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A Psicologia e a Educação

Por:   •  15/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.669 Palavras (7 Páginas)  •  61 Visualizações

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1 - A Psicologia e a Educação

Entende-se por Psicologia a área do conhecimento que se debruça sobre o ser humano e seu comportamento, seus processos mentais e suas relações sociais. Como seres únicos e individuais, os seres humanos possuem uma subjetividade onde a Psicologia pretende atuar, que é construída ao longo da vida e é orientada por suas experiências e relações, além de sofrer influências biológicas.

Formada por correntes de pensamentos que se constituíram no final do século XIX e início do século XX, a Psicologia traz diversas abordagens diferentes para interpretar o comportamento humano. Como principais, tem-se o Estruturalismo, Funcionalismo, Associacionismo, Behaviorismo, a Psicanálise, a Gestalt e o Humanismo. Com características diversas, cada qual ao seu modo, essas correntes pretendem criar visões críticas do comportamento humano e seu desenvolvimento.

Diversas áreas são as que se entrelaçam com a Psicologia afim de obter melhores resultados de seus objetivos, e a Educação é uma delas.  Ao entender que cada ser humano aprende de forma própria e que possui sua própria subjetividade, a Educação conta com os estudos da Psicologia para identificar as melhores maneiras de atuar no ensino e na aprendizagem.

A Psicologia da Educação, estudos que atendem tanto a Psicologia quanto a Educação, olha para como o ser humano aprende em ambientes escolares e educativos, e tem como objetivo principal compreender e identificar processos que facilitem os processos de aprendizagem.

A Psicologia da Educação estuda como os seres humanos aprendem em ambientes escolares e educativos. Tem por objeto de estudo as situações da educação sob o ponto de vista da psicologia e busca conhecer e compreender os fatores que determinam a aprendizagem, as situações educacionais que podem facilitar ou dificultar o processo educativo (BRAZ, 2015, p. 18)

Para tanto, apropria-se da Psicologia do Desenvolvimento, que busca identificar as etapas de desenvolvimento do ser humano, relacionando-as com sua idade biológica. “Em outras palavras, é o estudo das alterações físicas, cognitivas e sociais que acontecem ao longo da vida do ser humano”. (BRAZ, 2015, p. 18)

Como afirma BRAZ (2015, p. 18), ao utilizar a observação como método, a Psicologia do Desenvolvimento descreve comportamentos de indivíduos na mesma faixa etária e pretende assim, encontrar semelhanças que caracterizem as fases do desenvolvimento. Pesquisa Observacional longitudinal e transversal, Estudo de Caso, Levantamento, Pesquisa Correlacional e Experimental são as maneiras que a Psicologia do Desenvolvimento observa os indivíduos.

Algumas são as áreas do Desenvolvimento Humano que a Psicologia do Desenvolvimento pretende analisar. Área Cognitiva, que está relacionada à memória e pensamento; Área Motora ou Física; Área Perceptiva que analisa sentidos como visão, audição e tato; Área Psicossexual, que analisa as mudanças psicossexuais nas diferentes etapas do desenvolvimento;  Área Social e da Personalidade, olhando principalmente para relacionamentos interpessoais; e a Área Emocional, que estuda o desenvolvimento de afeto e comportamentos emocionais.

As visões acerca da formação e desenvolvimento do ser humano se dividem, desde o século XVII, entre aqueles que entendem que a hereditariedade é quem comanda as características do indivíduo, e os pensadores que acreditam na herança genéticas, mas além disso, que o ser humano sofre influência e também adquire suas características de acordo com as influências do meio em que está inserido e de suas relações sociais.

Atualmente, a maioria dos psicólogos concorda que tanto os aspectos herdados, (internos) quanto à criação (ambientais) exercem papéis importantes para a formação do ser humano e estes aspectos, internos (herdados) e externos (ambientais), interagem continuamente orientando o desenvolvimento do indivíduo. Esta linha de pensamento aceita o determinismo recíproco, isso é, o meio é produto e produtor do indivíduo, não descartando a participação da herança genética. Assim, o que faz uma pessoa ser aquilo que é resulta da combinação dos fatores herdados e do seu meio social e ambiental. Estes podem ser denominados interacionistas ou sociointeracionistas. (BRAZ, 2015, p. 22).

Ao entender que tanto o ambiente quanto a hereditariedade influenciam os comportamentos e o desenvolvimento humano, estudiosos afirmam que o ambiente tem poder de impulsionar ou frear potencialidades humanas, como afirma BRAZ (2015, p. 24): “O potencial hereditário de uma pessoa pode ser estimulado, freado ou reprimido, dependendo do tipo, da quantidade e da qualidade de seus relacionamentos socio ambientais (...)”.

Apesar de hoje conhecermos o significado e a importância da infância no desenvolvimento do ser humano, sabemos que esta ideia não é “(...) absoluta nem universal, e sim relativa e diversificada. A ideia de infância é uma construção social, que assume diferentes formas em diferentes contextos históricos, sociais e culturais”. (BUCKINGHAM, 2007, p.8).

De acordo com Philippe Ariès (1975), historiador francês que estudou a infância, antes do século XVII, a palavra infância representava uma extensa faixa etária, que em alguns casos passava dos 20 anos de idade.

Se naquela época, a ideia de dividir a infância não estava ligada às fases de amadurecimento biológico, hoje sabe-se que a criança apresenta fases de evolução que são conhecidas como períodos de desenvolvimento e que de acordo com a Biologia e a Psicologia podem ser dividias em: Pré-natal, recém-nascido, primeira infância (de 4 meses aos 2 anos), segunda infância ( dos 2 aos 9 anos), puberdade (dos 9 aos 14 anos), adolescência (dos 15 aos 19 anos), vida adulta (dos 20 aos 65 anos), e terceira idade.

Dos teóricos que estudam o desenvolvimento humano, destaca-se três, aqui de forma superficial e resumida, que tiveram um trabalho expressivo na área e que colaboram até hoje com a Educação e a Psicologia.

O Suíço Jean Piaget, biólogo e psicólogo de formação, que viveu no final do século XIX e século XX, é até hoje uma das principais referências para a Educação.  Teve sua base de pensamento no construtivismo, e definiu as fases de evolução e maturação do indivíduo de acordo com a faixa etária.

“Seus estudos sobre pedagogia revolucionaram a educação, pois derrubou várias visões e teorias tradicionais relacionadas à aprendizagem. Suas teorias buscam implantar nos espaços de aprendizagem uma maneira inovadora de pensar a educação, que busca formar cidadãos criativos e críticos”. (BRAZ, 2015, p.27)

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