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A Psicologia da Educação

Por:   •  20/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.136 Palavras (21 Páginas)  •  276 Visualizações

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Psicologia da educação

Introdução:

  • Psicologia: estudo científico do comportamento e dos processos mentais, tornando sua contribuição ainda maior para o entendimento do ser humano e de sua existência.

  • Subjetividade: fatores que formam o jeito de ser do ser humano (comportamento, sentimento, porque somos o que somos e porque somos todos assim); síntese singular e individual de cada indivíduo.

  • Psicologia da Educação: um dos interesses da Psicologia era investigar como se processava a relação do desenvolvimento com a aprendizagem do homem em sua primeira idade: a criança. Assim se institucionalizou a escola para que ela pudesse aprender.

  • O educador utiliza-se de conhecimentos psicológicos para poder instrumentar-se e verificar que tipo de anacronismo envolve o processo de ensino-aprendizagem.

  • O objetivo central do nosso curso é instrumentar futuros profissionais, para atuação na educação, onde quer que ela ocorra em escolas, nos diversos níveis, ou mesmo numa empresa.

  • Cabe ao educador perceber os comportamentos, verificando lhes interferências no processo de ensino-aprendizagem e encaminhando o aprendiz para um profissional competente.

RAÍZES HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA

  • A aprendizagem constitui um dos principais objetos de preocupação dos cientistas. A maior parte dos comportamentos e conhecimentos exibidos pelos indivíduos é aprendida. O ensino em escolas de todos os níveis e de qualquer modalidade, o treinamento e o desenvolvimento são metas que só podem ser alcançadas se ocorrer aprendizagem em cada pessoa envolvida.  

  • Para Sócrates o homem ao voltar-se para si mesmo chegaria à sabedoria, alcançando a auto realização. Sócrates concebia o homem por meio de dois princípios: alma (espírito) e corpo. Defensor do diálogo como método de educação, considerava muito importante o contato direto com os interlocutores. Para Sócrates, ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir-se os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio.

  • Platão: foi o maior discípulo de Sócrates. Segundo o filósofo, a verdadeira aprendizagem começa com um estado de espanto ou perplexidade impelindo a pessoa ao esforço do conhecimento. Quando você se espanta diante de algo, o acontecimento força você a pensar no que está ocorrendo, possibilitando conhecê-lo. Daí o seu princípio fundamental acerca da aprendizagem humana, pois, para Platão, cada um é responsável por sua própria aprendizagem. Como Sócrates, Platão rejeitava a educação elitista que se praticava na Grécia em sua época. A busca da virtude deve prosseguir pela vida inteira. Educar é imprescindível para uma ordem política baseada na justiça, devendo ser a tarefa de toda a sociedade. Platão defendia que os alunos buscassem as respostas, procurando pensar sobre as respostas a partir de perguntas mobilizadoras. A pedagogia de Platão se aproxima de sua filosofia, em que a busca da verdade é mais importante do que dogmas incontestáveis.

  • Aristóteles: deixou um variado número de assuntos relacionados às ideias psicológicas, como: memória, sensação, sono, sonhos. Aristóteles ressalta a importância do exercício na aprendizagem, pois isso reforça a memória, por meio da imitação, repetição mental. Segundo ele, os bons hábitos formavam-se nas crianças pelo exemplo dos adultos.

  • Marco Túlio Cícero: era preocupado com a necessidade de observação e reflexão e a importância de uma base educacional pautada na cultura geral, uma vez que criticava o ensino mecânico e superficial.

  • Marcus Fabius Quintilianus: acreditava que o ambiente e as pessoas que cercam a criança desde seus primeiros anos de vida eram essenciais para seu aprendizado e seu desenvolvimento, acreditava que os jogos eram vantajosos para a educação infantil e ensino individualizado. O ensino deve ser vigoroso e rigoroso. A importância do exercício como o segredo de uma boa memória. Quintiliano trata da educação fundamental e como se organizava a vida na Roma de seu tempo; recomenda que se ensinem, simultaneamente, os nomes das letras e as suas formas, é contrário aos castigos físicos; recomenda a emulação como incentivo para o estudo; e sugere que o tempo escolar seja periodicamente interrompido por recreios, já que o descanso é, na sua opinião, favorável à aprendizagem.

  • Aurélio Agostinho: acreditava na iluminação interior como condição básica para a aprendizagem. Não cabe aos professores ensinar nada, mas apontar os ensinamentos por meio da provocação e do estímulo. Agostinho propunha que os professores ensinassem com calma e satisfação, sem aulas enfadonhas e chata.

  •  São Tomás de Aquino: adquirimos conhecimento por duas vias: interior, no caso de quem procura aprender por meio de sua própria busca. Exterior, no caso de quem busca o aprendizado por meio da instrução de alguém. Portanto, para aprender, deve-se respeitar a capacidade de aprender de cada um.

  • João Amós Comênio: foi o precursor do ensino audiovisual e da pedagogia moderna; acreditava que o sistema escolar deveria ser aberto a todas as crianças dos 6 aos 12 anos; e dava importância à inteligência, à imaginação e à memória. Para os jovens dos 12 aos 18 anos, deveria existir a escola secundária, que se preocuparia com os órgãos sensoriais e a fala, e finalmente para os jovens de 18 a 25 anos, estudos mais aprofundados e específicos. A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não como um missionário.

  • Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas. O empirismo é descrito/caracterizado pelo conhecimento científico e a sabedoria é adquirida  por percepções; pela origem das ideias, por onde se percebe as coisas, independentemente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito, por onde fixamos na mente o que é percebido, atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito, que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão, que não vê diferença entre o espírito e extensão, como propõe o Racionalismo; e, ainda, pela matemática, como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.

  • John Locke: acreditava que a mente de uma criança recém-nascida era uma tábula rasa, uma lousa limpa. Para ele, todo o conhecimento era adquirido por meio de experiências sensoriais. A aprendizagem e a memória dependem da associação de ideias, já que estas se sucedem no pensamento em virtude de ligações naturais ou racionais. Concebia que a criança teria sua mente como uma tela em branco, que o professor deveria preencher, fornecendo informações e vivências. Para Locke o aprendizado depende primordialmente das informações e vivências às quais a criança é submetida e que ela absorve de modo relativamente previsível e passivo. É, portanto, um aprendizado de fora para dentro. O conhecimento seria atingido somente pela razão. Os princípios morais derivariam de considerações a respeito do que é vantajoso para o indivíduo e para a coletividade.  A educação teria um papel imprescindível para a formação da criança, que sozinha não teria condições de aprender.

Conclusões:

  • Como pedagogos, não realizaremos uma análise clínica dos comportamentos de nossos alunos, mas faz-se necessário observarmos, atenta e sensivelmente, suas atitudes, comportamentos, aprendizagens e interações. Nosso objetivo é favorecer o processo de desenvolvimento integral das crianças e jovens com quem trabalhamos, tendo como apoio as investigações sobre as aprendizagens. O ensino em escolas de todos os níveis e modalidades, o treinamento e o desenvolvimento são metas que só podem ser alcançadas se ocorrer a aprendizagem em cada pessoa envolvida.

  • O ensino e a aprendizagem possuem grande importância no cenário escolar. Não são processos exclusivamente formais, sistemáticos, planejados e executados estritamente de acordo com normas, objetivos e instrumentos específicos significa criar ou nutrir – fazer sair, lançar, criar, amamentar. Importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando, afinam e desafinam.

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO NA CONSTRUÇÃO DA PERSONALIDADE

  • Muitos psicólogos definem a personalidade como um padrão singular de pensamentos, sentimentos e comportamentos de um indivíduo, que persiste através do tempo e das situações.

  • Teoria psicanalítica considera o comportamento em termos dos relacionamentos dinâmicos do id, do ego e do superego.

  • Teoria psicodinâmica sobre a construção da personalidade de Sgmund Freud (1856-1939). Foi criada para designa o estudo da energia psíquica e de sua transformação e manifestação no comportamento. Freud destaca dois momentos distintos no modo como a mente funciona: o consciente, em que o livre-arbítrio impera, o que significa que o indivíduo tem clareza e decide sobre o que vai fazer; e o inconsciente, no qual o livre- arbítrio não opera, o indivíduo não comanda de forma racional seu comportamento, são seus instintos e impulsos que falam mais alto.

  • Estruturas da personalidade: a personalidade é formada a partir de três estruturas: o Id, o Ego e o superego. Id, a única estrutura presente no nascimento, é completamente inconsciente. Ego: mecanismo psíquico que controla todas as atividades do pensamento e do raciocínio. Superego: esse mecanismo não está presente quando nascemos, ele é moral, é adquirido ao longo da convivência em sociedade.

  •  Desenvolvimento da Personalidade: o desenvolvimento da personalidade na teoria de Freud concentra-se na maneira como satisfazer o instinto sexual no decorrer da vida. Fases psicossexuais, caracterizadas por mudanças no modo de gratificação básico: oral, anal, fálica, de latência e genital.

  • Teorias humanistas: Freud acreditava que a personalidade surgia da resolução de conflitos inconscientes e das crises do desenvolvimento.

  • Teoria humanista da personalidade: defende que somos positivamente motivados e progredimos em direção a níveis mais altos de funcionamento.

  • Carl Rogers (1902-1987) defendia que os homens e as mulheres desenvolvem suas personalidades a serviço de objetivos positivos.

  • Pessoa com funcionamento pleno é aquela descrita por Rogers como o ideal do crescimento, intimamente relacionada com a congruência; o crescimento saudável é caracterizado pela abertura, por um grau elevado de espontaneidade, de solidariedade e de autocontrole. Self, para Rogers, é uma estrutura perceptual fluída baseada em nossas experiências de nosso próprio ser. Reflete nossa visão de ‘quem nós somos’ em um determinado momento e é influenciado por todos aqueles fatores que moldam a percepção em geral, incluindo as experiências passadas, a situação presente e nossas experiências para o futuro. Tendência para a realização, na teoria de Rogers, é um impulso inato que reflete o desejo de crescer, de se desenvolver e de melhorar as próprias competências. É a tendência para a realização que estimula a criatividade, que nos leva a buscar novos desafios e habilidades, e que motiva o crescimento saudável em todos os múltiplos aspectos de nossas vidas.” (GLASSMAN; HADAD, 2008)

  • “Necessidade de Aceitação é uma necessidade de contatos sociais positivos, como o amor, que Rogers considerava universais. Aceitação incondicional ou consideração positiva incondicional é a aceitação e a consideração dadas a uma pessoa como ser humano, sem impor condições sobre o modo como a pessoa se comporta. Aceitação Condicional ou consideração positiva condicional é a aceitação e a consideração dadas a uma pessoa apenas, se ela satisfaz determinados padrões de comportamento.” (GLASSMAN; HADAD, 2008).

  • Rogers é otimista em relação ao crescimento humano ao descrever as características de um sujeito em pleno funcionamento. Já Freud enfatiza a importância do determinismo psíquico e das pulsões inatas, o papel da mente inconsciente e a continuidade dos comportamentos normal e anormal. O caso de Francisca, à luz das teorias estudadas, convida-nos a pensar sobre a responsabilidade do educador, em relação a oferecer condições nas quais as crianças sejam aceitas em suas potencialidades e características pessoais. Também nos indica a importância de trabalhar respeitosamente com as diferenças pessoais, no sentido de instrumentalizar nossos alunos para realizar suas escolhas e construir sua autonomia de maneira gradual e saudável.

EXERCÍCIO PARA REFLEXÃO: O CASO DE FRANCISCA

  • Teoria psicodinâmica de Sigmund Freud: se ele fosse terapeuta de Francisca teria concluído que ela não resolveu seu complexo de Electra. Ele teria formulado a hipótese que o relacionamento com o pai era gratificante fora do comum. As brigas com a mãe só foram cessar quando ela já estava completando seus 7 anos e a frieza como continua o relacionamento com sua mãe é a incomum proximidade com seu pai. Teria confirmado que Francisca não resolvera seu complexo de Electra. Ele também teria previsto a dificuldade em progredir em relacionamentos sexuais maduros com outros homens mesmo que esses se tornassem sérios. Se o terapeuta fosse Rogers, partindo da Teoria Humanista, ele concentraria na discrepância entre o autoconceito de Francisca e suas capacidades inatas. Lembrando que quando tinha 13 anos, não podia ser ela mesma, e demostrar seus sentimentos. Rogers também suspeitaria que o amor e a aceitação por ela era condicionado com os ideais de seu pai. Possivelmente o amor do pai estava condicionado ao fato de atingir os objetivos que ele havia traçado para ela.

NATUREZA DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO

  • A aprendizagem é um dos principais objetos de preocupação dos cientistas nos laboratórios de psicologia de universidades que estudam a vida mental e o comportamento. Ao longo do processo de desenvolvimento cada ser adquire uma infinidade de competências que se resultam de aprendizagem de modo intencional, planejado, espontâneos e até acidentais. O ensino de qualquer modalidade só é alcançado quando ocorre a aprendizagem das pessoas envolvidas. A aprendizagem e o ensino são processos intimamente ligados, a escola é o local onde se reúne para ensinar e aprender. A aprendizagem não corresponde a um único tipo especifico de atividade, mas sim uma mudança que ocorre no organismo durante muitos tipos de atividades, um processo interno e pessoal que acontece dentro do aprendiz. Durante o processo de desenvolvimento o ser humano adquire de forma gradual uma infinidade de competências, regras, informações e maneira de lidar com as pessoas.        

APRENDIZAGEM E O CENÁRIO ESCOLAR

  • A importância que assume o cenário escolar não significa que a aprendizagem e o ensino pertençam somente a esse domínio. No dia a dia em ações cotidianas existe aprendizagem. Como no simples fato de uma criança comer com talheres. Só que nem tudo que se aprende é bom, a aprendizagem gera tanto a aquisição de coisas boas quanto hábitos, ideias e habilidades questionáveis e até mesmo prejudiciais para sociedade como um todo. A capacidade de aprender de uma criança dos tempos atuais não são maiores do que as do paleolítico superior porem os adultos em que se transformam no decorrer da vida são profundamente diferentes, isso pela diferença decorrente da aprendizagem.

A APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA HUMANA

  • A aprendizagem é um processo tão frequente que nos acompanha pela vida toda. Pesquisas comprovam que ela começa na vida intrauterina e vai até o fim da vida. A cada dia se vê a existência de cursos e programas de aprendizagem para idosos, comprovando assim que a aprendizagem se dá pela vida toda.

A APRENDIZAGEM NA PSICOLOGIA CONTEMPORÂNEA

  • Como dissemos, tradicionalmente, a Psicologia trabalhou com duas grandes correntes nesse campo da aprendizagem: as teorias do condicionamento e as teorias cognitivistas. No primeiro grupo – teorias do condicionamento – estão as contribuições que definem a aprendizagem por suas consequências comportamentais e enfatizam as condições ambientais como força propulsora da aprendizagem. A aprendizagem aqui é conexão entre um estímulo e uma resposta. Completada a aprendizagem, estímulo e resposta estão de tal forma associados que o aparecimento do estímulo evoca a resposta. Para os teóricos do condicionamento, a transferência da aprendizagem, que permite solucionar novas situações, é realizada quando evocamos hábitos passados apropriados para o novo problema.

  • A Educação é um conjunto de experiências pessoais ativas, dinâmicas e mutáveis, por meio das quais o indivíduo seleciona, absorve e incorpora informações, relacionando-as, reorganizando-as e expressando-as, para criar novas informações e orientar suas ações, agindo junto a outras pessoas e modificando o ambiente.

EDUCAÇÃO/APRENDIZAGEM

  • As definições convencionais de educação limitam-se à espécie humana e a caracterizam como processo total por meio do qual o indivíduo, em interação com a cultura em que vive, desenvolve sua compreensão da realidade e assimila conhecimentos, técnicas, crenças, atitudes e valores. Educação originou-se do latim educatio, educationis. Entre os antigos romanos, educare significava criar ou nutrir crianças e estava ligado a outro verbo: educere – fazer sair, lançar, criar, amamentar.

  • Os fins da educação referem-se à promoção de uma pessoa bem integrada, capaz de assumir um papel responsável e ativo na sociedade.

TIPOS DE APRENDIZAGEM

  • Características Psicológicas Gerais da Aprendizagem

  • Aprendizagem e Processamento de Informações: os psicólogos cognitivos, que concebem a aprendizagem em termos de processamento humano de informação, estudam como o ser humano assimila informações a partir do ambiente em que se encontra, transforma essas informações graças a processos centrais no sistema nervoso e usa as informações transformadas para tomar decisões, agir, lidar com objetivos, interagir com outras pessoas, solucionar problemas, modificar o ambiente, inventar, criar, descobrir.

  • Aprendizagem por Condicionamento Clássico (ou Condicionamento Pavloviano ou, ainda, Condicionamento Respondente): segue um procedimento básico, descrito pelo fisiologista russo Ivan Pavlov, em fins do século XIX. Pavlov condicionou a salivação no cão em resposta a estímulos inicialmente neutros, auditivos ou visuais. A aprendizagem por condicionamento clássico depende de algum reflexo fisiológico preexistente no organismo, controlado pelo sistema nervoso autônomo, como a salivação, a contração pupilar à luz, a piscada quando um sopro de ar atinge o olho, o reflexo patelar e outros, sob a forma de conexão entre estímulo e resposta.

  • Condicionamento Operante: o segundo tipo de aprendizagem associativa a que se refere Hilgard é conhecido como condicionamento operante. Tem por fundamento os procedimentos, conceitos e princípios desenvolvidos nos EUA, desde fins da década de 1930, por B. F. Skinner. A palavra ‘operante’ significa que o comportamento atua, age ou opera no ambiente, a fim de produzir algum efeito.

  • Aprendizagem de Resposta Múltipla: é a aprendizagem de resposta múltipla. Refere-se à aquisição de padrões ou sequências de respostas na realização de uma tarefa, como, por exemplo, na aprendizagem de uma habilidade motora ou na decoração de uma poesia.

  • Aprendizagem Cognitiva: designa formas de aprendizagem mais complexas, nas quais a percepção, a compreensão de relações significativas e o conhecimento são críticos, muito mais do que o estabelecimento de associações entre estímulo e resposta.

TEORIAS DE APRENDIZAGEM: ASSOCIACIONISTAS, S-R OU COMPORTAMENTAIS

  • O conexionismo de Thordike Psicologo Eduward L.Thorndike defende a teoria da aprendizagem segundo o modelo associacionista de estímulo resposta. Conhecida como conexionismo, afirma que um habito é adquirido por ensaio e erro.

  • Três leis ou princípios gerais da aprendizagem

  • Lei da Prontidão: uma impressão sensorial se associa a um impulso para agir.

  • Leia do Exercício: as associações entre estimulo e resposta são fortalecidas com a prática ou repetição dessas associações; exercitar uma conexão entre estimulo e uma resposta fortalecera; não exercitar tal conexão durante um certo período a enfraquece.

  • Lei do Efeito: afirma que uma associação é fortalecida ou enfraquecida em virtude de suas consequências. A lei do efeito de acordo com Thordike antecipou o papel decisivo que os chamados estímulos reforçadores (alimento, agua, elogios e outros). Trordike salientou a importância de fatores motivacionais na aprendizagem: interesse pela atividade, interesse pelo auto aperfeiçoamento, significância, atitude-problema, concentração da atenção etc.

  • O condicionamento operante de Skimer Burrhus Frederic estrela-se na associação entre uma resposta desejada e um estimulo reforçador. Shimer realça os papeis dos estímulos discriminativos, estímulo frente aos qual o organismo aprende a responder de modo diferente em relação a cada um deles e da diferenciação das respostas. Estímulo discriminativo controla a ocorrência de um padrão particular de resposta. Reforçamento diferencial altera a resposta, modificando sua forma, intensidade, amplitude etc.

  • Diferenças entre o comportamento operante e o comportamento respondente, Shimer concluiu que o primeiro é emitido pelo organismo e opera (ou tem um efeito) no ambiente, enquanto o comportamento respondente é eliciado por mudanças de estimulação no ambiente. A dilatação e a concentração das pupilas, em resposta a mudanças de iluminação. Os respondentes são, no começos enviados por estímulos específicos identificáveis, mas os operantes não tem estímulos identificados para evocá-los inicialmente.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DE JEAN PIAGET

  • Cognição: termo amplamente utilizado por educadores, é utilizado para se referir a todos os processos que empregamos para adquirir e administrar informações. São processos cognitivos: percepção, aprendizagem, memoria, pensamento. Eles relacionam-se com as habilidades de enfrentar situações e ajustar-se a elas. O desenvolvimento cognitivo consiste, em parte, em mudanças no modo como os indivíduos pensam o mundo que os cercam. Piaget acreditava que o desenvolvimento cognitivo era um modo de adaptação ao ambiente.ao contrário de outros animais, o indivíduo não e dotado de respostas inatas. Para Piaget as crianças são participantes ativos na criação de sua própria interpretação de mundo.

  • Piaget considerou quatro estágios básicos de desenvolvimento cognitivo.

  • Sensário motor: do nascimento até os 18 anos.

  • Pré-operacional: dos 2anos aos 7 anos

  • Operações concretas: dos 7 anos aos 11

  • Operações formais: adolescência idade adulta

 

  •  A inteligência sensário-motario: feita, assim as sensações e movimentos é uma inteligência prática que se realiza na e pela ação, uma ação que se exerce no aqui porque ainda não se formaram os instrumentos de representação. Com a capacidade de representar o pensamento alcança novos poderes: liberado do aqui e agora, pode lembrar-se do passado e projetar o futuro. De acordo com Piaget, os bebês passam seus dois primeiros anos de vida no estágio sensário-motor do desenvolvimento. Eles simplesmente utilizam as habilidades com as quais já nasceram. Outra etapa do estágio sensório-motor é o desenvolvimento da permanência do objeto, a consciência de que os objetos continuam a existir mesmo que estejam fora do nosso campo de visão.

  • Estagio pré-operacional do desenvolvimento cognitivo, seu pensamento ainda está muito limitado as suas experiências físicas e perceptivas. Mas sua crescente capacidade de usar representações mentais lança as bases para o desenvolvimento linguagem.

  • No estágio operacional concreto, o indivíduo fica mais flexível com relação ao seu pensamento. Esta é a idade em que as crianças se tornam capazes de compreender os princípios de conservação, relacionadas a quantidade, extensão, área e massa.

  • O estágio operacional formal do desenvolvimento cognitivo, geralmente alcançado durante a adolescência. Os jovens dessa idade conseguem pensar de maneira abstrata, estão aptos a formular hipóteses, testá-las mentalmente e aceitá-las ou rejeitá-las de acordo com os resultados dessa experimentações mentais. A teoria de Jeam Piaget contribui em demasia para entendermos o desenvolvimento da cognição. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas de conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. Assim, as crianças aprendem a ler lendo, a escrever escrevendo: por aprendizagens significativas.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DE VYGOTSKY

  • Lev Semenovitch Vygotsky Lecionou Literatura, Ciências e Psicologia em várias instituições. O interesse de Vygotsky pela Psicologia acadêmica começou a se delinear a partir do contato com os problemas de crianças com defeitos congênitos, tais como cegueira, retardo mental severo, afasia etc. Tal experiência o estimulou a encontrar alternativas que pudessem ajudar o desenvolvimento dessas crianças. O foco das interações com outros indivíduos levou o autor a reconhecer que a apropriação da linguagem de seu grupo social em decorrência dessas interações constitui o processo mais importante no desenvolvimento humano. A emergência da linguagem verbal, de um agir comunicacional, vai regular a atividade em geral da criança, pelo estabelecimento de um acordo sobre os objetivos e as formas de ação mais complexas, que podem ser planejadas e avaliadas. Os adultos interagem com as crianças estimulando-as a incorporar, desde o nascimento, os significados e modos de operar com a informação que foram sendo historicamente construídos em uma determinada cultura. O desenvolvimento humano é nessa concepção uma tarefa conjunta e recíproca.

  • Funções Psicológicas Superiores

  • O estudo de Vygotsky teve foco nos funções psicológicas definidas como superiores, as quais caracterizam o funcionamento humano. Estas funções se destacam dos processos psicológicos elementares que estão presentes nas crianças pequenas e nos animais.

  • Estas funções superiores desenvolvem-se ao longo do processo de internalização da cultura comportamental pelo indivíduo. Com foco na dimensão filogenética, histórico-social e ontogenética do desenvolvimento humano o estudo de Vygotsky focou-se nos mecanismos do Controle Consciente do Comportamento, Atenção e Lembrança Voluntária, Memória Ativa, Pensamento Abstrato, Raciocínio Dedutivo e Capacidade de planejamento.

  • Seu estudo foi pioneiro na noção de desenvolvimento intelectual em função das interações e condições de vida do individuo o que passou ao conhecimento acadêmico ocidental, muitos anos após a sua morte.

  • Abordagem Sociointeracionista

  • A teoria histórico-cultural do psiquismo elaborada por Vygotsky tem como objetivo caracterizar e detectar o processo de criação, bem como, a ingerência de características psicológicas no processo de desenvolvimento humano.

  • São as principais:

  • A tentativa de compreender a relação entre seres humanos e seu ambiente físico-social.

  • A intenção de identificar as formas novas de atividade que fizeram com que o trabalho fosse o meio fundamental de relacionamento entre homem e natureza, analisando as consequências psicológicas dessa atividade.

  • Análises da natureza das relações entre o uso de instrumento e desenvolvimento da linguagem.

  • Vygotsky dedicou-se ao estudo das chamadas funções psicológicas superiores, que consistem no modo de funcionamento psicológico humano. São processos não inatos, que se desenvolvem ao longo do processo de internalização de formas culturais de comportamento. Diferem, portanto, dos processos psicológicos elementares (presentes na criança pequena e nos animais), tais como reações automáticas, ações reflexas e associações simples, que são de origem biológica. O projeto principal de seu trabalho consistia na tentativa de estudar os processos de transformação do desenvolvimento humano na sua dimensão filogenética, histórico-social e ontogenética.

  • Deteve-se ao estudo dos mecanismos psicológicos mais sofisticados (as chamadas funções psicológicas superiores), típicos da espécie humana:

  • Controle Consciente do Comportamento;

  • Memória Ativa;

  • Pensamento Abstrato;

  • Raciocínio Dedutivo;

  • Capacidade de planejamento.

  • O teórico identifica dois níveis de desenvolvimento: Nível de Desenvolvimento Real; Nível de Desenvolvimento Potencial. O Nível de Desenvolvimento Real (NDR) pode ser entendido com referência àquelas conquistas que já estão consolidadas na criança, aquelas funções ou capacidades que ela já aprendeu e domina, pois já consegue utilizar sozinha, sem assistência de alguém mais experiente da cultura (pai, mãe, professor, criança mais velha etc.). Por exemplo: andar de bicicleta, soltar pipa, cortar com tesoura. Estamos tratando de um nível de desenvolvimento já estabelecido, o indivíduo já aprendeu, isto é, estamos olhando para o desenvolvimento retrospectivamente. O Nível de Desenvolvimento Potencial (NDP) pode ser entendido como aquilo que o indivíduo é capaz de fazer, só que mediante a ajuda de outra pessoa (adultos ou crianças mais experientes). Nesse caso, a criança realizará tarefas e solucionará problemas através do diálogo, da colaboração, da imitação, da experiência compartilhada e das pistas que lhe são fornecidas. Por exemplo: uma criança de 5 anos pode não conseguir montar um quebra cabeça logo de início, mas com a ajuda de seu irmão ou pessoa mais velha, pode realizar a tarefa.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DE WALLON

  • Depois da Psicopatologia, Wallon dedicou-se ao desenvolvimento da criança, considerando que a questão fundamental dessa área é o estudo da consciência e que o melhor caminho para entendê-la é buscar sua gênese, sua origem.

  • Concentrou-se, então, no processo de desenvolvimento para explorar as origens biológicas da consciência. Da análise de suas observações, comparando semelhanças e diferenças entre o desenvolvimento de crianças normais e patológicas, entre crianças e adultos, foi extraindo os princípios reguladores desse processo e identificando seus vários estágios. Assim criou sua teoria de desenvolvimento.

  • A sequência de estágios proposta por Wallon é a seguinte:

  • Impulsivo Emocional (0 a 1 ano);

  • 1ª Fase: Impulsivo (0 a 3 meses);

  • 2ª Fase: Emocional (3 a 12 meses);

  • Sensório-Motor e Projetivo (1 a 3 anos);

  • Personalismo (3 a 6 anos);

  • Categorial (6 a 11 anos);

  • Puberdade e Adolescência (11 anos em diante).

  • As idades indicadas foram propostas por Wallon para as crianças de sua época e de sua cultura precisam ser revistas para a nossa cultura nos dias de hoje. Entretanto, mais que os limites etários, é preciso observar quais interesses e atividades predominam em cada período. Os estágios só adquirem sentido dentro dessa sucessão temporal, uma vez que cada um deles é gestado, preparado pelas atividades do estágio anterior e desenvolve atividades que prepararão a emergência do próximo. Então, será possível perceber quais os comportamentos predominantes em cada um deles. As situações às quais a criança reage são as que correspondem aos recursos de que dispõem.

A PSICOLOGIA E A ADOLESCÊNCIA

  • A adolescência é o período da vida que se inicia por volta dos 10 anos e termina aos 20 anos de idade, quando a pessoa passa de criança à adulta. Esse período abrange não apenas alterações físicas de um corpo em amadurecimento, como também muitas mudanças cognitivas e socioemocionais. Uma série de características físicas essenciais dica a fase da adolescência. A mais óbvia é o Estirão de Crescimento, isto é, o rápido aumento na altura e no peso que tem início, em média, aos 10 anos e meio para as meninas e aos 12 anos e meio para os meninos e chega ao auge aos 12 anos para elas e aos 14 para eles. O adolescente típico atinge sua altura máxima cerca de 6 anos após o início do estirão de crescimento. Esse estirão se inicia com o alongamento das mãos, dos pés, dos braços e das pernas, o que gera o aspecto desajeitado e grandalhão dos adolescentes mais jovens.

  • Esse estágio é seguido pelo A distância entre aquilo que o indivíduo é capaz de fazer de forma autônoma (NDR) e aquilo que ele realiza em colaboração com os outros elementos de seu grupo social (NDP) caracteriza aquilo que Vygotsky chamou de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), sendo, portanto, aquelas funções que o indivíduo ainda não amadureceu. Esse conceito, embora desconhecido por muitos educadores, é um instrumento contínuo no cotidiano escolar, já que existe tal relação entre o professor, o conhecimento a ser aprendido e o aluno.

  • Crescimento do torso, o que traz o corpo de volta à proporcionalidade. Nos meninos, o estágio final resulta no alargamento do peito e dos ombros e no desenvolvimento de músculos mais fortes. Para as meninas, as mudanças no corpo ocorrem à medida que os quadris se alargam e a gordura se deposita nos seios, na cintura, nas nádegas e nas coxas. Todas essas mudanças se originam de um aumento dos hormônios. Em ambos os sexos, o rosto também passa por alterações. O queixo e o nariz se tornam mais proeminentes, e os lábios mais carnudos.

  • Assim como os corpos amadurecem durante a adolescência, o mesmo ocorre com os padrões de pensamento. Piaget (1969) via os progressos cognitivos da adolescência como uma capacidade maior de pensar de maneira abstrata, denominada pensamento operacional-formal. Adolescentes são capazes de compreender e lidar com conceitos abstratos, especular a respeito de possibilidades alternativas e raciocinar em termos hipotéticos. Contudo, essa é a fase em que demonstram um “egocentrismo das operações formais” (PIAGET, 1967), pois suas representações do real são mais importantes do que a dos adultos.

  • David El Kind (1968-1969) utilizou a ideia de Piaget descrita acima para explicar duas considerações sobre o comportamento adolescente. A primeira delas é a audiência imaginária, tendência que os adolescentes têm de achar que estão sendo constantemente observados e que as pessoas sempre os julgam por sua aparência ou comportamento. A outra consideração versa sobre a fábula pessoal, a sensação irreal que os adolescentes têm de sua própria singularidade – acreditam que são diferentes de outras pessoas, que não serão afetados por coisas negativas que acontecem aos outros.

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