo que ele já possui.

AMBIENTALISMO – O desenvolvimento humano resulta das forças do ambiente que funcionam como estímulos para ele e das experiências que ele vive. O homem vai acumulando conhecimentos a partir das sensações e das experiências que lhe ocorrem. A aprendizagem, assim, é concebida como um processo de experiência e também como o resultado da experiência vivida pelo sujeito em seu contato com o meio. Pode assim ser entendida como processo pelo qual o comportamento é modificado com o resultado da experiência através de situações de estímulo (força desencadeante), resposta (conduta desencadeada) e reforço (o que consolida uma conduta), levando em conta o estado fisiológico e psicológico do indivíduo. A organização das condições para que a aprendizagem ocorra exige clareza a respeito dos objetivos que se quer alcançar, a estipulação da sequência de atividades que levarão ao objetivo proposto e a especificação dos reforçadores que serão utilizados. Na concepção ambientalista há a possibilidade da apdz ser condicionada e o papel do professor valorizado, com isso o professor pode fazer uso de vários artifícios para reforçar positivamente (elogios, notas, diplomas, premiações e etc) os comportamentos esperados.

AULA 3

CONCEPÇÃO INTERACIONISTA: PIAGET E VYGOTSKI – A concepção interacionista de desenvolvimento apoia-se na ideia de interação entre organismo e meio e vê a aquisição  de conhecimento como um processo construído pelo indivíduo durante toda a vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente graças as pressões do meio. É através da interação com outras pessoas, adultos e crianças que, desde o nascimento, o bebê vai construindo suas características (seu modo de agir, depensar, de sentir) e sua visão de mundo (seu conhecimento).

TEORIA DE PIAGET – Piaget partiu de uma concepção de desenvolvimento envolvendo um processo contínuo de trocas entre o organismo vivo e o meio ambiente. Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo do indivíduo ocorre através de constantes desequilíbrios e equilibrações. Dois mecanismos são acionados para alcançar um novo estado de equilíbrio. O primeiro recebe o nome de assimilação. Através dele o organismo, sem alterar suas estruturas, desenvolve ações destinadas a atribuir significações, a partir da sua experiência anterior, aos elementos do ambiente com os quais interage. O outro mecanismo, através do qual o organismo tenta restabelecer um equilíbrio superior com o meio ambiente, é chamado de acomodação. Agora, entretanto, o organismo é impelido a se modificar, a se transformar para se ajustar às demandas impostas pelo ambiente. Piaget definiu o desenvolvimento como sendo um processo de equilibrações sucessivas. Segundo Piaget, o desenvolvimento passa por quatro etapas distintas: a sensoriomotora, a pré-operatória, a operatório-concreta e a operatório-formal.

  • A ETAPA SENSORIOMOTORA – Vai do nascimento até, aproximadamente, os dois anos de idade. Nela, a criança baseia-se exclusivamente em percepções sensoriais e em esquemas motores para resolver seus problemas, que são essencialmente práticos como bater numa caixa, pegar um objeto, jogar uma bola etc.
  • A ETAPA PRÉ-OPERATÓRIA – A etapa pré-operatória é marcada, em especial, pelo aparecimento da linguagem oral, por volta dos dois anos. Ela permitirá à criança dispor, além da inteligência prática construída na fase anterior, da possibilidade de ter esquemas de ação interiorizados, chamados de esquemas representativos ou simbólicos, ou seja, esquemas que envolvem uma ideia preexistente a respeito de algo. É capaz de formar, por exemplo, representações de avião, de papai, de sapato, de que não se deve bater em outra criança etc. O pensamento pré-operatório indica, portanto, inteligência capaz de ações interiorizadas, ações mentais. As ações nesse período, embora internalizadas, não são ainda reversíveis.
  • A ETAPA OPERATÓRIO-CONCRETA – Por volta dos sete anos de idade. As ações interiorizadas vão se tornando cada vez mais reversíveis e, portanto, móveis e flexíveis. O pensamento se torna menos egocêntrico. Além disso, o pensamento é denominado operatório porque é reversível. Nesse período o pensamento é denominado concreto porque a criança só consegue pensar corretamente nesta etapa se os exemplos ou materiais que ele utiliza para apoiar seu pensamento existem mesmo e podem ser observados. A criança não consegue ainda pensar abstratamente.
  • ETAPA OPERATÓRIO-FORMAL – A principal característica dessa etapa reside no fato de que o pensamento se toma livre das limitações da realidade concreta, ou seja, a partir dos 13 anos de idade, a criança já se torna capaz de pensar de modo lógico e correto mesmo com um conteúdo de pensamento incompatível com o real. Nesse estágio a tônica incide na capacidade de “abstração total”. A criança consegue articular racional e logicamente sequências/estruturas lógicas, através das quais ela busca soluções “a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade”. Há 4 fatores básicos responsáveis pela passagem de uma etapa de desenvolvimento mental para a seguinte: a maturidade do sistema nervoso, a interação social, a experiência física e a equilibração.

AULA 4

A TEORIA DE VYGOTSKY – Encontra-se uma visão de desenvolvimento baseada na concepção de um organismo ativo, cujo pensamento é construído paulatinamente num ambiente que é histórico e social. Vygotski defende a ideia de contínua interação entre as mutáveis condições sociais e a base biológica do comportamento humano. Os gestos e a fala da mãe desempenham o papel de sinais externos, os quais vão interferir diretamente no modo pelo qual a criança “age sobre seu ambiente”, esta torna-se assim um ser-agente e por isso mesmo um ser-ativo. A atividade infantil fruto da “interiorização progressiva das orientações advindas do meio social”, segundo Vygotski, só pode ocorrer se o processo de internalização não se faça “de forma linear”. O processo de internalização é, ao contrário, um processo ativo, no qual a criança apropria-se do social de uma forma particular. Para Vygotski o processo de formação do pensamento é, portanto, despertado e acentuado pela vida social e pela constante comunicação que se estabelece entre crianças e adultos, a qual permite a assimilação da experiência de muitas gerações. Ao questionar a interação entre apdz e desenvolvimento, Vygotski ressalta a capacidade que tem o ser humano de entender a utilizar a linguagem. Por esse caminho “vê a inteligência como habilidade pra aprender, desprezando teorias que concebem a inteligência como resultante de apdz prévias, já realizadas”. O ponto central do vínculo, em questão, ocorreria, segundo ele, em torno da criação de uma “zona de desenvolvimento potencial (proximal)” que se define pela distância entre o nível de desenvolvimento atual determinado pela capacidade de solução, sem ajuda, de problemas e o nível potencial de desenvolvimento, medido através da solução de problemas, sob a orientação ou em colaboração da criança com outras mais experientes. A zona de desenvolvimento potencial explicaria os diferentes padrões de interação cognitiva presentes em ambientes sociais distintos.

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